Nem tão soft, nem tão hard: união de habilidades faz a força 

15/02/2024
Nem tão soft, nem tão hard: união de habilidades faz a força  | JValério

No mundo de hoje, sobretudo no âmbito corporativo, liderar com excelência requer perfil profissional capaz de equilibrar competências técnicas e comportamentais 

Complexos e extraordinários por natureza, os seres humanos encontram no conhecimento a chave para a maioria das questões que fazem parte da vida cotidiana. Para nossa sorte, à medida que o mundo evolui também somos levados a desbravar novos horizontes e, por consequência, não só nos adaptamos como quebramos paradigmas. Em se tratando da carreira, temos a oportunidade de desenvolver competências e habilidades capazes de acompanhar as transformações tanto do mercado como em toda a sociedade. 

Partindo da premissa, saber quais características líderes e gestores precisam ter para serem profissionais de alta performance é fundamental. Aliás, hoje em dia, liderar com excelência implica em conquistar e aperfeiçoar as hard e soft skills. Lembram delas? Pois bem, são capacidades indispensáveis a qualquer um que almeja cargos que implicam grandes responsabilidades. Só que, por ironia do destino, muitas vezes acabam sendo deixadas de lado em detrimento da velocidade com a qual as disrupções acontecem. Apesar da experiência ser um quesito que conta muito, é verdade, sem atualização ela tende a ser mais do mesmo. Em alguns casos, pode deixar vulnerável até o indivíduo mais capacitado a ponto de levá-lo à estagnação. 

O psicoterapeuta Viktor Frankl, criador do método chamado logoterapia, dizia: “quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se.” Nesse sentido, a pergunta central é: você quer estar preparado para o que está por vir e inspirar outros a fazerem o mesmo a partir de uma influência com propósito e objetivos comuns? 

Então acompanhe os insights que selecionamos e dê um upgrade de respeito no seu perfil profissional. 

Requalificação no centro do debate 

Diante do cenário, presenciamos um momento que exige requalificação. Ou seja, se manter sempre à frente para impulsionar o desempenho individual e, certamente, o coletivo. Isso porque boa parte dos resultados positivos nas organizações é proveniente de equipes coesas que compõem setores e departamentos. Se nos corredores da sua empresa não tem se falado em tendências a respeito do futuro do trabalho, chegou a hora de colocar o tema em pauta. Afinal, o sucesso ou a ausência dele nos negócios dependem disso. 

De acordo com dados do Relatório do Futuro dos Empregos, do Fórum Econômico Mundial, cerca de 50% de todos os funcionários precisarão ser requalificados até 2025. Em boa parte dos casos, devido à revolução tecnológica e presença cada vez mais massiva da Inteligência Artificial (IA). Inclusive, estima-se que dentro de alguns anos, algumas profissões possam desaparecer. Porém, ao invés de pânico, esse tipo de projeção deve provocar um movimento efetivo a fim de sair da zona de conforto. 

Se de um lado, teremos a necessidade de saberes técnicos comprovados por diplomas e certificados provenientes da formação acadêmica, pós-graduação e cursos de educação corporativa, por outro será preciso responder com inteligência emocional diante dos inúmeros problemas e desafios complexos que começam a surgir. 

Só para ilustrar, enquanto dominar ferramentas e linguagens voltadas a softwares será tido como diferencial, o mesmo especialista não poderá descartar a tomada de consciência acerca de movimentos que reconhecem a importância de condutas mais sustentáveis do ponto de vista econômico, social e, sobretudo, ambiental. Em outras palavras, todos os caminhos levam em direção a uma geração de pessoas dispostas a mudar o mindset e prontas para colocar em prática ideias inovadoras. 

Entenda as diferenças entre hard e soft skills

Na prática, vamos entender as diferenças entre hard e soft skills. Enquanto uma diz respeito ao aprendizado teórico-técnico, a outra está estritamente ligada aos aspectos sociocomportamentais, respectivamente. 

Exemplos de soft skills

  • Pensamento crítico, analítico e inovador; 
  • Coragem diante de desafios complexos; ;
  • Criatividade, originalidade e iniciativa;
  • Raciocínio, solução de problemas e ideação;
  • Aprendizagem ativa; 
  • Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade;
  • Liderança e influência social;
  • Uso, monitoramento e controle de tecnologia;
  • Projeto e programação de tecnologia;
  • Empatia, motivação, paciência e confiabilidade;
  • Comunicação objetiva e persuasiva (verbal e não-verbal);
  • Gerenciamento do tempo;
  • Valores éticos e morais. 

Exemplos de hard skills

  • Fluência em mais de um idioma; 
  • Domínio das linguagens de programação; 
  • Gestão de projetos; 
  • Operação de maquinário; 
  • Análise de dados;
  • Conhecimento de computação em nuvem; 
  • Domínio de técnicas de escrita; 
  • Domínio em blockchain; 
  • Cálculos financeiros; 
  • Conhecimento em UX design.

Perfil do líder do futuro

Quando pensamos no perfil do líder do futuro, pesquisas recentes nos ajudam a chegar a um modelo compatível com as expectativas do mercado de trabalho. Nesse sentido, para que um gestor possa assumir uma posição no alto escalão da hierarquia empresarial ele, de fato, precisa ter especializações que o façam dominar sua respectiva área de atuação. A menos que o caso seja excepcional, esse costuma ser o primeiro passo na trajetória dos CEOs. Em resumo, aqui, tanto a “bagagem” quanto as hard skills fazem toda a diferença. 

No entanto, atualmente, nota-se uma carência quando falamos em soft skills. Segundo um estudo global realizado pelo LinkedIn, em 2019, com mais de 5 mil profissionais de RH, 89% dos entrevistados apontaram a falta de habilidades comportamentais como o principal motivo de contratações ruins dentro das empresas. A demanda por soft skills se reflete também no relatório "O Futuro do Trabalho 2020", feito pelo Fórum Econômico Mundial, no qual concluiu-se que 55,4% das empresas passam por uma escassez de profissionais com talentos específicos – tanto técnicos quanto comportamentais.

Como influenciar pessoas 

Pensando nisso, vejamos um breve resumo do que já tem se tornado realidade na maioria das empresas lideradas por gestores atentos às principais tendências. Em sua maioria, boa parte das orientações contidas no livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, escrito pelo norte americano, Dale Carnegie, atuam como um norte. A obra, voltada para a arte dos relacionamentos interpessoais, reúne técnicas simples, porém, de extrema eficácia. E traz ainda experiências vivenciadas pelo próprio autor e outras ocorridas em sua época por ilustres personalidades a sua volta, como Winston Churchill, Henry Ford e Abraham Lincoln. 

Segundo Carnegie, os princípios mais importantes que um bom líder deve seguir são:

  • Saber como criticar: o gestor deve comunicar à equipe que não está atingindo as expectativas, mas sem deixar de reconhecer as qualidades do time;
  • Reconhecer os próprios erros: líderes também são humanos, ou seja, tem falhas. Admitir quando errou é uma forma de conquistar a confiança da equipe e ainda ajuda alguém a mudar de comportamento;
  • Sugerir em vez de ordenar: ao invés de simplesmente dar ordens, o gestor pode levar as demandas para a equipe em forma de sugestões ou perguntas;
  • Elogiar os pontos fortes: assim como o gestor deve saber criticar, ele precisa saber elogiar de forma genuína;
  • Incentivar a excelência: o respeito da equipe reflete-se em resultados melhores e metas alcançadas;
  • Transformam problemas em desafios: o gestor deve tornar as tarefas o mais simples possível para a equipe, a partir do otimismo e do encorajamento.

A esta altura, fazer uma imersão nas complexidades da liderança em todas as dimensões faz mais sentido para você? Então este é o momento perfeito para ingressar no “Liderança Transformadora”, um programa pensado para executivos que almejam construir laços com suas equipes em um ambiente de confiança e colaboração. Ou seja, no qual todos possam colocar em prática suas competências e habilidades (hard e soft skills) frente aos desafios que se impõe no universo corporativo.

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