Gestão econômica x gestão financeira: entenda de uma vez cada conceito

28/03/2024
Gestão econômica x gestão financeira: entenda de uma vez cada conceito | JValério

Para manter as duas esferas equilibradas é preciso compreender os termos e contar com os processos gerenciais adequados

Lucro é lucro, não é mesmo? Qualquer leigo ao ouvir esta palavra imediatamente a relaciona com dinheiro. Porém, se você for um empresário, gestor ou alguém que deseja abrir um negócio, é fundamental saber que, no ramo empresarial, não funciona bem assim. Apesar dos termos “economia” e “finanças” serem constantemente usados similarmente, na prática, denominam-se diferentes situações. Independentemente da área de atuação, compreender a terminologia de ambos atua como um vetor capaz de viabilizar análises precisas dos empreendimentos. Ou seja, são dois lados da mesma moeda que todo profissional precisa estar atento para garantir a saúde financeira das organizações.

Quanto ao lucro, nesse contexto, ele se apresenta tanto econômico como financeiro. Contudo, cada qual abrange a um regime específico: de competência ou de caixa. Sendo assim, temos mais duas questões que fazem parte da gestão econômico-financeira de empresas de todos os portes e setores da economia. Desmistificar tais fundamentos e ter uma visão integrada deles configuram boas práticas organizacionais que melhoram a tomada de decisões e a performance dos gestores.

Vamos dominar melhor este assunto?

Diferenças entre gestão econômica e financeira

Atualmente, gerenciar com eficiência todos os departamentos corporativos significa ter uma vantagem competitiva. Aliás, isso pode ser alcançado até pelas Pequenas e Médias Empresas (PMEs), não sendo uma regalia apenas de quem lida com milhões. Partindo da premissa, confira a seguir as diferenças entre gestão econômica e financeira, bem como os conceitos por trás dos regimes de competência e de caixa, duas formas distintas e altamente efetivas para medir o desempenho.

Gestão Econômica

A gestão econômica é aquela que lida com a lucratividade medida por meio de uma ferramenta chamada Demonstração de Resultado de Exercício (DRE). Em resumo, engloba a situação contábil apurada dentro de um regime de competência e envolve grande quantidade de bens e direitos que constituem o patrimônio. Geralmente, o gestor avalia periodicamente a contabilidade para entender se as atividades estão dando lucro ou prejuízo e saber a dimensão efetiva dos ativos e passivos.

Gestão financeira

Já a gestão financeira é realizada utilizando o fluxo de caixa, no qual estão os rendimentos e as despesas apresentadas ao longo de determinado período. Isto é, diz respeito ao “bolso” onde o orçamento é positivo ou negativo. Aqui, estão em jogo os recursos disponíveis para cobrir as obrigações urgentes e as contas a pagar. Caso não haja o suficiente para honrar os compromissos assumidos , trata-se de um sinal claro de que as coisas não vão nada bem.

Regime de competência

Ao falarmos em competência, nos referimos a controles contábeis que registram as ações no momento em que elas acontecem. Em outras palavras, na data da efetivação do serviço, compra do material, da venda, do desconto, não importando quando o item será pago ou recebido, mas sim a realização do ato.

Regime de caixa

Ao contrário do anterior, no regime de caixa as operações são computadas quando o dinheiro for movimentado. Só para ilustrar, a exemplo do que ocorre em uma conta bancária. Cabe ao responsável financeiro contabilizar as receitas, custos, gastos e investimentos dentro do mês no qual foram pagos ou recebidos.

Por que a gestão econômico-financeira é importante na administração dos negócios

Você já deve ter ouvido de um empreendedor que apesar de ele estar bem economicamente, o mesmo não poderia ser dito da sua condição financeira. Para que isso possa ser possível, basta pensarmos em hipóteses presentes no cotidiano empresarial e que ao serem negligenciadas em nada contribuem para mitigar riscos. Vejamos algumas delas abaixo.

  • Contar como certo recursos provenientes de vendas parceladas sem a garantia de uma instituição financeira ou cartão de crédito;
  • Não investir em medidas contra a inadimplência: acompanhamento próximo e ações de incentivo à quitação de dívidas por parte dos clientes, como programas de fidelidade, descontos ou novos parcelamentos;
  • Fazer planejamentos de aquisições sem utilizar a estratégia do corte de custos ou definir prioridades;
  • Deixar de negociar prazos e formas de pagamento com fornecedores e parceiros
  • Ter condições de pagar as obrigações mensais, porém, com o ativo em baixa ou em endividamento devido a empréstimos a serem quitados no curto e médio prazo;
  • Contar com um grande estoque e excesso de capital imobilizado paralelamente a um baixo volume de vendas;
  • Ter bom fluxo monetário, pagando e recebendo todas as contas em dia, mas observar rápida depreciação com chances de logo se tornar insustentável;
  • Demorar para reestruturar o comercial e criar novas oportunidades de vendas;
  • Menosprezar campanhas de marketing;
  • Não acionar a rede de contatos.

No Programa de Gestão Econômico-Financeira da JValério, marcado para acontecer em maio, os participantes serão levados a uma jornada de aprendizado com direito a conteúdos teóricos e práticos transmitidos de forma didática e objetiva. Além de compreender os princípios das finanças organizacionais, irão desenvolver capacidades técnicas indispensáveis, entre elas, a avaliação econômica de projetos que gerem valor às organizações.

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