A atuação do ‘CEO’ da empresa passa por mudanças profundas, geradas após o surgimento da pandemia da Covid-19. A busca por resultados deixou de ser prioridade. Saiba por quê.
O diretor executivo sempre teve funções estratégicas, com poderes de levar a empresa ao rumo certo ou não. Também conhecido como CEO, esse profissional é uma espécie de técnico de seleção. Ele terá a responsabilidade de coordenar a gestão de negócios com os departamentos operacionais e fazer a ponte com a cúpula da companhia, representada pelo conselho de administração.
Passam pelo CEO todas as decisões importantes que envolvam as atividades da empresa. Se a natureza do cargo já o elevava a uma posição de destaque, sua influência vem sendo testada a todo momento, tudo por causa das disputas acirradas de mercado e adaptações a mudanças bruscas no cenário corporativo - realidade cada vez mais rotineira na vida desse profissional.
Não são à toa a oferta de cursos de especialização, MBAs e treinamentos voltados para aprimorar as capacidades dos CEO’s. O desenvolvimento de carreira torna-se, portanto, uma atividade obrigatória quanto o ato de cumprir expediente na empresa.
A JValério Gestão e Desenvolvimento e a Fundação Dom Cabral têm a missão de ajudar os executivos a aprimorar suas habilidades e competências. A pós-graduação em gestão oferecida pelas duas parceiras é uma ferramenta estratégica para preparar os CEO’s a lidar com demandas urgentes e ampliar visões que captem tendências futuras de mercado.
As conquistas de ponta, consequência do investimento no aprimoramento da carreira, são obras de líderes capazes de ser transformadores, cidadãos globais com visão de sustentabilidade, ética e responsabilidade capazes de influenciar negócios, projetos e motivar equipes.
Essa complexidade de atribuições, que praticamente toma conta da função, leva o diretor executivo a outra responsabilidade não menos importante: montar equipes que possam ajudá-lo a entregar os resultados do planejamento estratégico. Definido o time, entra em cena a governança corporativa. Um diretor executivo e sua equipe operacional, sintonizados com as práticas de gestão da companhia, terão melhores condições de responder aos desafios internos e externos que a empresa irá enfrentar.
Respeito à filosofia de trabalho da companhia, visão sistêmica, currículo acadêmico atualizado e outras características individuais sempre irão diferenciar a qualidade de trabalho do CEO. Por mais perfeito que o currículo possa estar, dando margem à tentação de atuações personalistas, aquela linha sedutora do “eu mando, você obedece” deve ser combatida. Ainda mais naqueles momentos em que parece estar dando tudo certo na vida do CEO.
Por isso, um diretor executivo deve ter a consciência de estar sempre aprendendo. E essa nova postura pode começar de uma maneira simples, como a disposição para ouvir (até mesmo críticas). Como ele não poderá estar em todos os lugares ao mesmo tempo, deve ter a consciência de que vai precisar de ajuda.
E quando o CEO está disposto a conhecer as próprias limitações, poderá reforçar seus pontos fortes e compartilhar conhecimento, gerando um círculo positivo de troca de experiências que vai beneficiar a todos.
Ao saber que podem contar com seu líder imediato, a equipe reforçará laços de confiança, tendo uma motivação natural para cumprir as tarefas designadas para cada setor da empresa.
As demandas de mercado mais recentes podem ser uma das respostas. A aplicação do conceito de ESG, por exemplo. Nenhum CEO, por mais capacidade que possa ter, terá condições de abraçar sozinho essa causa, que está tomando cada vez mais conta das agendas de empresas. É um caminho sem volta: a preocupação com sustentabilidade veio para ficar.
Ao ter de abordar de forma constante as questões de ESG e como as atividades do negócio impactam o meio ambiente (‘Enviromental’), a Comunidade (‘Social’) e a governança corporativa (‘Government’), o diretor executivo não poderá abrir mão da colaboração de seus empregados. Seria uma contradição se não o fizesse, já que foi ele quem ajudou a montar aquele time de trabalho.
Essa dinâmica interna estimulada pelo CEO tem endereço certo: a estratégia deve possuir força suficiente para atrair parceiras, novos investidores, agregar valor à marca e fortalecer relacionamentos com fornecedores e seus clientes.
A chegada da pandemia da Covid-19 é um case que deve estar sempre no radar para ajudar a formatar planos de trabalho. Antes da crise sanitária, a prioridade das lideranças era com aumento do lucro e produtividade, segundo acompanhamento feita pela própria Fundação Dom Cabral, em 2019. Mas após a pandemia, outras demandas surgiram, de acordo com o mesmo levantamento, como “o desenvolvimento de novos produtos e serviços, expansão nacional e retenção de talentos.”
Cabe ao CEO ter competência para diagnosticar o que o mercado está pedindo e perceber que os números a serem preenchidos nos balancetes (antes prioridade absoluta) só se realizarão caso novas preferências sejam colocadas no planejamento estratégico.
Lançado em novembro do ano passado pela FDC, o “Movimento Impacto” busca respostas inovadoras para os desafios recentes que vem se apresentando no mundo dos negócios. A meta é exercer um estilo de trabalho que ultrapasse os muros da empresa e beneficie a sociedade.
Temas como diversidade, inclusão e competividade passam a ser abordados lado a lado com a necessária busca de expansão dos negócios. Afinal, são assuntos que não estão isolados um do outro, diante das exigências do mercado, como a já mencionada ESG. Esse conceito lembra como a empresa influencia no meio social e ambiental.
O trabalho está só começando, e deve ser árduo e diário. Na linha do horizonte, a partir da conscientização dos CEO’s, a responsabilidade de compor um perfil fiel da sociedade onde a empresa está inserida, levando em conta questões como igualdade, justiça e respeito a todos.