Que tal atualizar a checklist da cultura organizacional?
07/11/2024
Nos aproximamos de mais um fim de ano e o momento pode ser oportuno para avaliar o conjunto de crenças, valores e normas que formam a identidade e a essência de empresas e organizações
Você piscou e o fim de ano se aproxima, trazendo com ele balanços e reflexões importantes acerca de diversas questões, incluindo o fortalecimento da espinha dorsal de empresas e organizações: a cultura organizacional. A essa altura, já é possível mensurar se o conjunto de elementos formado por crenças, valores e normas caminhou lado a lado do planejamento estratégico em prol do desenvolvimento sustentável dos negócios. Caso contrário, também pode ser o momento de rever a rota e identificar o que precisa ser ajustado e, quem sabe, até extinto. Mesmo que o cotidiano seja intenso e atribulado, há aspectos que não podem ser negligenciados, sendo a cultura organizacional um deles. Isso porque na trajetória rumo ao sucesso não são apenas os resultados financeiros ou os níveis de inovação que contam. Para chegar ao topo e permanecer nele, mantendo-se relevante e competitivo, é necessário investir tempo e conhecimento, bem como recursos, nos ativos, por vezes, intangíveis, mas que atuam como a força motriz de qualquer atividade empresarial juntamente com a governança corporativa. Por trás de cada degrau avançado, certamente deve existir uma identidade corporativa sólida composta por colaboradores engajados e práticas institucionais atualizadas dentro de um ambiente de trabalho diverso, inclusivo e, sobretudo, motivador. Contudo, no dia a dia, é mais comum do que se pensa ver a teoria sucumbir ao chegar a hora de colocar certos comportamentos em prática, principalmente na tomada de decisões, afetando diretamente a produtividade das equipes. Sem falar no quanto isso afeta a rotatividade de funcionários e a retenção de talentos. Em suma, saiba que nem as grandes companhias estão livres de se questionarem a respeito das próprias políticas internas e posicionamentos em relação às demais partes interessadas (clientes, parceiros e fornecedores). Afinal, para acompanhar o mundo em constante transformação e as tendências emergentes, só mesmo com muita resiliência e capacidade de se moldar por meio de esforços contínuos sem data para terminar. Um processo que começa com as lideranças e se expande a todos os demais setores quando os princípios são claros, as expectativas realistas e os modelos seguidos por todos, sem distinções hierárquicas. Que tal começar relembrando alguns pontos fundamentais?
Elementos que compõem a cultura organizacional
A cultura organizacional é um conceito composto por diversos fatores responsáveis por moldar o ambiente e a imagem de uma empresa. Pensando nisso, queremos propor um exercício: tire um período do dia para observar como as principais ações têm sido encaradas e conduzidas. Em seguida, marque um “X” naqueles que estão bem estabelecidos e inclua os demais na pauta da sua próxima reunião.
Valores: princípios e crenças fundamentais que orientam o comportamento dos membros;
Normas: regras informais que guiam como as pessoas devem se comportar no trabalho;
Rituais e cerimônias: atividades regulares e eventos que celebram e reforçam a cultura organizacional;
Histórias e mitos: narrativas sobre a história da empresa e seus heróis, que ajudam a transmitir valores e normas;
Símbolos: objetos, logotipos, vestimentas e outros itens visuais que representam a cultura interna;
Linguagem: jargões, slogans e modos de comunicação específicos utilizados;
Práticas e processos: métodos de trabalho e procedimentos operacionais que refletem os valores da organização.
Tipos de cultura organizacional por Charles Handy
Feito isso, vamos relembrar quais são os quatro tipos de cultura organizacional propostos por Charles Handy, autor/filósofo irlandês especializado em comportamento organizacional e gestão.
Cultura do poder: a liderança é concentrada em uma figura central ou em um grupo de pessoas que detém o poder de tomada de decisão;
Cultura da função: baseia-se na divisão do trabalho com foco na especialização e na burocracia. As recompensas são recebidas pelo cumprimento de tarefas, conforme as orientações dadas;
Cultura da tarefa: ênfase está no trabalho em equipe, na entrega de tarefas e na busca por uma forma de manter a motivação dos colaboradores sempre alta;
Cultura da pessoa: tem como foco o desenvolvimento humano. As pessoas são consideradas os elementos centrais da organização - os ativos número 1, lembram? - , por isso, nela, o aprendizado e as competências têm grande destaque.
Novas versões de culturas organizacionais estão surgindo
Por melhor que seja, não há cultura organizacional que se mantenha imutável e ainda assim propositiva ao longo dos anos. Por esse motivo, em algum momento, será indispensável pensar em maneiras de se reinventar a fim de atender as exigências que surgem de geração em geração. Caso os valores fundamentais da empresa estejam desalinhados com as tendências do mercado, as expectativas dos colaboradores ou as demandas da sociedade, pode ser um indicativo claro de que uma atualização se faz urgente e necessária.Partindo da premissa, a transformação digital tem exigido dos profissionais, especialmente os que ocupam cargos estratégicos, um olhar atento à cultura organizacional voltada à inovação tecnológica. Dessa forma, ficará mais fácil fazer a transição dos processos manuais para os automatizados, ajudando a minimizar os impactos negativos, como a resistência dos profissionais às mudanças. Vencida essa etapa, daqui para a frente as chances de melhores resultados serão ainda maiores.Sabe o que te deixa ainda mais próximo do sucesso empresarial? Nosso curso rápido de formação para gestores comerciais, marcado para acontecer nos dias 19 e 20 de novembro, na sede da JV, em CuritibaGaranta sua vaga!
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