Onde tem projeto, deve ter análise de viabilidade financeira

23/04/2024
Onde tem projeto, deve ter análise de viabilidade financeira | JValério

Saiba mais sobre a ferramenta que atua como uma garantia a mais diante de qualquer investimento de grande impacto às organizações

Dentre as inúmeras responsabilidades do dia a dia de um gestor está a análise de viabilidade financeira para a elaboração e realização de projetos.  Com ela, é possível saber se os investimentos são viáveis e quais serão os prováveis retornos financeiros. Isto é, a margem de lucro após o emprego de conhecimento, tempo, energia e recursos voltados a um planejamento estratégico ou algo do gênero. Na prática, a poderosa ferramenta é amplamente utilizada em situações que envolvem novos horizontes, tais como expansão dos negócios, contratações, aquisições de equipamentos, entre outros. Toda vez que for preciso dar um grande passo ou surgir uma oportunidade, a elaboração do estudo permite avaliar as chances reais que esse  movimento tem de sair do papel e dar certo.  

Em resumo, trata-se de um mecanismo que depende de timing para ser ativado: ou seja, antes da tomada de decisões. Isso porque qualquer dinâmica que cause grande impacto na organização é, de fato, empolgante, mas exige muita cautela para que os objetivos possam ser alcançados. Da mesma forma que as mudanças ocorrem para o bem, sempre existe uma porcentagem, mesmo que baixa, de falhar. É justamente para minimizar riscos que a análise de viabilidade financeira entra em cena a fim de proporcionar escolhas promissoras pautadas nos critérios certos e com foco em resultados positivos. Além do mais, evita ter que paralisar uma demanda pela metade diante da possibilidade de sair no prejuízo.

Nesse sentido, nada de cruzar os dedos e esperar sentado. Queremos te dar um norte sobre por onde começar a fazer análises de viabilidade financeira efetivas incluindo as perguntas iniciais certas, os tópicos que devem ser priorizados e, finalmente, as  três  etapas indispensáveis para este fim.

Análise de viabilidade financeira: por onde começar

Em primeiro lugar, uma análise de viabilidade financeira deve acontecer, de preferência, paralelamente à aplicação de outras técnicas com o intuito de guiar as gestões e profissionais de cargo estratégicos até o ponto em que desejam chegar. Só para ilustrar, saber criar um relatório de forças (Strength), fraquezas (Weakness), oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats), conhecido pela sigla SWOT,  é crucial para que fatores internos e externos recebam atenção minuciosa. Feito isso, algumas perguntas se mostram fundamentais, sendo elas:

  1. A equipe tem as ferramentas ou recursos necessários para realizar este projeto?
  2. Este projeto terá suficiente retorno sobre o investimento para valer a pena executá-lo?
  3. Quais elementos compõem uma análise de viabilidade financeira?

Fase de questionamentos cumprida, convém programar a apresentação formal às partes interessadas, porém, sem dar start em nenhuma ação por enquanto. Via de regra, muitos gestores costumam pular a análise de viabilidade financeira quando já possuem experiência prévia no tema que será explanado ou ao verem que a concorrência obteve êxito em alguma proposta similar. Sendo assim, acreditam ter propriedade suficiente para considerá-lo viável. Contudo, tendo em vista o mundo em constante transformação no qual vivemos, a atitude pode ser arriscada para os negócios. Em suma, qualquer ideia com mais de três meses requer atualização para ser considerada plenamente executável a partir das projeções disponíveis naquele momento.

Após definido o escopo do projeto, os participantes de nível executivo o aprovam ou não. Quando há patrocinadores externos (responsáveis por “injetar” investimentos), eles também participam da deliberação. Ao chegarem a um consenso, o termo de abertura pode ser redigido e as equipes passam a ser consideradas aptas a iniciarem os trabalhos a partir do cronograma definido e aprovados previamente. Vale lembrar que, ao longo da execução, existe a chance dos profissionais envolvidos recorrerem às posições superiores solicitando mais prazo, recursos ou integrantes para garantir a viabilidade.  Essas e outras questões precisam estar, obrigatoriamente, previstas no documento.

Como calcular a análise de viabilidade financeira

É preciso reunir alguns dados para analisar a viabilidade financeira e escolher o melhor caminho. As informações mudam conforme as particularidades de cada empresa. Contudo, geralmente necessitam de pequenas alterações para que se torne tangível. Observe o checklist abaixo para visualizar as 3 etapas que compreendem uma análise de viabilidade financeira criteriosa:

1. Estudo de mercado: mostra a sazonalidade de produtos e serviços, aceitação do público-alvo, oscilações econômicas, detalhamento da concorrência, etc;

2. Fluxo de caixa: visa esmiuçar os benefícios financeiros que serão gerados a partir da implementação através da relação custo-benefício e do retorno sobre o investimento (ROI). Com a mensuração dos dados obtidos são feitos três tipos de cálculos, um para cada cenário - otimista, neutro e pessimista. Com as diferenças de valores entre eles fica visível uma proposta mais perto da realidade;

3. Indicadores: os principais a serem avaliados são a Taxa Interna de Retorno, mais conhecida como TIR; Break-even; Payback; Valor Presente Líquido (VPL); Taxa Mínima de Atratividade (TMA); e exposição máxima de caixa. Recomenda-se ainda calcular os custos fixos e variáveis, bem como os impostos a serem pagos de acordo com a categoria da qual a empresa faz parte.

Caso ainda esteja nas análises preliminares, saiba que o processo é realmente demorado. Antes de se aprofundar ou dar o veredito final em algum projeto, que tal investir em conhecimento e atualização na área da gestão financeira? Nós queremos te ajudar a aumentar a eficiência empresarial e a criar estratégias em sintonia com as melhores práticas organizacionais.

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