A estrutura organizacional deve estar em sintonia com os objetivos dos negócios para se obter processos produtivos eficientes e com foco em resultados
Aqui na JValério amamos falar sobre Governança Corporativa. Não por acaso, o conjunto de boas práticas que levam as organizações a outros patamares são uma das nossas razões de ser. Inclusive, hoje iremos falar sobre dois aspectos fundamentais deste valioso sistema: a estrutura organizacional e a geração de valor. Afinal, entender as relações entre gestores e colaboradores, definindo o melhor modelo de acordo com o caso, assim como melhorar a experiência do cliente ao proporcionar resultados cada vez mais satisfatórios são, com toda a certeza, vantagens competitivas. E quem não quer estar à frente da concorrência, não é mesmo?
Para te ajudar a compreender o cenário ou apenas refrescar sua memória, não faz muito tempo, falamos a respeito dos quatro princípios da Governança Corporativa. No artigo, explicamos como os itens transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade são fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Aliás, é por meio deste tipo de gerenciamento que muitas empresas, independentemente do porte, dirigem, monitoram e incentivam todos os elos das atividades que desempenham. Além disso, enfatizamos que o intuito também é fortalecer os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Portanto, vamos continuar por este caminho, já que ainda não inventaram maneiras melhores de estabelecer metas e meios para alcançá-las. Então, iremos começar pelos tipos de estrutura organizacional existentes até chegarmos em Porter, sim, o criador da cadeia de valor. Ou seja, aquele conteúdo de milhões para fechar o ano superatualizado!
Como saber qual é a melhor estrutura organizacional
Como o próprio nome já diz, a estrutura organizacional é a base na qual os departamentos e colaboradores coexistem de forma saudável, benéfica e, sobretudo, produtiva. Em resumo, é o básico para quem quer empreender e se manter no jogo. Com ela, cada integrante do ambiente de trabalho sabe o que deve ser feito, o que se espera e como se reportar aos demais níveis hierárquicos (caso existam).
Entre os principais benefícios, estão a definição efetiva de cargos e responsabilidades, bem como o maior entendimento do processo produtivo. Com isso, fica mais fácil perceber a necessidade de mudanças, pois é nítida a melhora na comunicação. Mas, como saber qual tipo atende melhor às demandas de um negócio?
Em primeiro lugar, cabe a gestão relacionar a escolha com as estratégias de modo geral e avaliar uma série de aspectos pertinentes ao mercado de atuação. Tão logo faça isso, o próximo passo inclui atribuir ações concretas dentro da metodologia escolhida, lembrando que em ambientes de alta complexidade a presença de equipes com expertises diversas será de grande valia.
Tipos de estruturas organizacionais
Sabemos que administrar uma empresa não é tarefa simples, mas felizmente as ferramentas estão à disposição justamente para auxiliar os gestores nesta missão. Vejamos os principais tipos de estruturas organizacionais a seguir.
1. Estrutura organizacional hierárquica
Ela já foi muito utilizada, no entanto, hoje em dia é apenas a mais tradicional. Também conhecida como linear ou piramidal - diretores no topo, gerência ao meio e, na base, os funcionários -, a estrutura organizacional hierárquica possui grande foco na centralização de poder e na verticalização dos organogramas. Ou seja, cada membro terá que se reportar a um superior e assim sucessivamente.
Vantagens da estrutura organizacional hierárquica
Desvantagens da estrutura organizacional hierárquica
2. Estrutura organizacional horizontal
Diferentemente da vertical, onde existe um organograma fixo, pouco moldável e caracterizado por posições hierárquicas bem definidas (e rígidas), a gestão horizontal denota maior autonomia e tomadas de decisões compartilhadas - não mais só pelas lideranças. Nela, cada integrante da equipe ganha vez e voz em um ambiente altamente democrático. Isto é, não há mais relação de poder. Houve uma época em que essa estrutura foi mais utilizada por empresas que estavam começando, sob o pretexto de não possuírem grandes disparidades de níveis e funções. Contudo, Netflix, Google e Tesla apostam nela.
Ao colocar os conceitos tradicionais em xeque, os líderes percebem o crescimento individual dos “subordinados”, que passam a ter maior interesse em formação continuada, por exemplo. Por consequência, a empresa só tem a ganhar. Porém, convém deixar claro que na gestão horizontal a figura do líder não deixa de existir, mas passa a ter outra função indispensável, que é a de organizar as informações e ideias até que se encaixem no planejamento proposto (ou na reformulação dele).
Vantagens da estrutura organizacional horizontal
Desvantagens da estrutura organizacional horizontal
3. Estrutura organizacional funcional
Nos dias atuais, a maioria de nós está habituado a conviver com a estrutura organizacional funcional na qual há a divisão por departamentos. Isto é, os colaboradores são separados de acordo com seus setores que, por sua vez, são definidos por meio de cada especialização. Por exemplo: comercial, marketing, finanças, RH, etc. Como dito anteriormente, a ideia é valorizar a experiência de cada indivíduo e focar seus conhecimentos na respectiva área de formação. Só para ilustrar, o engenheiro não terá atribuições relacionadas ao RH e vice-versa.
Vantagens da estrutura organizacional funcional
Desvantagens da estrutura organizacional funcional
4. Estrutura organizacional circular
Tal estrutura tem o mesmo princípio da hierárquica/linear, o que difere uma da outra é o modo representativo. Aqui, o cargo mais alto da corporação é representado no centro e os demais vão se distribuindo em níveis circulares. Em outras palavras, é uma versão menos efetiva da linear, pois muitas vezes falta oportunidade para representação, o que acaba por gerar confusão no entendimento e na disposição dos funcionários. Apesar disso, causam menos impacto em níveis de hierarquia e costumam ser mais surpreendentes em um primeiro contato.
Vantagens da estrutura organizacional circular
Desvantagens da estrutura organizacional circular
5. Estrutura organizacional matricial
A estrutura organizacional matricial define toda a gestão de acordo com as funções existentes e designadas aos respectivos colaboradores. Só para exemplificar, um engenheiro que normalmente pertence ao departamento de engenharia (liderado por um diretor de engenharia) pode trabalhar em um projeto temporário (liderado por um gerente de projetos). Sendo assim, esse engenheiro teria dois chefes ao mesmo tempo: o de seu departamento e o do projeto atual. A estrutura organizacional matricial representa ambas as posições hierárquicas. Dessa forma, o foco não é a hierarquia ou os setores, mas sim as funções.
Vantagens da estrutura organizacional matricial
Desvantagens da estrutura organizacional matricial
Como gerar valor nas organizações
Após definir o tipo de estrutura organizacional que melhor se adapta aos objetivos de cada empresa, chega a hora de colocar cada setor em ação. Neste momento, a cadeia de valor entra em cena para identificar oportunidades de mercado e, por consequência, se diferenciar da concorrência e obter rápido crescimento em seu segmento de atuação. A ferramenta foi criada em 1985, por Michael Porter, um dos principais professores da Harvard Business School.
Em suma, a cadeia de valor é uma forma de compreender como uma organização funciona, bem como se os procedimentos estão indo bem e satisfazendo o público-alvo. Além disso, atua como uma espécie de termômetro para medir se todos os elos estão produzindo em sinergia e alinhados ao mesmo propósito, que é o de entregar qualidade, benefícios e diferenciais em prol de expansão e lucratividade.
Embora possa parecer mais uma teoria como tantas outras do universo organizacional, descobrir se a cadeia de valor está fortalecida e preparada para gerar crescimento e lucro é, com toda certeza, um ponto crucial do planejamento estratégico.
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Qual tal começar o próximo ano com um encontro marcado para aperfeiçoar habilidades? É justamente essa a proposta do Programa de Desenvolvimento de Conselheiros (PDC), da JValério. Dividido em dois módulos, entre os meses de fevereiro e abril de 2024, irá promover reflexões profundas sobre funções, hierarquias, responsabilidades e relevâncias tendo como premissa a atual dinâmica das organizações.
Anote na agenda:
DATAS:
DURAÇÃO: 106h
FORMATO: Presencial em Curitiba – Aulas na Sede JValério
R. Dep. Heitor Alencar Furtado, 3350 - 2º Andar - Campo Comprido, Curitiba - PR