Verbal e não verbal: comunique-se a seu favor

27/07/2023
Verbal e não verbal: comunique-se a seu favor | JValério

Descubra as diferentes formas de expressão que impactam o ambiente de trabalho e use a
comunicação como ponte de conexão entre seus pensamentos e o mundo a sua volta

Atualmente, focar no desenvolvimento de habilidades de comunicação é fundamental para
alavancar a carreira. Para acompanhar o ritmo do universo corporativo, cada vez mais moderno e
acelerado, nada melhor do que possuir proficiência ao expor pontos de vista. Os resultados e
impactos se darão de acordo com o tipo de mensagem que produzimos, como a transmitimos e em
nossa capacidade de ouvir e trocar ideias.

Certamente, a máxima também vale para a vida pessoal, pois estamos o tempo todo construindo
relacionamentos que apenas dão certo se os envolvidos souberem se comunicar entre si. Contudo,
ter uma comunicação efetiva no ambiente de trabalho é a base para alcançar o sucesso em qualquer
área, além de ser amplamente valorizada pelos empregadores. Em se tratando dos cargos de
liderança, a premissa é mais que verdadeira.

Todavia, você sabia que a habilidade de se comunicar transcende o uso de palavras faladas e
escritas? Embora a linguagem verbal seja um elemento crucial, nós também transmitimos
mensagens via outras formas de expressão, como por exemplo, na postura, no tom de voz e até
mesmo por meio de gestos sutis. Tudo para gerar compreensão, promover o trabalho em equipe,
estabelecer conexões e facilitar a realização de objetivos comuns.

Ah, mas eu trabalho sozinho, sou um empreendedor, mas não tenho pessoas para liderar. Engana-se
quem atrela a importância da comunicação apenas às funções que exigem contato direto com
colegas e gestores. Nos negócios, estamos sempre entregando um produto ou serviço ao outro.
Portanto, caso esse ponto da sua atuação esteja vulnerável, talvez chegou o momento de buscar
aperfeiçoamento. Afinal de contas, aquele que não souber se comunicar corre o risco de perder
espaço.

Vamos falar um pouco mais sobre as possibilidades que a comunicação oferece?

Diferença entre comunicação verbal e não verbal

Antes de tudo, vamos entender a diferença entre comunicação verbal e não verbal. O discurso é
uma ferramenta presente no dia a dia de qualquer profissão. Quando escrevemos um e-mail,
relatório ou produzimos conteúdos que são compartilhados estamos nos comunicando. Ao
participarmos de uma reunião, conferência ou simplesmente batemos um papo durante a pausa
para o café temos a oportunidade de falar.

Assim, nos firmamos como agentes replicadores de pensamentos e repertórios particulares, bem
como de conhecimentos técnicos ou reflexivos. Em resumo, a isso chamamos de comunicação
verbal. Isto é, quando utilizamos as palavras para chegar ao interlocutor de maneira consciente e,
por vezes, estratégica.

Já a comunicação não verbal vai além da pronúncia e se configura na exposição minuciosa da
complexidade gestual. Durante uma conversa one-on-one ou entre mais pessoas, esse canal é de
suma importância, visto que os sinais representativos de concordância e semblantes transparentes
denotam o desenrolar ou não da força comunicacional que está sendo empregada.

Na ausência deles, os elementos do diálogo perdem força diante da falta de reações. Por
consequência, os ruídos começam a aparecer e podem vir a prejudicar os relacionamentos
interpessoais dentro das organizações. Em contrapartida, saber interpretar essas manifestações
emocionais, tanto positivas como negativas, é visto como um diferencial.

Por que a comunicação é importante no ambiente profissional?

De fato, a boa comunicação é um pré-requisito no ambiente profissional. Com ela, indivíduos com
personalidades e repertórios diferentes são capazes de atuar juntos em empresas e projetos
explorando e entregando o que cada um tem de melhor.

Veja a seguir as principais vantagens no desenvolvimento de habilidades de comunicação:

Equipe integrada: quando todos os membros de uma equipe atuam em sinergia, fica mais
fácil dividir tarefas, trocar ideias e resolver conflitos. Aliás, é uma maneira de conhecer
melhor os colegas e exercitar a empatia. Para os gestores, a ação de dar e receber feedbacks
de forma constante flui melhor, possibilitando que mais profissionais sejam ouvidos e
saibam o que a empresa espera deles;

Mais inovação e produtividade: mensagens transmitidas com clareza e sem ruídos pelos
diferentes meios disponíveis - e-mails, reuniões, redes intranet - alinham condutas e
aumentam a produtividade. Quanto maior a participação dos colaboradores, maior a chance
de chegar a soluções diferenciadas. Ou seja, de inovar;

Atuações motivadas: poder tirar dúvidas e falar o que pensa são sinônimos de motivação.
Dentro de um grupo plural, ter voz e saber ouvir facilita as relações e, sem dúvida, a
dinâmica de trabalho. Quem atua de forma autônoma e articula bem a comunicação, traz
mais transparência para suas atividades, melhora a confiança de clientes e fornecedores e
amplia o networking.

Otimiza o tempo: gestores que se comunicam com clareza diminuem as chances de erros
nas atividades diárias ou etapas de um projeto. Isso acontece porque os envolvidos passam
a atuar de forma mais coesa. Além disso, há uma troca maior de informações com os
clientes e prospects, que revelam suas expectativas e exigências.

Como melhorar a habilidade de se comunicar

Agora que já sabemos como a comunicação beneficia o ambiente profissional, surge a dúvida: como
desenvolver melhor a habilidade? Anote algumas dicas:

Visualize quem vai receber a mensagem: o interlocutor é o foco, por isso o agente mais importante.
O jeito de conversar com colegas e líderes não pode (e nem deve) ser o mesmo utilizado entre familiares e amigos. Por certo, algumas formalidades são necessárias e, às vezes, exigidas para que o
processo ocorra com ética e assertividade. Com isso, evita-se ainda o emprego de termos impróprios
ou uma intimidade que não condiz com a relação profissional, ambas atitudes que podem vir a
prejudicar sua imagem;

Defina o canal de transmissão: nem sempre uma conversa informal dará o tom que certas
demandas exigem. Para garantir que as ações sejam comunicadas com eficiência a fim de gerar a
melhor execução, convém escolher o canal com atenção. Muitas vezes, o tema exigirá uma
apresentação por escrito que poderá ser enviada por e-mail ou aplicativo de mensagem oficial. Vale
ressaltar que mesmo ao usar dispositivos digitais é esperada uma conduta mais tradicional. Cuidado
com o uso de gírias, abreviações e gifs (figurinhas) comumente utilizados nesses canais;

Pensar vem antes de comunicar: repassar mentalmente o que será transmitido verbalmente é
fundamental. Ao redigir um comunicado, por exemplo, evita-se o risco de não mencionar pontos
importantes. Ao ter a vez de falar, com certeza o fará com mais segurança. Em um e-mail denso,
diminuem as chances de mal-entendidos. Dominar o assunto fará diferença, o que requer estudos e
revisões constantes.

Seja direto: ir direto ao ponto no ambiente corporativo não só melhora as relações, mas também
poupa tempo e energia de todos os envolvidos;

Demonstre confiança: muitas pessoas têm medo de falar em público, com seus líderes, equipes e
clientes. Essa insegurança é, na maioria das vezes, motivada pela falta de preparo. Ao longo do
processo de buscar conhecimento, a tendência é que a confiança venha à tona. Em outras palavras,
ao alcançar certo nível não tenha medo de se expor, afinal, trabalhou duro para se comunicar
melhor;

Seja um líder que se comunica bem: as habilidades de comunicação são características
fundamentais de um líder bem-sucedido, pois ele precisa ser capaz de influenciar e inspirar suas
equipes. Assim sendo, poderão articular ideias, compartilhar valores e engajar os colaboradores a
alcançarem metas comuns. Os líderes que se comunicam abertamente, ouvem ativamente,
demonstram empatia e respondem de forma construtiva às preocupações e ideias dos membros
criam um cenário propício à colaboração, ao engajamento e à resolução de problemas e gestão de
crises.

Importância da escuta ativa

Em virtude de uma comunicação ineficiente ou mesmo na ausência dela é comum que os conflitos
no ambiente de trabalho apareçam. Porém, a ausência da escuta ativa vem sendo outro problema
apontado como a raiz de muitos problemas nas estruturas organizacionais. Diferentemente do que
se pensa, ser um bom ouvinte é uma qualidade que pode ser aprendida e aprimorada.
De acordo com uma pesquisa feita em 2019 pela Gatehouse, a falta dessa habilidade representa
uma das maiores barreiras quando o assunto é formar times equilibrados e com foco em resultados.

Apesar de vivermos em uma era na qual os textos transcendem tempo e espaço, é notório o
movimento que resulta na diminuição ou perda da nossa qualidade de escutar.

No entanto, vale deixar claro que escutar não é o mesmo que ouvir. Além do processo mecânico da
audição, que envolve a captação de ondas sonoras emitidas pela fala humana, praticar a escuta ativa
requer prestar atenção no que é dito, compreender a informação recebida, memorizar o assunto e,
em seguida ou posteriormente, emitir opiniões. Tais elementos quando bem trabalhados melhoram
a interpretação e se relacionam com o contexto no qual o falante está inserido mais facilmente.

Nesse sentido, aprimorar a escuta ativa favorece a reciprocidade: o ouvinte não apenas recebe, mas
atua ativamente na construção da comunicação e na demonstração de interesse genuíno ao se
conectar com o próximo. Como resultado, sentimentos de acolhimento e empatia substituem
julgamentos e juízos de valor pela adoção de diferentes pontos de vista, centralizando as
necessidades do outro. A saber, a pessoa mais importante passa a ser aquela com que se conversa,
seus anseios e suas dores ao passo que tenho compaixão por eles.

Iniciativas para aprimorar escuta ativa

A seguir, descubra quatro iniciativas para colocar a soft skill no papel central da resolução de
conflitos que resultem em ambientes profissionais saudáveis e produtivos:

  1. Empatia: se colocar no lugar do outro, como já dissemos anteriormente, é o primeiro passo
    para observar uma situação problemática a partir do olhar da outra pessoa inserida. Acima
    de tudo, considere a seguinte questão: como eu me sentiria se esse evento ocorresse
    comigo?
  2. Tolerância: envolve o respeito que devemos ter com tudo o que não coincide com a nossa
    identidade. Se a visão do colega é oposta à sua, ouça o que ele tem a dizer e quem sabe
    tente aprender algo;
  3. Compreensão: absolutamente ligada à empatia e a tolerância, a compreensão irá ajudar no
    sentido de resolver uma divergência onde haja visões distintas;
  4. Flexibilidade: de nada adianta praticar os três itens acima se não houver disposição para
    mudar alguns pontos de vista ou aceitar os contrários. Seja como for, as pessoas flexíveis
    acompanham o ritmo da sociedade e ampliam o olhar para os desafios que ela apresenta,
    equilibrando inteligência e sabedoria à medida que se mostra receptiva às discussões da
    atualidade.

Não por acaso, a JValério Gestão e Desenvolvimento conta com o Programa de Desenvolvimento de
Conselheiros (PDC), no intuito de capacitar e aprimorar as habilidades de profissionais engajados no
desafio de gerar resultados frente a um mundo em constante transformação. A solução possui a
chancela da Fundação Dom Cabral (FDC) e os participantes recebem certificação de conselheiro.
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