Saúde nas organizações: como equilibrar corpo e mente na quarentena

10/07/2020
Saúde nas organizações: como equilibrar corpo e mente na quarentena | JValério

Como você está cuidando da saúde física e mental nesta quarentena? E como está mantendo os relacionamentos interpessoais? O cenário de crise desencadeou uma série de mudanças na rotina de profissionais em todo o mundo e discussões sobre saúde nas organizações. Home office, tarefas de casa, contas para pagar, filhos para cuidar, equipes para gerenciar...com tantas atividades e preocupações, podemos deixar de lado o principal: a saúde. Sem equilíbrio entre mente e corpo, não há como fazer uma boa gestão do tempo,  tomar decisões assertivas ou mesmo se relacionar bem com as outras pessoas, além disso, esse desequilíbrio pode acarretar doenças como a Síndrome de Burnout, distúrbio psíquico precedido de esgotamento físico e mental.

Essa é uma discussão tão fundamental para o ambiente corporativo, que a última edição do Programa Fórum Empresarial Online da JValério FDC foi dedicada ao tema saúde nas organizações e contou com a presença da presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR), Andréa Gauté, e de um time de especialistas que compartilhou a experiência de cuidado com a saúde em suas organizações: Samantha Franco (ExxonMobil), Marcele Karasinski (Orlist), Ana Flavia Tavares (Lumicenter) e Maria Silva Todeschi, psicóloga clínica e autora do livro “Segredos do Aprender”.

Avalanche de emoções

“Sempre que passamos por mudanças significativas, passamos por uma avalanche de emoções, que inclui negação, raiva, depressão, barganha (o que fazer para não vivenciar a situação), aceitação e desfecho”, explica Andréa Gauté. E como lidar com as essas emoções? Segundo Andréa, a resposta é mudar a forma de pensar, o nosso mindset, seguindo três etapas: desapego da ideia de cenário em que gostaríamos de estar; adaptação à nova realidade e reinvenção, para possamos sobreviver com o menor impacto possível. Para alcançar esse controle, comece refletindo sobre as seguintes perguntas:

Experiências de saúde nas organizações

Na multinacional de energia ExxonMobil, que tem 1.600 funcionários em Curitiba, a estratégia foi adaptar para o ambiente virtual os projetos que já eram desenvolvidos no espaço físico. Com isso, os profissionais da empresa passaram a ter aulas de ginástica laboral e yoga pela plataforma Zoom. Também estão recebendo dicas de lazer e instruções sobre ergonomia. Aqueles que não tinham boas condições de trabalho em casa, puderam usar cadeira e outros materiais da empresa.

“Também estamos trabalhando a questão da humanidade. Separar o trabalho da vida pessoal está praticamente impossível dentro do cenário em que estamos vivendo, então trazemos esse conceito de acolhimento e de empatia, entendendo que cada um vive esse momento de uma forma diferente”, detalha a gerente de RH da ExxonMobil, Samantha Franco.

Na Lumicenter Lighting, a aposta foi na antecipação. Desde fevereiro começaram um trabalho de educação dos funcionários para os cuidados com higiene e saúde como forma de prevenção à Covid-19. Atualmente, estão em home office todos os funcionários que fazem parte do grupo de risco. A empresa também mantém um canal no Whatsapp com dicas de atividades para equilibrar saúde física e mental, além de oferecer ginástica laboral.

Já na startup de e-commerce Olist, os funcionários estão em home office desde 16 de março e receberam auxílio financeiro para despesas como internet e energia. Segundo a consultora executiva em RH da Olist, Marcele Karasinski, a empresa tem investido em ações para diminuir a ansiedade do time, como oferecer espaços de escuta, pílulas de conhecimento, momentos de descompressão e happy hour virtual, além de entender que os pais precisam dar atenção a seus filhos. “Agora a gente está trabalhando autoconhecimento emocional, primeiro para os gestores, um processo de como é a sua consciência emocional, o que você pode fazer para ampliá-la e como você vai ter mais conhecimento sobre si e sobre seu colaborador, criando espaços de ajuda e colaboração”.

Competências necessárias

A psicóloga Maria Silva Todeschi explica que em situações de medo, temos duas reações possíveis: fuga ou luta. “As pessoas que fogem, passam pelo processo de negação e por uma intensificação de sintomas que podem fazê-las adoecer. As pessoas que lutam são aquelas que conseguem se reinventar e buscar saídas”. Nesse contexto, são indicadas algumas competências necessárias para conseguir lidar com o medo, especialmente no caso de gestores empresariais:

A psicóloga indica às empresas não deixarem de lado um olhar positivo, para manter a motivação da equipe, e canais de comunicação constante com todos. Para quem tem filhos, ela indica conversar com eles sobre a importância de respeitar o momento de concentração para o trabalho. Outra dica é ter um planejamento diário das demandas e manter uma rotina nas atividades.

Samantha Franco defende que precisamos estar prontos e saudáveis para uma retomada consciente do mercado. “O foco é dar continuidade ao crescimento sustentável organizacional. Cuidar da saúde do ecossistema organizacional é essencial para atrair e reter talentos, bem como para ter um crescimento perene no mundo globalizado”, finaliza.

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