Conheça os novos princípios da geração de valor na Economia do Conhecimento
Não faz muito tempo, falamos aqui sobre a importância do capital intelectual e como cultivá-lo. Hoje, vamos além ao destacar a participação deste ativo intangível dentro da chamada Economia do Conhecimento. Em suma, trata-se de um momento decisivo para os negócios em virtude de uma constatação: a geração de valor nas empresas está cada vez mais relacionada a aspectos como reputação, inovação, relacionamentos e performance. Logo, quem desenvolver a capacidade de gerenciar tudo isso terá, com toda a certeza, a chave para uma das maiores vantagens competitivas do século 21.
Certamente, a maioria precisará se reinventar a fim de atuar de forma consistente nessa dinâmica empresarial. A boa notícia é que existe uma série de princípios pelos quais se torna possível promover mudanças significativas e de alto impacto às organizações. Ao aplicá-los na administração, abre-se caminho para gerar novos paradigmas e práticas de gestão - estes, por sua vez, mais articulados e aprimorados tendo em vista as atuais exigências tanto do mercado e demais partes interessadas, como dos próprios consumidores.
Vamos ao que interessa?
Antes de tudo, a Economia do Conhecimento faz parte da atual fase econômica em que vivemos. Diferentemente da era industrial, na qual o principal recurso são os meios de produção - natureza, dinheiro e mão de obra -, agora, todo tipo de repertório e informação aplicados de maneira estratégica configuram uma valiosa moeda de troca no universo corporativo. Aliás, vale lembrar que elevar o nível de expertise traz retorno a qualquer setor, desde educação, tecnologia, saúde e comunicação à agricultura e logística. Citado pela primeira vez por Peter Drucker, em 1969, o conceito busca resgatar o potencial do ser humano em sua quase plenitude a fim de “fazer certo e exclusivamente as coisas certas e não mais todas as coisas”.
Em um primeiro estágio, a Economia do Conhecimento não poderá ser medida em números como um ativo financeiro. Por esse motivo, pode não ser vista como um investimento rentável e acabar sendo negligenciada. Porém, ao ser aplicado corretamente, o capital intelectual vai aparecer no cotidiano na forma de ideias e projetos até ser, de fato, convertido em economia e riqueza. Diante do cenário, espera-se que os profissionais, sobretudo os que ocupam cargos estratégicos, compreendam que as implicações dessa mudança de paradigma são bem mais abrangentes e profundas do que o apressado senso comum pode indicar.
No Brasil, um setor que se destaca na Economia do Conhecimento é o da bioeconomia. Por meio da exploração inteligente de recursos biológicos provenientes da Amazônia vem sendo possível explorar a floresta considerando a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade. Ao invés de deixar a pecuária e a indústria madeireira tomarem conta, a proposta é obter insumos que englobam as indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia. Na prática, um exemplo de atuação colaborativa que requer a integração de diversas frentes, tais como ciência, tecnologia e inovação para acontecer.
Apesar de complexa, já é possível identificar alguns princípios que nos permitem começar a compreender e atuar em sintonia com essa nova economia. Confira a seguir os cinco pontos fundamentais para a gestão de negócios na Economia do Conhecimento.
Com a mesma atenção dada a processos, equipamentos, instalações, fluxos financeiros e insumos, o conhecimento passa a ser parte indissociável de todo produto, serviço ou planejamento de um negócio. Junto a gestão da marca propriamente dita, nesse contexto, todo o saber acumulado internamente e demais competências e habilidades dos colaboradores passam a ser gerenciados como elemento central na tomada de decisões.
Em primeiro lugar, investir em conhecimento não só é desejável, como indispensável ao crescimento. Dito isso, requer pessoas e desenvolvimento profissional para acontecer. Vencida essa etapa inicial, o sucesso vai depender muito mais de como as organizações gerenciam e aplicam o conhecimento individual em processos e práticas dentro da cultura organizacional do que do desempenho em si. Afinal, um indivíduo competente precisa de espaço e condições para demonstrar seu potencial e progredir, trazendo ganhos a todos os envolvidos. Assim, requer uma combinação de crenças, regras e fluxos que se inter-relacionam e favorecem a construção de um ambiente fértil e colaborativo.
Na Economia do Conhecimento, a cooperação em rede funciona como um remédio para enfrentar as oscilações da economia, bem como no comportamento do consumidor e do mercado. Mais do que impulsionar a atuação inovadora, pensar em alianças estratégicas é uma forma de reduzir riscos e custos, bem como de mitigar problemas em negócios que visam a rentabilidade. A colaboração em redes nos negócios não é entre CNPJs, mas sim entre CPFs. Partindo da premissa, estabelecer uma cultura da confiança é indispensável. No dia a dia organizacional, significa envolver pessoas e processos em acordos nos quais a ética deve prevalecer. Desse modo, ocorre o fortalecimento das parcerias que, ao aproveitarem a oportunidade de maximizar recursos e expertises, partem para o próximo nível em se tratando de inovação.
Ao contrário do que pensa a maioria, o valor do conhecimento não está em sua obtenção e disseminação, mas sim no seu caráter pragmático. Por mais valioso que seja em seus diferentes formatos e metodologias, o ativo só passa a ser real e potencial quando ocorre a fusão entre aprendizagem e processos, programas, projetos, entre outros.
Hoje em dia, empresas resistentes à Economia do Conhecimento correm um sério risco não só de perder espaço dentro do seu próprio nicho de atuação, como também perante a opinião pública e toda sociedade. Isso porque a nova realidade demanda o exercício de cidadania ao exercemos nossa influência nos diferentes espaços nos quais atuamos. Portanto, é crucial incluir questões como a coletividade, o meio ambiente e as gerações futuras no plano de ação a fim de promover avanços não só na estrutura organizacional, mas, sobretudo, no entorno e em outros contextos sociais com o objetivo de abrir fronteiras para o potencial transformador.
Promover o debate sobre temas de relevância é uma das vias de alcançar notoriedade econômica e empresarial. Mas, para acontecer, o empreendedor precisa conhecer a fundo seu negócio e ter condições de relacioná-lo às principais pautas que impactam as atividades e o caixa. Vamos juntos promover uma jornada de transformação com vistas para o futuro? Clique aqui e faça parte!