Conheça as principais tendências do setor que passou de burocrático a estratégico e não para de evoluir
À medida que o final do ano se aproxima, é fundamental que o planejamento para 2024 já esteja em andamento e que nele, de preferência, tenha um espaço dedicado às tendências de Recursos Humanos. Afinal, a área que um dia foi considerada operacional, atualmente é, com toda a certeza, estratégica.
Sendo assim, saber como a gestão de pessoas tem evoluído e se adaptado às novas demandas deve ser um dos tópicos em discussão nas organizações daqui para frente - independentemente do porte e setor.
Vamos saber mais sobre este RH do futuro que os especialistas e as empresas tanto falam? Segue o fio.
O empresariado brasileiro já se deu conta de que o universo corporativo está passando por transformações. Contudo, o mais importante está no fato de como os profissionais de cargos estratégicos têm lidado com elas. Basta acessar as notícias para facilmente perceber que, para dar certo, um negócio precisa atender as expectativas do mercado e dos consumidores. Caso contrário, dificilmente será possível se manter competitivo.
Quando pensamos no RH, existem muitos fatores que influenciam o recrutamento, desenvolvimento e retenção de talentos. Ainda mais em uma época na qual o departamento passou por uma ruptura, deixando de ser altamente burocrático e limitado a resolver leis trabalhistas. Pouco a pouco, os encarregados pelo capital humano estão quebrando paradigmas e propondo novas abordagens, muito mais humanizadas e em sintonia com os principais temas da atualidade.
Certamente, são escolhas que não só conversam com o mundo moderno, como definem os rumos das profissões, a atitude dos colaboradores - que se mostram muito mais motivados e engajados - e a maneira como os líderes desempenham seus papéis. Vejamos a seguir alguns contextos responsáveis por mudanças que não passam despercebidas pelo RH.
Embora impactar positivamente a jornada do colaborador continue sendo o pilar da gestão de pessoas, há outras frentes pelas quais vale a pena lutar. Entre elas, tornar a experiência profissional de quem faz o negócio acontecer em um ativo conectado às principais pautas da contemporaneidade. Em outras palavras, é sobre construir uma cultura organizacional tecnológica, inclusiva e aberta aos desafios de um futuro que já vemos desenhado no horizonte.
Confira a seguir 5 das principais tendências de RH para 2024, algumas em fase de implementação, outras ainda não completamente estabelecidas.
Eu ouvi “adeus, papelada”? É isso mesmo! Os sistemas de gerenciamento baseados em nuvem armazenam informações com segurança, eliminando a necessidade de meios físicos, tais como os livros para registro de entrada e saída dos funcionários, também chamado de cartão-ponto. Ao simplificar os procedimentos administrativos, a otimização permite que os esforços possam ser direcionados para ações voltadas ao desenvolvimento de talentos, bem como gerar resultados e inovação.
Além de menos papel, a substituição do trabalho manual pelas ferramentas eletrônicas, especialmente após a revolução da internet, trouxe uma série de benefícios ao RH. E a expectativa é que surjam cada vez mais softwares criados para facilitar a rotina corrida de quem precisa lidar com contratos de admissão e demissão, pagamentos, férias, notas fiscais e tantas outras atividades essenciais no funcionamento de qualquer empresa. Ademais, ao invés da modernização afastar as pessoas, é justamente o oposto, uma vez que ela acaba por melhorar o fluxo de comunicação.
Naturalmente, o RH tem se tornado cada vez mais data-driven. Ou seja, graças ao acesso a dados de maneira organizada e assertiva, os gerentes podem guiar suas decisões por meio de métricas e indicadores gerados em tempo real. Por consequência, conseguem entender a dinâmica do negócio integralmente, desde aspectos operacionais e comportamentais a avaliações de desempenho. Assim, fica mais fácil identificar as fraquezas e propor melhorias. Só para ilustrar, funciona quase como um “raio-x” da saúde do colaborador durante o ciclo de vida dele como parte da empresa.
No dia a dia de qualquer RH, existem tarefas que são executadas quase à exaustão. É o caso da triagem de currículos, agendamentos de entrevistas e demais detalhes que envolvem a fase de recrutamento e seleção. Na sequência, todos os trâmites inerentes ao onboarding dos colaboradores. Enfim, um conjunto de etapas essenciais em processos seletivos que visam formar o quadro de funcionários.
Diante dessas necessidades, entram em cena a inteligência artificial (IA) e o recrutamento 4.0. A fim de reduzir custos e esforços na escolha de novas contratações, são utilizadas soluções tecnológicas de forma inteligente para tornar os processos mais fluidos - desde a simplificação da inscrição a entrevistas por videochamada e testes de habilidades on-line. Com a IA, por exemplo, os recrutadores conseguem focar nos perfis desejáveis, uma vez que a tecnologia descarta automaticamente aqueles que não fazem sentido à organização, colocando no topo da lista os mais próximos do ideal buscado para cada cargo.
Ao contrário do que se possa pensar, não se trata de uma realidade que se restringe às big techs. Hoje em dia, a maioria das empresas, desde as pequenas e médias (PMEs), utilizam a IA em diversos momentos. Muitas fábricas, sobretudo as que têm algum tipo de risco na rotina laboral, usam a IA como um monitor do bem-estar dos colaboradores. Outras, por sua vez, para compreender índices de absenteísmo (que se refere a atrasos recorrentes ou faltas sem justificativa). Sem falar nos chatbots que são, por si só, uma tendência consolidada.
Esta vai pegar muita gente de surpresa: já ouviu falar em gamificação corporativa? Trata-se de uma metodologia que utiliza como principal recurso elementos dos games, o que inclui dar cara nova a afazeres monótonos tornando-os mais estimulantes e divertidos. Também atua para gerar competitividade saudável ao propor fases de evolução e alcance de metas que resultam em prêmios e bonificações. A partir disso, podem ser construídos rankings de desempenho e até sistemas de prioridades divididos em missões.
Em médio e longo prazos, os resultados desse investimento aparecem nos relacionamentos, nos níveis de saúde mental, na qualidade de vida, na produtividade, no clima organizacional e na queda dos custos e do turnover. De acordo com o Data Stories #4, da Kantar Ibope Media, 62% dos usuários de internet brasileiros consomem jogos on-line. Com a presença de conceitos de games nos escritórios, a intenção é que as mecânicas responsáveis por “prender” o público sejam transferidas para processos organizacionais ou de autodesenvolvimento. Assim, as chances de realizar tarefas sem distrações e com alta produtividade crescem consideravelmente.
Se você acompanhou essa leitura até aqui, está percebendo que esse tema é muito complexo, não é mesmo? No nosso próximo post continuamos a falar sobre como melhorar a gestão de pessoas no seu negócio em 2024. Não deixe de acessar o conteúdo para ter uma visão ampla sobre as tendências do RH para o próximo ano.
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