O evento aconteceu ontem 23, na sede da JValério, associada à Fundação Dom Cabral no Paraná e Rondônia, e reuniu especialistas em carreira para discussão sobre os pontos de riscos e oportunidades desse novo mundo do trabalho
Qual foi a última vez que você fez alguma coisa pela primeira vez? A indagação feita pela Presidente da ABRH-PR, Susane Zaneti, provocou o auditório com cerca de 100 pessoas que aguardavam o início do painel "Carreira na Era 4.0". Com um conceito simples, Susane exemplificou que para estarmos à frente das mudanças não podemos olhar para trás. “Um profissional de sucesso precisa ter um ritmo exponencial, são os chamados profissionais agile, pessoas com capacidade de pensamento ágil e tensão criativa para se antecipar às mudanças.” Não à toa, o empreendedorismo e a capacidade de se reinventar são diferenciais para uma carreira na era 4.0, achar que esse futuro está longe é o primeiro erro dos profissionais que não estão dispostos a descobrir novos campos dentro das profissões escolhidas e rejuvelhecer os seus próprios talentos. Como apontou o professor da Fundação Dom Cabral, Anderson Sant’Anna: “Não adianta nessa nova configuração do mundo do trabalho tentar resistir, a grande questão agora é pensarmos naquilo que de mais humano há no humano, o que nos diferencia da máquina, o que só um humano é capaz de transmitir.” A revolução 4.0 faz parte de algo um pouco mais amplo que é a economia digital, e dentro dessa nova economia seres humanos serão convidados cada vez mais a interagir com máquinas e não mais apenas com seres humanos, a integrar redes que serão híbridas. Nesse cenário, a capacidade de lidar com a subjetividade, inspirar equipes, estabelecer conexões, atribuir valor ao trabalho, lidar com questões como a transculturalidade e gestão da informação, são fatores distintivos que valerão ouro. Outro ponto importante levantado pelo convidado da noite, Bernt Entschev, foi sobre as perspectivas do mercado para as profissões que conhecemos atualmente. “O futuro do trabalho do homem será algo muito diferente do que ao menos podemos imaginar hoje, pois o trabalho, da forma que conhecemos, não vai mais existir.” Afirmou o headhunter e fundador da De Bernt, empresa de consultoria em RH. Nessa transição é importante frisar que pessoas com menos acesso à formação intelectual poderão sofrer com a nova era, e neste quesito é imprescindível uma evolução, onde o trabalho em grupo começa a ser uma tendência efetiva na resolução de questões e criação de novos produtos.
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