A conclusão é apresentada pela professora inglesa. Confira no post de hoje dicas para se livrar da procrastinação para melhorar sua produtividade e tirar seus planos do papel
Você sabe a importância de produzir e publicar posts no blog da sua empresa com constância, mas está esperando vir a inspiração. Você não gosta de fazer trabalhos burocráticos, como relatórios, então, deixa essa tarefa por último, lá no final da semana. Ou, simplesmente, precisa concluir um feedback negativo para um colega de trabalho e acaba protelando essa atividade. Todos esses episódios remetem a mesma causa: a procrastinação.
O psicólogo Timothy Pychyl, da Universidade Carleton, no Canadá, acredita que a procrastinação pode ser algo consciente ou feito inconscientemente. Em ambos os casos, inclui uma decisão de “empurrar” a atividade e substituí-la por uma tarefa que seja mais prazerosa.
O ato de procrastinar é bastante discutido no universo da gestão corporativa e, erroneamente, pode remeter à preguiça ou má gestão do tempo. O que muitos não sabem é que uma pesquisa feita pela professora e psicóloga Fushia Sirois, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, revelou que a procrastinação está relacionada com graves problemas de saúde e bem-estar, incluindo níveis mais elevados de depressão e ansiedade.
A observação faz sentido se analisarmos que indivíduos que são mais propensos a adiar o início ou a conclusão de atividades que lhes causam aversão, ficam ansiosos apenas de pensar nelas. Os estudos de Fushia contemplam pesquisas que mostram que regiões do cérebro ligadas à detecção de ameaças e regulação das emoções são diferentes em pessoas que cronicamente procrastinam em comparação com aquelas que não procrastinam com frequência.
Além disso, pessoas com baixa autoestima são mais propensas a procrastinar. Aquelas que exigem a si mesmas os altos níveis de perfeccionismo também. Elas tendem a ter medo do julgamento e, por essa razão, protelam as atividades para que não precisem passar por uma avaliação.
O hábito de procrastinar pode ser um inimigo da rotina para quem não consegue fugir dela. E o que Fushia encara como um problema de saúde mental interfere diretamente na produtividade do trabalho e nos estudos.
Uma pesquisa realizada com 3.000 estudantes alemães num período de seis meses, mostrou que aqueles que admitem que procrastinam no ambiente acadêmico estavam propensos a se envolver em má conduta acadêmica, como trapaça e plágio. Além disso, segundo o estudo, a procrastinação comportamental estimula o uso de desculpas fraudulentas para obter prorrogações de prazos. Já uma pesquisa feita pela Fundação Estudar, em parceria com a MindMiners, 52% dos que responderam que a procrastinação é realmente a maior inimiga da sua produtividade (Fonte: Guia do Estudante).
Outras pesquisas abordam que o ato e procrastinar ¼ do dia de trabalho apresentavam menor entrega de resultados. Nos Estados Unidos, uma pesquisa realizada com 22 mil colaboradores demonstrou que aqueles que afirmaram procrastinar regularmente tiveram menores rendimentos anuais e menos estabilidade no emprego. O fato de prejudicarem a organização era respondido com uma advertência financeira: para cada aumento de um ponto em uma medida de procrastinação crônica, o salário diminuiu em US $15.000 (£12.450).
Todos esses dados foram citados por Fushia Sirois em um artigo publicado no Portal We Forum no último mês de agosto. No mesmo artigo, a professora e psicóloga afirma: “em inúmeros estudos, encontrei pessoas que regularmente procrastinam relatam um maior número de problemas de saúde como dores de cabeça, gripes, resfriados, e problemas digestivos”.
Ela acrescenta ainda que os procrastinadores assumidos também experimentam níveis mais altos de estresse e má qualidade do sono. Além disso, eram menos propensos a praticar comportamentos saudáveis (dietas equilibradas e exercícios físicos) e usavam estratégias destrutivas para gerenciar o estresse. “Em um estudo com mais de 700 pessoas, descobri que pessoas propensas à procrastinação tinham um risco 63% maior de saúde cardíaca ruim depois de contabilizar outros traços de personalidade e demografia”, relata Fushia Sirois no artigo publicado no We Forum.
A conclusão do estudo de Fushia Sirois é que para administrar melhor esse ponto negativo no comportamento, o primeiro passo é perdoar a si mesmo, mostrar compaixão e usar estratégias baseadas em evidências para gerenciar suas tarefas. Esse é o melhor caminho para reformular o ciclo de procrastinação.
Para ela, “aprender a não procrastinar não vai resolver todos os seus problemas. Mas encontrar melhores maneiras de regular suas emoções pode ser um caminho para melhorar sua saúde mental e bem-estar” (Fonte: https://www.weforum.org/).
Uma dica preciosa da psicóloga é gerenciar o ambiente de trabalho/estudo e como você vê a tarefa. Use estratégias para colocar em quarentena as distrações e configure as tarefas para que elas apareçam mais significativas e que provoquem menos ansiedade. Lembrar-se que aquela atividade é importante e valiosa é uma forma de promover sentimentos positivos em relação a ela.
Se você leu esse post e percebeu que têm uma tendência a procrastinar, principalmente no que diz respeito a uma transição de carreira ou a um recomeço, numa fase de aposentadoria, por exemplo, não precisa desanimar.
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