Poder de articulação: bom ao conselho, excelente à organização

15/01/2024
Poder de articulação: bom ao conselho, excelente à organização | JValério

Saiba porque a habilidade faz parte das boas práticas de governança corporativa impulsionando a gestão dos negócios 

Para que as ações de governança corporativa possam ser cumpridas satisfatoriamente existem mecanismos fundamentais. De fato, um deles é o conselho de administração. De um lado, temos a gestão das empresas dedicada a enfrentar desafios complexos e gerar valor aos acionistas, sócios e investidores. Do outro, o órgão colegiado que existe para mitigar conflitos entre todas as partes interessadas e garantir que elas tomem as melhores decisões estratégicas. Ou seja, como sempre dizemos aqui no blog, ao mesmo tempo em que um conselho eficiente age como elo, ele também pode ser considerado um guardião dos negócios

Portanto, quem estiver disposto a assumir esta responsabilidade, precisa estar ciente que a função requer uma combinação única de conhecimentos e experiências. No dia a dia, inclusive, é comum que o cargo coloque as habilidades do conselheiro à prova. Embora desafiadora, a missão é altamente recompensadora. Afinal, permite que o executivo faça a diferença na direção e sucesso da organização por meio do fortalecimento das lideranças e proteção do patrimônio tangível e intangível. 

Diante do cenário, preparar-se para participar de debates, internos e externos, dos quais vertem diferentes pontos de vista acerca de temas vitais às companhias é tido como diferencial. Entre as pautas, estão aspectos financeiros, jurídicos e de gerenciamento de riscos, para citar apenas alguns. Dito isso, com toda a certeza, ter o poder da articulação pode ser determinante em se tratando das atribuições deste perfil profissional. Mais que qualificação, ética e integridade, a capacidade de se adaptar, independentemente para onde os ventos do mercado estejam soprando, é um campo a ser explorado. 

Pensando nisso, confira algumas das competências indispensáveis aos membros de um conselho de administração que visam articular e implementar as melhores ideias e práticas. 

Desafios do dia a dia de um conselheiro

Formar um conselho de administração sólido é quase uma porta de entrada para o desenvolvimento competitivo, sustentável e estratégico. Dito isso, para que não haja dúvidas sobre a importância da articulação, tampouco a separação desta característica das boas práticas de governança corporativa, trazemos exemplos de situações nas quais ela será determinante. Confira!

Resiliência institucional

A resiliência institucional é uma questão sempre em voga no universo empresarial. Não por acaso, já que desde a abertura econômica no Brasil, nos primórdios da década de 1990, as empresas brasileiras se viram obrigadas a adotar uma postura mais “agressiva” para se adaptarem a um ambiente de maior competitividade global. Isso sem falar no constante processo de globalização a que todos estamos expostos. 

Nesse sentido, a capacidade de compreender, dimensionar e lidar com as tendências macroeconômicas e as políticas governamentais, bem como as mudanças tecnológicas, ambientais e sociais, é essencial para o sucesso de um conselheiro. Ademais, outros fatores externos que possam impactar a organização formam o repertório que merece total atenção, reflexão e, certamente, engajamento para formar o nível de preparo que se espera. 

 Planejamento estratégico

Ao estabelecer uma relação harmoniosa e, sobretudo, assertiva com todos os setores da empresa, o conselheiro tem participação determinante na elaboração e implementação do planejamento estratégico. Por meio da estrutura que o conselho administrativo oferece, é possível consolidar um modelo de gestão com excelência, inovação e diferenciação. Por consequência, os resultados tendem a aparecer tanto na realidade atual como nos planos futuros. 

Tomada de decisões

Quando falamos em articulação também nos referimos à capacidade de ampliar conhecimentos e acumular formações, pois ainda não conhecemos caminho melhor quando o assunto é tomada de decisões. Hoje em dia, um diploma de graduação na área de negócios é apenas o primeiro passo da jornada. Muitos conselheiros, inclusive, possuem diversas especializações, MBAs e certificações relevantes. Com este currículo, é provável que o executivo tenha passado por diferentes setores e mercados e, a esta altura, já possua vasta experiência para ocupar uma cadeira do colegiado. 

Veja a seguir alguns campos nos quais vale a pena investir frente ao conjunto de ferramentas (toolkit) mais visados:

  • Gerenciamento de riscos;
  • Avaliação de desempenho;
  • Uso de ferramentas de TI;
  • Habilidades interpessoais;
  • Compreensão do cenário macroeconômico;
  • Formação educacional e experiência profissional;
  • Engajamento com stakeholders internos e externos;
  • Poder de convencimento e argumentação;
  • Comunicação eficaz;
  • Elaboração de planos de negócios e planejamento estratégico;
  • Utilização de indicadores de desempenho (KPIs);
  • Avaliação da viabilidade de projetos.

 

Geração de valor

O conselheiro deve ser capaz de formular perguntas estratégicas que desafiem as suposições e os pressupostos da organização e, ao mesmo tempo, identificar oportunidades para gerar valor ao negócio. Para tanto, convém ter a habilidade de elaborar e posicionar a empresa de forma estratégica no mercado, identificando ameaças e desenvolvendo estratégias que permitam alcançar objetivos de curto, médio e longo prazo. Além disso, cabe ao conselho analisar e interpretar as demonstrações financeiras a fim de avaliar a saúde financeira e propor melhorias. Aliás, o mesmo se aplica na avaliação de perfis e capacidades das pessoas que ocupam cargos de liderança. Vale lembrar que o conselho terá que fazer indicações quando e se houver necessidade sem melindres em relação aos superiores. 

Gerenciamento de riscos

Exercitar a visão crítica de modo a fazer um correto gerenciamento de riscos se mostra uma articulação de suma importância. Afinal, apenas dessa forma pode-se traçar meios para mitigá-los. Assim, a viabilidade dos projetos - incluindo os mais ousados - passa a ter perspectivas palpáveis e baseadas em informações precisas e confiáveis. Seja como for, o profissional deve ser capaz de utilizar sua formação educacional e experiência profissional para tomar decisões inteligentes e fazer recomendações relevantes. 

Comunicação eficaz

Como não podia deixar de ser, o conselheiro que sabe comunicar suas ideias de forma clara e concisa, tanto oralmente quanto por escrito, aumenta as chances de influenciar e convencer os demais membros do conselho. Quando pensamos nos stakeholders, o engajamento com todas as partes interessadas dentro e fora da organização proporciona um maior entendimento acerca de suas necessidades e preocupações, o que acaba por facilitar a compreensão de possíveis cenários e a articulação diante deles.

Poder de convencimento

Quem já fez parte de um conselho de administração sabe a dimensão exata da capacidade de utilizar o poder de convencimento e argumentação a favor. Na prática, trata-se de um recurso para defender decisões e ideias que possam persuadir os outros membros até obter apoio.  Por isso, dominar a arte de argumentar de forma convincente usando fatos e dados colhidos com precisão cirúrgica se mostra estratégico. 

Além disso, recomenda-se ser capaz de entender as perspectivas de outras partes interessadas e adaptar sua abordagem de acordo com o público-alvo. Ter um alto grau de persuasão pode ajudar a influenciar positivamente o desempenho do negócio e alcançar os objetivos da organização.

O ano está quase acabando, mas 2024 promete ser promissor para os conselheiros que desejam impulsionar suas atuações. O mesmo vale para os profissionais que querem fazer parte de um conselho administrativo. A partir de fevereiro, a JValério inicia uma nova turma do Programa de Desenvolvimento de Conselheiros (PDC), com foco nas melhores práticas e na articulação dos campos da governança e da gestão. 

Trata-se de uma chance única de aprender, refletir e praticar de maneira instigante.

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