Estudo da Gallup aponta o impacto da liderança nas organizações e demonstra que 50% dos americanos pedem demissão por causa do chefe. Saiba como exercer uma liderança humanizada
Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, afirmava que "gerir é fazer as coisas bem, liderar é fazer as coisas certas". Uma das principais lições deixadas pelo autor é a preocupação com as pessoas na rotina organizacional. A necessidade de conferir bem-estar para os colaboradores no mercado de trabalho é uma das mensagens de suas obras.
Para o professor, é papel dos líderes “influenciar pessoas trazendo elas para o centro da organização”. De acordo com seus ensinamentos, os colaboradores são de extrema importância para os negócios e devem ser respeitados. Drucker cita ainda que valores como ética e responsabilidade são fundamentais para que se faça uma boa gestão. “Liderança não significa cargo, privilégios, títulos ou dinheiro; é responsabilidade. Uma responsabilidade do líder é ser um modelo a seguir dos pontos de vista moral e ético”, afirmou em uma de suas obras.
Outra frase famosa do autor revela bem este contexto: “a cultura come a estratégia no café da manhã”. O mestre quer dizer que uma magnífica estratégia de excelência no atendimento ao cliente torna-se insignificante se ela não estiver inserida na cultura e praticada no dia a dia. E quem dissemina essa cultura são os líderes, que ocupam o protagonismo no desenvolvimento e engajamento dos profissionais.
Os resultados de uma boa liderança vão além dos números, como mostra uma pesquisa da Gallup, empresa de pesquisa de opinião dos EUA. O estudo aponta que o líder tem influência de até 70% no engajamento dos funcionários com o negócio.
No entanto, a realidade do mercado de trabalho aponta para a direção inversa: o levantamento da Gallup, realizado com 7 mil pessoas nos EUA, demonstra que metade dos funcionários pedem demissão por conta do chefe. Você, que está lendo esse texto, já deve ter passado por essa situação ou certamente conhece alguém que pediu para sair da empresa por questões de relacionamento interpessoal.
As consequências de uma má liderança passam pela alta rotatividade, além de fenômenos como o “quiet quitting” (na tradução literal “demissão silenciosa”), que são prejudiciais ao negócio.
E em meio à competitividade do mercado, a retenção de talentos pode ser um diferencial para quem busca a inovação, por exemplo. Mesmo com o advento da Inteligência Artificial, o capital humano ainda é o principal trunfo das organizações porque são as pessoas que fazem a curadoria das tecnologias e escolhem as melhores ferramentas, que podem melhorar processos na rotina da empresa, por exemplo.
E a retenção de talentos passa uma cultura de humanização, que começa com líderes comprometidos em gerar resultados por meio do desenvolvimento das pessoas, ao mesmo tempo que olhem por elas.
E não é conversa de coach. Um estudo da plataforma de empregos INDEED consultou mais de 500 tomadores de decisão no final de 2022 sobre o que eles buscam em uma liderança para fazer parte da sua organização. E 70% dos respondentes afirmaram que estão procurando líderes engajados com a promoção de pessoas, ou seja, que ajudam seus funcionários no crescimento pessoal e desenvolvimento de sua carreira. Outra habilidade do líder apontada na pesquisa foi a preocupação com o bem-estar dos funcionários (61%);
Se no passado a tomada de decisões assertivas e com agilidade era uma das qualificações dos líderes, hoje a empatia e a escuta ativa são características que fazem parte do perfil de um bom líder. Tais atributos ficaram ainda mais evidentes com a pandemia, que afetou a saúde mental das pessoas em todo o globo. Neste período de nossa história recente, se destacaram os líderes que demonstraram sensibilidade para compreender as pessoas na sua integralidade e saber acolhê-las.
Buscar o equilíbrio, ou seja: cobrar resultados e, ao mesmo tempo, tomar decisões alinhadas aos objetivos da organização e manter os colaboradores motivados é um dos maiores desafios das lideranças modernas.
Para tornar o resultado dessa equação positivo, o autoconhecimento pode ser a bússola da liderança: quando o gestor entende quais são seuspontos fortes e fracos, consegue trabalhá-los e se desenvolver para, depois, dar suporte e ser um exemplo para seus liderados. É a famosa expressão walk to the talk, usada no mundo corporativo e que significa “liderar pelo exemplo”.
Os feedbacks entre líderes e liderados é mais uma ferramenta usada a favor do crescimento pessoal e profissional. Mas, para isso, todos envolvidos devem estar dispostos a ouvir.
A diversidade e inclusão também devem estar na pauta de uma empresa que busca equidade, pluralidade. Nela, as pessoas se sentem confortáveis para serem elas mesmas. E faz parte de uma gestão humanizada promover momentos de integração para que todos se sintam acolhidos e tenham a sensação de pertencimento. Só assim, vestirão com orgulho a camisa da empresa.
A ideia de um futuro de uma empresa não pode ser construída sem o pensamento nas pessoas, ou seja: como podemos viabilizar o melhor desempenho da equipe para que o lucro e o crescimento sejam consequências desse conjunto de ações.
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