Ter um posicionamento ambiental de destaque no mercado pode ser um dos principais indicadores do sucesso de uma marca e a gestão sustentável desempenha um papel muito importante na busca desse reconhecimento
Em pleno século XXI, uma coisa é certa: a falta de visão de futuro e de pensamento estratégico representa um gargalo no desenvolvimento dos negócios. Por isso, é fundamental que as empresas atuem pautadas não só nas tendências atuais, como também nas incertezas do que está por vir a fim de fazer o máximo possível para se antecipar e se adequar às mudanças.
Seja como for, sabemos da necessidade de reduzir o consumo dos recursos naturais para que possamos viver dentro dos limites da biocapacidade da Terra. Algo que pode ser feito graças à gestão sustentável estratégica. Vale lembrar que ter um posicionamento ambiental de destaque é um dos principais indicadores do sucesso de uma marca atualmente.
E você, já parou para pensar qual legado quer deixar para as próximas gerações? Se sim, tem conseguido incluir metas sustentáveis nos planejamentos de médio e longo prazo? O assunto é urgente. Vamos debater como incorporar propósitos ambientais palpáveis pensando no amanhã.
As mudanças climáticas são apenas um dos fatores que coloca o meio ambiente no topo da lista de prioridades da sociedade civil no mundo todo. Afinal, manter a saúde do planeta é um pré-requisito para o bem-estar de todos nós. Sendo assim, nada mais natural que as organizações busquem maneiras de se diferenciar a partir da consolidação de iniciativas conhecidas, bem como por meio da criação de soluções inéditas a partir das demandas que surgirem. Caso contrário, correm um sério risco de não atenderem aos novos padrões de consumo e a expectativas dos consumidores, cada vez mais engajados na construção de um mundo melhor.
Aliás, no plano ideal todas as tomadas de decisões já devem ser feitas com base no tripé da sustentabilidade (triple bottom line). Ou seja, abrangendo questões ambientais, econômicas e sociais em níveis estratégicos, táticos e operacionais. Da mesma forma, a abordagem ESG (Environmental, Social and Governance) é vital para avaliar até que ponto uma corporação trabalha em prol de algo que vai além do lucro.
Em suma, trata-se de prosperar e continuar a sustentar a vida indefinidamente ou ficar à mercê dos estragos causados pela poluição, desperdício, emissões de gases poluentes, escassez de recursos, desemprego e desigualdade. Nesse sentido, propomos analisar como a gestão sustentável estratégica pode garantir a continuidade das atividades empresariais sem deixar de lado a preocupação com a natureza.
Mais do que uma agenda sustentável, o tema requer que o universo corporativo realmente se engaje na prática. Porém, é muito mais do que se tornar uma empresa verde: implica em estabelecer conexões com a sociedade, realidade e o contexto no qual está inserido.
Vejamos os cinco principais eixos que contribuem com o processo de ampliar e direcionar esforços frente a inúmeros desafios e riscos globais.
Adaptar os modelos de negócios e gerenciar os impactos, tanto positivos como negativos, deve ser um ciclo contínuo. Só para ilustrar, empresas como Shell, Unilever, Microsoft, Apple e American Airlines, para citar apenas algumas, anunciaram recentemente planos para reduzir suas emissões líquidas de dióxido de carbono a zero nas próximas décadas. O compromisso atua em concordância com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, um norte a quem quer se engajar. Procure saber mais sobre cada um deles.
Segundo especialistas da Grant Thornton, uma das maiores empresas globais de auditoria, consultoria e tributos, a estabilidade financeira é um dos requisitos para implementar um programa de sustentabilidade sólido na cultura organizacional. De fato, uma condição que acabou se tornando um problema, sobretudo às empresas de pequeno e médio porte, após as pressões sofridas em virtude da pandemia da Covid-19. Salvo exceções, possuir uma condição financeira estável contribui com o ciclo do ESG. Sem falar que, via de regra, a existência prévia de recursos bem administrados sustenta a longevidade do empreendimento em si e, por consequência, suas contribuições ao meio ambiente.
Todavia, não se trata de apenas dinheiro e lucro. Quando falamos em criar valor, o conceito expande para mais frentes, tão determinantes quanto a saúde financeira. Aliás, engloba valores que ao serem equilibrados garantem o bom andamento de vendas e projetos, da mesma forma que favorecem um ambiente fértil de planejamentos voltados à gestão sustentável.
Quem souber usar a comunicação a favor tem tudo para conseguir estar um passo à frente. Ao definir objetivos de sustentabilidade específicos, por exemplo, é crucial que o diálogo com os stakeholders esteja constantemente em aberto. Contudo, sem esquecer que tão importante quanto falar é abrir espaço para os feedbacks. Isto é, os debates precisam percorrer um caminho de mão dupla. Assim, fica mais fácil descobrir o que investidores, fornecedores, funcionários, clientes e o público em geral desejam.
De acordo com o International Business Report (IBR), da Grant Thornton, 49% das empresas de médio porte esperam enfrentar pressão dos futuros talentos para se tornarem mais sustentáveis no próximo ano, enquanto 55% irão sentir o mesmo em relação aos consumidores. Com isso, a proposta de sustentabilidade inclui entender as expectativas dos stakeholders e tentar responder como um negócio.
Desde que genuína, a escuta ativa é responsável por fornecer insights importantes. E não dá para ter uma estratégia de inovação sem ouvir. Quer saber o que as pessoas estão pensando agora mesmo? Basta abrir as redes sociais e descobrir. Inclusive, CEOs, gestores e profissionais que ocupam altos cargos estão presentes em plataformas como o LinkedIn dando seus recados agora mesmo. Atualmente, não há argumentos que justifiquem uma postura desatualizada e off-line.
Por mais que o consumidor esteja no centro das preocupações, processos e decisões, o momento em que vivemos também exige discutir o papel dele na consolidação de ações sustentáveis. A princípio, sabemos que o consumista de hoje é formado por perfis altamente conectados e engajados no discurso ambientalmente correto.
Mas, até que ponto são oferecidas oportunidades para que eles realmente se envolvam nas legislações vigentes? Uma reflexão direcionada não apenas às empresas, como para os governos, ONGs e entidades do setor.
Por certo, temos uma lacuna em relação a isso no Brasil e convém direcionar esforços para que a responsabilidade possa ser ampliada ao nível necessário para a preservação. Mesmo que o descarte de resíduos sólidos aconteça da forma correta por parte da indústria, distribuidores, varejistas e demais agentes, o consumidor deve ser informado e orientado para poder finalizar o processo.
Um dilema difícil e comum a praticamente todos os segmentos, visto que envolve mais um investimento. Em contrapartida, um avanço que vem sendo feito com sucesso por empresas como a Natura, multinacional pioneira no ramo de cosméticos no país, ao implementar um modelo econômico circular no qual 100% das embalagens usadas são reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis.
A verdade é que, ao lado dos empreendedores, as startups de impacto sempre estiveram integradas às grandes empresas, vendo estas como potenciais clientes e parceiros de negócios para aquelas que atuam em B2B. A novidade talvez esteja agora do lado dos executivos, que estão percebendo que trabalhar junto a elas pode ser um caminho eficaz, rápido e eficiente para trazer soluções e colocar em prática os compromissos assumidos.
A criação de respostas internas pode fazer muito sentido, mas se aliar a quem está se dedicando para resolver esses desafios há anos, com ideias já testadas e aprimoradas, com certeza pode agregar muito – seja cocriando soluções conjuntas ou simplesmente implementando as prontas.
A educação continuada é uma forma de gestores aprimorarem seus conhecimentos e ficar a par das novas tecnologias e tendências de consumo que norteiam o crescimento dos negócios.
O Parceiros para Excelência - PAEX, da JValério Gestão e Desenvolvimento e da Fundação Dom Cabral (FDC) é uma solução que foi desenvolvida justamente para potencializar e conquistar a longevidade das organizações.
O PAEX é um programa para empresas familiares de médio porte que buscam um modelo robusto de gestão, com a formação de executivos e equipes de alta performance, elevando os resultados de curto, médio e longo prazos. Para saber mais, acesse: https://jvalerio.com.br/programas-para-empresas/paex/.