Entenda o conceito da estrutura organizacional utilizada pelas gigantes e saiba como usar as potencialidades testadas e aprovadas por elas nos negócios
Para que os negócios prosperem, toda empresa que se preze possui uma estrutura organizacional. Aliás, é por meio dela que os diferentes departamentos, cargos e colaboradores coexistem de maneira saudável, benéfica e, sobretudo, produtiva. Em outras palavras, é o básico para quem quer empreender e se manter no jogo.
No comando de tudo, com olhos e, principalmente, ouvidos atentos, temos os gestores, considerados elos fundamentais entre os membros que fazem qualquer atividade acontecer de fato. Nas mãos desses profissionais, responsáveis por guiar o “barco”, uma importante decisão: qual modelo de gerenciamento será utilizado diante dos desafios e adversidades impostos pelo ramo no qual atuam? E mais: como se diferenciar no mercado tendo em vista que a concorrência está cada vez mais acirrada?
Diante do cenário, a gestão horizontal tem sido a resposta dada para fortalecer a rede de cooperação voltada à inovação, bem como a cultura organizacional. Além disso, engajar o comprometimento dos funcionários em assuntos do interesse de todos e, mais importante, alcançar resultados rápidos e positivos, são metas que ao longo do tempo se tornam mais palpáveis com esse tipo de abordagem. Não por acaso, gigantes como Netflix, Google e Tesla - conhecidas por impulsionar a criatividade - funcionam assim (veja mais sobre elas adiante).
Quer entender melhor como a horizontalização funciona na prática e de que forma ela pode ser um catalisador de tendências?
Segue o fio!
Partindo do pressuposto, onde inovar e aprimorar são palavras de ordem, seguir pelo caminho mais disruptivo é a aposta das organizações que almejam o topo. Nesse sentido, mudar a dinâmica do trabalho, jogando luz a formas mais funcionais e efetivas, tem sido a estratégia adotada para obter operações e processos fluidos, bem como entregas mais consistentes.
Na prática, significa extrair o melhor das relações entre os envolvidos, sem essa de chefes e subordinados, mas sim times preparados para criar projetos, viabilizar operações e manter a comunicação com os setores adjacentes sempre na ativa. Ou seja, cada passo pode contar com a expertise de colegas no intuito de gerar uma união de forças multidisciplinares. Aqui, as instruções são passadas e recebidas com igualdade, visando o sucesso da empreitada, e não mais no esquema top-down (de cima para baixo).
Diferentemente da vertical, onde existe um organograma fixo, pouco moldável e caracterizado por posições hierárquicas bem definidas (e até mesmo rígidas), a gestão horizontal denota maior autonomia e tomadas de decisões compartilhadas - não mais só pelas lideranças. Nela, cada integrante da equipe ganha vez e voz em um ambiente altamente democrático. Isto é, não há mais relação de poder.
Em resumo, as principais características da gestão horizontal são:
Ao colocar os conceitos tradicionais em xeque, os líderes percebem o crescimento individual dos “subordinados”, que passam a ter maior interesse em formação continuada, por exemplo. Por consequência, a empresa só tem a ganhar. Portanto, fica claro que na gestão horizontal a figura do líder não deixa de existir, mas passa a ter outra função indispensável, que é a de organizar as informações e ideias até que se encaixem no planejamento proposto (ou na reformulação dele).
Ademais, são inúmeras as vantagens do modelo de estrutura horizontal que tem convencido muitas organizações a implementá-lo. Dentre as principais, podemos destacar:
De qualquer forma, vale destacar que não existe “certo ou errado” quando se trata do modelo de hierarquia horizontal e vertical, afinal, tudo vai depender da cultura da empresa e da estrutura do negócio.
Para algumas organizações, a existência de uma hierarquia de poder é fundamental para que os resultados esperados sejam alcançados. Já para outras, pode valer mais a pena aplicar um organograma de hierarquia horizontal e otimizar toda a estrutura organizacional.
Por esses e outros motivos, é importante entender o que é gestão horizontal e suas características, pois, assim, as lideranças têm insumos para compreender se esse modelo funciona para o negócio ou não.
Não existe uma regra para o código de postura nas empresas, independentemente do tipo de gestão escolhido. Mas, de uma forma geral, a horizontal tende a ter um clima organizacional mais descontraído e menos baseado na formalidade — o que não significa menos produtividade, como os exemplos de empresas com gestão horizontal que veremos a seguir.
A Netflix, líder mundial no serviço de streaming desde 1997, não é inovadora somente no modelo de negócio, mas também vanguardista quando o assunto é gestão. Com aproximadamente 230 milhões de assinaturas em mais de 190 países (segundo dados dela mesma), a empresa norte-americana faz questão de frisar que sua prioridade são as pessoas e não os processos. O que, conforme o feedback dos próprios funcionários, a torna flexível, estimulante, colaborativa e criativa. Para o público externo, basta saber o quanto a plataforma é bem-sucedida.
Abaixo, listamos alguns tópicos presentes em seu código de postura, o qual causou polêmica quando foi lançado, por volta de 2009. A julgar pelo crescimento alcançado desde então - só este ano, somou receitas de US$ 8,18 bilhões entre abril e junho, alta de 2,7% sobre o mesmo período de 2022 - quem ousaria duvidar das escolhas, não é mesmo?
A empresa frisa reforçar os seguintes aspectos na sua gestão de pessoas:
O poderoso Google, que dispensa apresentações, é outro famoso caso de gestão horizontal. No dia a dia do maior buscador do mundo, os funcionários acessam com facilidade todos os níveis hierárquicos existentes, uma vez que são abertos à comunicação indiscriminadamente.
Um dos resultados mais diretos disso é que os colaboradores podem se encontrar diretamente, trocar informações entre si e tomar decisões em conjunto. Para isso, basta que respeitem uma série de valores que estão descritos no código de cultura do Google.
Após ver ações despencando na bolsa de valores, desde 2018 a empresa de Elon Musk adotou a gestão horizontal. O anúncio foi feito pelo próprio CEO do império que, na ocasião, emitiu um comunicado interno que também foi enviado aos principais jornais dos EUA.
Um dos trechos do documento dizia que “como parte da reorganização, estamos horizontalizando a estrutura de gestão para melhorar a comunicação”. Com a mudança, Musk passou a coordenar pessoalmente os departamentos de vendas e serviços.
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