O poder da coerência: não planeje sem ela

29/09/2023
O poder da coerência: não planeje sem ela | JValério

Entenda como a análise do contexto empresarial é fruto de uma visão ordenada que estabelece conexões propícias ao alcance de metas e objetivos palpáveis

Imagine a agenda de um executivo aberta na página do primeiro dia do ano. Se pudéssemos ler o conteúdo, provavelmente, veríamos escrito: 01/01 -  hora do planejamento estratégico. Afinal, sem ele, é quase impossível sobreviver no mundo dos negócios. Mas, não basta apenas preencher uma folha com metas. É preciso que os meios utilizados para alcançá-las sejam coerentes com o contexto organizacional, isto é, estejam em sintonia com o tripé missão, visão e valores. 

Pensando nisso, qual seria uma ferramenta poderosa para auxiliar líderes nesse equilíbrio?

Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, a palavra coerência significa criar uma relação harmônica de ideias. De fato, ao estabelecer conexão entre a tomada de decisões, o segmento de atuação e os aspectos cognitivos e sociais a que estamos condicionados se torna possível traçar planos mais concretos e eficazes. Da mesma forma, é a coerência que permite às marcas se diferenciarem e construírem uma identidade forte e reconhecida.

Quer saber um pouco mais sobre a importância da coerência na criação de estratégias empresariais? Confira os insights a seguir.

Atuar com coerência: o que significa

Em outras palavras, atuar com coerência demanda saber com clareza onde fica o ponto de partida e aonde se quer chegar. Caso contrário, seria como entrar em um carro, dar a partida e não ir a lugar nenhum. 

Assim, em primeiro lugar, vale se fazer três perguntas: 

  1. "Quem somos”
  2. "O que fazemos”
  3. “Por que fazemos"

Por meio das respostas, as soluções apresentadas aos desafios do mercado, incluindo o comportamento diante da necessidade de reavaliação (a exemplo do que ocorreu durante a pandemia da Covid-19), trarão ou não os indicadores esperados, tanto em termos de receita quanto de crescimento. 

Sendo assim, a estratégia coerente é uma disciplina que requer atenção e melhoria contínua, porém os resultados obtidos valem cada investimento realizado. Ela é que fará os colaboradores enxergarem o horizonte desenhado pelos gestores.

Para que serve a coerência na criação de estratégias empresariais

Antes de mais nada, o gestor experiente sabe que ao dedicar tempo e esforço à análise do contexto ele estará construindo a base na qual irá trabalhar os objetivos de curto, médio e longo prazo. A partir disso, ele também pode definir a vantagem competitiva. Ou seja, o diferencial utilizado perante a concorrência. Em suma, poderá planejar suas ações com o propósito de delimitar um caminho assertivo rumo ao sucesso. 

Embora exerça papel fundamental, é importante lembrar que a coerência não deve ser confundida com rigidez, pois, se for preciso, as empresas devem estar preparadas para mudar de rumo e foco, muitas vezes, sem aviso prévio. 

Vejamos alguns pontos nos quais a coerência se mostra determinante dentro do planejamento estratégico.

Ao definir público-alvo

Ter clareza sobre quem a empresa quer atender é essencial. A segmentação adequada permite que os recursos se concentrem nos clientes que estão mais alinhados com os valores e propósitos da organização. Parece forte, contudo, ao estabelecer um critério se desenha uma escolha estratégica a fim de evitar diluir a proposta de valor e garantir que o produto ou serviço seja direcionado de maneira adequada.

Quando se posicionar

Aqui, para citar apenas um exemplo, ao comunicar claramente se a marca é cara ou barata, de modo que essa percepção se mostre em todos os níveis do negócio, dizemos que há coerência no posicionamento. Ao optar por atender as expectativas dos consumidores dispostos a pagar mais, deverá entregar um alto valor atrelado, sobretudo, à qualidade e exclusividade. Por outro lado, a sociedade de massas almeja investimentos acessíveis, sendo assim, a entrega deverá ser consistente nesse sentido para evitar confundir ou decepcionar aqueles que buscam preços mais baixos.

No cuidado com a reputação

Como já dito, quando discurso e prática estão alinhados cultiva-se a confiança dos clientes e demais stakeholders. A coerência no posicionamento, na comunicação e na entrega cria uma identidade sólida facilmente reconhecível e valorizada. Por consequência, vem a conquista de uma imagem positiva, um ativo valioso que influencia a decisão de compra e a fidelidade com o passar dos anos.

Para alinhar processos internos

Uma estratégia coerente não se limita ao público externo, mas também é voltada à cultura interna. É importante alinhar toda a organização em torno dos mesmos alvos estratégicos, garantindo que todos os departamentos e funcionários trabalhem em conjunto para alcançar os resultados desejados. A coerência na execução dos processos e na comunicação institucional fortalece a cultura da organização e impulsiona a eficácia da estratégia como um todo.

Diante das mudanças do mercado

Sabemos que o planejamento estratégico não é um conceito estático, pelo contrário, está em constante evolução. Portanto, as empresas precisam ser ágeis e adaptáveis para se manterem relevantes. Por isso, a postura coerente é capaz de se adequar às mudanças, às novas tendências e às expectativas dos compradores à medida que o mercado avança de forma cada vez mais veloz. 

Na escolha da melhor estratégia

O tipo de estratégia utilizada deve ser construído a partir de uma análise coerente do contexto organizacional. Vamos observar algumas situações pontuais e comuns no universo corporativo.

  1. Estratégia de sobrevivência: é aquela a que se recorre quando a situação é inadequada e caótica. No intuito de reverter o quadro, normalmente a primeira decisão envolve parar os investimentos e reduzir as despesas ao máximo. O intuito é se reorganizar e traçar planos mais tangíveis para o futuro. Embora necessária, é uma ação que não deve ser utilizada a longo prazo, sob o risco de ver o negócio ser “engolido” pelo mercado e concorrentes. Além disso, se nada der certo, o empresário poderá adotar a estratégia de “liquidar o negócio”;
  2. Estratégia de manutenção: Se na estratégia de sobrevivência o objetivo era persistir no alcance de resultados mais positivos, na estratégia de manutenção a empresa já possui uma série de pontos fortes, os quais são maximizados para tentar manter a posição conquistada até o momento. Cabe ressaltar que as ameaças existem, mas uma ação que é adotada nesse caso é a minimização de pontos fracos para manter a vantagem competitiva. Dessa perspectiva, a empresa pode investir, desde que moderadamente;
  3. Estratégia de crescimento: quando o ambiente proporciona situações favoráveis que podem se tornar oportunidades de crescimento para a empresa e isso é aproveitado efetivamente. São elas: inovação, internacionalização, joint venture, expansão e aumento do volume das vendas;
  4. Estratégia de desenvolvimento: na junção de pontos fortes, ambiente favorável e oportunidades o desenvolvimento pode ocorrer em duas direções: na busca por novos mercados e clientes e/ou novas tecnologias. Tais fatores, quando unidos, favorecem a ampliação dos negócios, bem como as perspectivas de mercado. 

E você, tem conseguido pensar e planejar estrategicamente lançando mão da coerência como aliada? Parece simples, mas no dia a dia as batalhas são tantas que nem sempre conseguimos organizar as ideias sem dispersar algumas pelo caminho. 

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