Além de diversos benefícios técnicos e operacionais, a ferramenta é a garantia de atendimento ágil e de qualidade aos pacientes
Muito mais que um termo técnico, a interoperabilidade na gestão da saúde é um pilar de suma importância em prol de eficiência operacional em diversas frentes. Também não pode ser resumida a mera troca de informações, já que se constitui como uma base para que a rede de prestações de serviços integrados funcione com agilidade, fluidez e precisão. Além disso, reforça o compromisso das operadoras em oferecer um atendimento de qualidade e cada vez mais ágil, personalizado e, sobretudo, humanizado. Por meio dela, é possível obter uma melhor compreensão sobre as condições gerais dos pacientes, otimizando os processos que envolvem diagnósticos e tratamentos.
Sem falar na cultura da inovação que, após ser implantada, resulta em uma série de benefícios de ampla proporção, entre eles: o compartilhamento de grande volume de dados (sem ambiguidades e em larga escala) de forma transparente e segura e o aprimoramento dos protocolos de comunicação entre clínicas, laboratórios, hospitais e demais instituições do gênero. Ao permitir que diferentes plataformas e aplicações funcionem em conjunto, a interoperabilidade abre caminho para uma colaboração sem precedentes dos chamados Registros Eletrônicos de Saúde (EHR), aplicativos e outras tecnologias disponíveis atualmente.
Por fim, o recurso exerce influência direta tanto na redução dos erros como nos custos de modo geral, dois quesitos indispensáveis ao desenvolvimento sustentável do setor. Portanto, vamos aprofundar!
Uma das principais vantagens da interoperabilidade é o fato dela assegurar o cumprimento de aspectos legais, semânticos e organizacionais em conformidade com as atuais regulamentações vigentes - a exemplo da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2020. Inclusive, as empresas que desrespeitarem a LGPD pagam multa que pode chegar a R$ 50 milhões por infração. Sendo assim, se torna essencial para garantir a segurança das informações confidenciais e exames. Para acessar o usuário deve ser cadastrado e solicitar autorização, sendo o compartilhamento liberado somente se as mensagens forem criptografadas, ou seja, codificadas.
Diferentemente da integração, que prevê a combinação ou unificação de prontuários e outras operações a partir da mesma origem, a interoperabilidade promove justamente o oposto, uma vez que dá acesso a todas as ferramentas de gestão, criadas por inúmeros fornecedores de softwares e hardwares. Em outras palavras, enquanto a interoperabilidade conecta sistemas distintos, a integração combina tudo em um só lugar.
Na prática, a interoperabilidade se divide em quatro níveis diferentes: básico, estrutural, semântico e organizacional.
Em primeiro lugar, a interoperabilidade simplifica o gerenciamento dos dados, permitindo que eles circulem sem entraves e, principalmente, com a privacidade exigida neste tipo de operação. No fluxo de trabalho, tem reflexo direto no aumento da produtividade e na promoção da escalabilidade, gerando às organizações a chance de se adaptarem com mais facilidade às mudanças do mercado, bem como ao atender às atuais demandas sem restrições de ordem operacional.
Em contrapartida, pressupõe alguns desafios para ser colocada em prática, tais como: investimentos em soluções de TI; treinamentos e conscientização dos profissionais; promoção de parcerias estratégicas; disponibilização de infraestrutura capaz de suportar múltiplas fontes de prontuários eletrônicos, softwares de gestão hospitalar e plataformas de telessaúde que possam se comunicar entre si sem entraves. Sem falar na incompatibilidade, especialmente em locais onde a presença de dispositivos ou tecnologias ultrapassadas resiste à modernização.
À medida que a tecnologia evolui, a interoperabilidade na saúde continuará a se transformar também. Várias tendências emergentes provam isso e as listamos abaixo:
A transformação digital na saúde é um dos conteúdos que teremos a oportunidade de aprofundar ainda mais durante o programa Gestão de Negócios da Saúde (GNS), marcado para acontecer a partir do dia 18 de outubro, na sede da JValério, em Curitiba (PR). Antecipe-se às tendências e esteja preparado para lidar com elas. Matricule-se!