Conheça as tendências indispensáveis às empresas que buscam liderar em sustentabilidade ao longo de 2024
Pelo desenrolar das projeções, tudo indica que as mudanças climáticas serão uma das maiores preocupações dos investidores em 2024. A exemplo do que, segundo a revista “The Economist”, está acontecendo desde o ano passado. Quem acompanha a publicação, deve lembrar que há aproximadamente 12 meses, foi publicada uma edição na qual a capa estampava a frase “3 letras que não salvarão o planeta”, acompanhada da imagem de uma tesoura cortando a sigla ESG.
Polêmicas à parte, o fato é que a governança ambiental, social e corporativa constitui um aspecto de suma importância na gestão estratégica dos negócios. E, portanto, não pode ser negligenciada de forma alguma, mesmo que o momento exija mais atenção a uma ou outra letra especificamente. Diante do atual cenário, não basta ligar o ar-condicionado e fingir que nada está acontecendo. Muito menos passar uma falsa impressão de engajamento enquanto as ações causam danos ao meio ambiente, bem no estilo do famigerado greenwashing.
Nem mesmo quem já adota um papel ativo com programas sólidos de políticas e boas práticas estará livre de cobranças e, por consequência, será levado a rever os planejamentos. Afinal, as organizações em atividade hoje estão na vanguarda de uma transformação sem precedentes capaz de redefinir as prioridades e as perspectivas econômicas globais num piscar de olhos.
Vejamos como a sustentabilidade empresarial deverá ser decisiva para o empresariado ao longo de 2024 e o que é esperado a respeito de outras pautas ligadas à agenda ESG.
As mudanças climáticas causam sérios efeitos negativos não só na saúde humana, como em todo ecossistema. A má notícia é que a ação do homem tem sido a maior responsável pelas alterações que temos presenciado nos últimos anos. Graças a processos que incluem a queima de combustíveis fósseis, emissão de gases poluentes, desmatamento e poluição do solo e recursos hídricos, a natureza está, praticamente, “estrangulada” e pedindo socorro. O termo é forte, mas apropriado tendo em vista a magnitude dos eventos.
Além do aumento da temperatura global e do nível do mar, bem como os longos períodos de seca extrema ou aumento exagerado das chuvas, todas essas situações influenciam o mercado. O primeiro setor mais afetado é a agricultura e a produção de alimentos. As perdas e a redução nas safras afetam a população e as empresas de maneira geral, pois causam aumentos nos preços e impactos na economia.
Por falar nisso, o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado em dezembro de 2023, afirma que o Brasil é particularmente vulnerável aos choques climáticos: eles custam 1,3% do PIB anualmente.
Para enfrentar os desafios relacionados à sustentabilidade, as empresas de todos os portes e segmentos buscam alternativas para acompanhar esta nova forma de fazer negócios.
Conheça as tendências que prometem começar a moldar o futuro a seguir.
Como já dissemos, não é preciso ser um especialista para notar os efeitos do aquecimento global. Portanto, reduzir as emissões de carbono e avançar na transição energética com a adoção de fontes renováveis (solar e eólica) serão duas das principais tendências a serem incorporadas no universo corporativo.
Não por acaso, elas são a maior preocupação global tendo em vista que os fenômenos extremos devem se agravar em 2024. Em outras palavras, precisamos fazer uma “faxina” na atmosfera com estratégias para a mitigação de riscos.
As empresas terão que demonstrar, na prática, ainda mais empenho na disponibilização de locais de trabalho com perfis variados em se tratando de classe social, raça, idade, orientação sexual, pessoas com deficiência, povos originários, etc. Entre elas, a igualdade de gênero figura como a meta principal a ser alcançada este ano.
A presença de times diversos em ambientes inclusivos é, atualmente, o ideal de cenário profissional liderado por gestores conscientes que prezam pela produtividade e, sobretudo, respeito às diferenças. Sem falar no aumento das taxas de inovação e na construção de uma reputação positiva em sintonia com as principais demandas da contemporaneidade.
De acordo com a 3ª edição da pesquisa Oldiversity: Impactos da Diversidade e Longevidade para Marcas e Negócios, idealizada pelo Grupo Croma, 59% dos entrevistados passam a consumir produtos ou serviços das empresas que mostram apoio à diversidade e longevidade. Enquanto 49% se identificam com marcas que falam sobre estes temas e 65% apoiam o movimento de diversidade na comunicação das organizações
A saúde física e mental dos colaboradores será, finalmente, colocada no topo das discussões para garantir a coesão da força de trabalho e aumentar a produtividade. Não adianta investir tempo e recursos na contratação de equipes com perfis multifacetados e focados em D&I, se no dia a dia as condições oferecidas não forem satisfatórias.
Tendo em vista a alta demanda voltada à cadeia de suprimentos, o cenário internacional teme que ela não consiga suprir as necessidades. Sendo assim, os níveis de responsabilidade e controle de fornecedores no sentido de garantir a redução das emissões de carbono e outros gases que causam desequilíbrio no efeito estufa irá aumentar.
Certamente, haverá uma junção de esforços para evitar que haja formas de trabalho infantil, escravo ou analógos à escravidão. Os direitos humanos e trabalhistas estarão em voga e não passarão despercebidos por quem preza por produzir sem deixar de lado os valores morais e éticos.
A transparência é um dos quatro princípios da Governança Corporativa, junto com prestação de contas, equidade e responsabilidade. Fundamental para o desenvolvimento sustentável, é por meio deste tipo de gerenciamento que muitas empresas, independentemente do porte, dirigem, monitoram e incentivam todos os elos das atividades que desempenham.
Em outras palavras, as estratégias adotadas terão que ser demonstradas em relatórios detalhados e com métricas claras. Os clientes desejam informações objetivas e completas para que consigam fazer escolhas mais conscientes. E os stakeholders também estão de olhos bem abertos em cima das operações, da indústria ao varejo.
Outro tópico que vem sendo muito debatido é o das finanças sustentáveis. Nós até falamos detalhadamente sobre isso em outra postagem aqui no blog (clique aqui para ler a matéria completa). Dados de um estudo recente conduzido pela Ernst & Young (EY), líder global em serviços que incluem consultorias e insights, revelam que o conjunto de padrões e critérios ESG influencia 99% das decisões de investimento no Brasil.
Como resultado, governos e organizações devem passar a emitir mais títulos verdes e as instituições financeiras tendem a se dedicar ao desenvolvimento de cada vez mais produtos e serviços orientados por essa abordagem. Apesar de não serem tão divulgados como os fundos de investimentos conhecidos, os bancos públicos e privados já possuem portfólio nesse sentido.
Bons exemplos vêm das startups, empresas inovadoras que buscam oferecer soluções a desafios específicos e até mesmo disruptivos. Entre elas, está a Economia Criativa, conceito que designa modelos de negócios que têm origem em produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos com o propósito de gerar emprego e renda.
Como podemos perceber, são muitos movimentos acontecendo em favor de um mundo melhor e um futuro mais sustentável. Por isso, haverá um cuidado maior por parte das empresas em relação a seus produtos e matérias-primas. Isto é, elas farão de tudo para produzir em sintonia com o conceito dos 4Rs: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar.
Aliás, o que está em jogo aqui é, inclusive, um “R” adicional que seria o de redesenhar as embalagens, por exemplo, para diminuir o desperdício e o consumo desenfreado de recursos naturais.
Em 2024, vamos ouvir falar muito em projetos de manutenção e regeneração de áreas verdes. A ideia é valorizar a biodiversidade, considerada um patrimônio da humanidade. Quem estiver atento a conectado a esses pontos, tem tudo para cair se destacar da concorrência.
As ferramentas de IA estão a pleno vapor, com destaque ao armazenamento em nuvem (especialmente no setor de compras), privacidade dos dados (LGPD) e a segurança cibernética de modo geral. Vale lembrar que, na hora de inovar, será crucial considerar os impactos ambientais de suas atividades e, de forma alguma, ignorar as discussões éticas e regulatórias.
Se você leu este artigo até aqui, já sabe, na teoria a importância de aderir às práticas ESG na rotina das organizações. Mas se não sabe como dar o primeiro passo, visite as soluções oferecidas pela JValério Gestão em Desenvolvimento, com a chancela da Fundação Dom Cabral.
A ESG é uma das pautas obrigatórias no cronograma dos nossos cursos, seja na formação de conselheiros ou de gestores e executivos.
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