Horizonte, escolhas e ação

A vida é um movimento autocriador construído por escolhas. Desde a mais tenra infância, descobrimos o mundo e a liberdade escolhendo instrumentos e trajetórias para nossas ações. Aprendemos a escolher vasculhando as possibilidades diante de nossos olhos, agindo para gerar resultados e confrontando-os com os desejos que os motivaram. Diferentemente dos animais, nas​cemos indeterminados, sem programação comportamental que limite nossas escolhas. Escolhendo e agindo, aprendemos nossos limites e possibilidades de sua superação para abrir novas possibilidades de escolhas para viabilizar nossos sonhos. ​ Nossas competências alicerçam nossas escolhas e os resultados de nossa ação confirmam o poder de nosso protagonismo, tal como visto nas escolhas e protagonismo de Pi, no barco à deriva. Embora limitado a poucos objetos disponíveis no barco, Pi identificou e explorou os potenciais de um deles, até criar os meios para sua sobrevivência e a do tigre, seu companheiro de infortúnio. Cada resultado renovava a fé em suas competências, assim como cada fracasso o ensinava novos caminhos de ação. Portadores das mesmas potencialidades que salvaram Pi e seu companheiro, somos responsáveis pela qualidade de nossas carreiras e vidas. Dependemos de nossas escolhas e ações. Escolhas e ações são instrumentos de exploração das potencialidades do mundo na construção de nossa existência. Ambas ampliam o alcance do horizonte que enxergamos, no qual desejamos e protagonizamos nossa carreira e vida. A fertilidade nesse horizonte é ativada pelo protagonismo que produz, assume e integra nossas ações. O exitoso protagonismo de Pi alimentou a autoconfiança em suas escolhas e as ações que energizaram sua esperança de sobrevivência. Embora seja uma fábula, a vida de Pi retrata a trajetória de nossas carreiras e vidas – horizonte, escolha e ação. Hoje, nossas carreiras são desafiadoras como o empreendimento de Pi para salvar a si e a seu companheiro. Fonte: FDC