Atrair e reter talentos é um dos desafios das organizações; liderança é uma habilidade que pode ser desenvolvida por meio de especialização para formar gestores com olhar para o futuro
Bill Gates, o fundador da Microsoft, criou um produto capaz de mudar o modo de vida da civilização moderna: o computador. O pai do Mickey Mouse, Walt Disney, gravou seu nome na história da animação infantil com a produção de longa metragens e personagens que encantam muitas gerações. Ele ainda foi além e, ao lado do irmão, Roy Disney, fundou a Walt Disney Company. Já Nelson Mandela é um símbolo de resistência na luta contra o movimento Apartheid e é uma referência no mundo todo quando se fala sobre a democracia e a igualdade de direitos.
Certamente, essas três lideranças tinham um objetivo muito claro em mente quando levantavam da cama todos os dias. E, além de compreenderem seu propósito, eles conseguiram envolver todo o seu time em torno de um ideal comum. O perfil agregador fez a diferença na carreira executiva de cada um deles. Esse é um dos maiores legados deixados por Gates, Mandela e os irmãos Disney.
Antes de conquistar os clientes, os gestores precisam desenvolver habilidades para ganhar os corações e mentes dos seus subordinados. Liderar com propósito vai além da motivação da equipe em torno de uma causa nobre: significa também ajudar cada colaborador a encontrar a sua razão para sair da cama todas as manhãs.
“Para atrair e reter talentos, um bom salário não basta. A sensação de pertencimento e o desenvolvimento pessoal importam na hora de buscar um emprego e de investir na construção de uma carreira em uma companhia”, aponta Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento.
Ela explica ainda que as lideranças inspiradoras estimulam os liderados a descobrir, dentro da organização, seu próprio propósito. Mas como fazer para liderar com propósito, na prática? Confira quatro atitudes que devem ser adotadas pelos líderes para engajar a equipe.
As estratégias desenhadas hoje terão um impacto amanhã. Daí a importância de traçar um planejamento estratégico a longo prazo. Definir ações e alterá-las no dia seguinte não condiz com a postura de um líder inspirador, que deve ter foco nos objetivos para alcançar os resultados almejados.
O pensamento no futuro está relacionado com o legado que a liderança deseja deixar numa corporação. Neste sentido, formar novos gestores, contribuir com o crescimento pessoal dos colaboradores e ajudá-los a encontrar seu próprio propósito devem estar na pauta de quem deseja se tornar um líder inspirador.
Sejamos realistas: poucos liderados carregam, na ponta da língua, a missão, a visão e os valores da empresa. Mas esse não é um fator determinante. O que todos devem compreender, com clareza, é o propósito do negócio: o que fazem e, principalmente, por que fazem.
Para que todos trabalhem em torno de uma causa comum, os líderes precisam assegurar que o propósito da empresa faça parte do cotidiano da equipe. Deixá-la a par das estratégias e das decisões é uma forma de tornar claro e enfatizar o propósito na rotina dos colaboradores. Uma lição importante: as pessoas são capazes de apoiar um propósito quando se sentem parte do processo e quando ajudaram a criá-lo.
Os líderes devem ter ciência de que suas ações – até as mais corriqueiras – são observadas pelos liderados. Na hora de concluir um projeto, por exemplo, se a equipe precisar fazer horas extras, o líder deve juntar-se a ela. Dar ordens e virar as costas não é postura que se preze a um bom líder.
André Luis Fauth, Ceo da Berneck, recomenda seguir a cultura do Walking the talk (aja de acordo com seu discurso), na qual o líder age pelo exemplo e não apenas pelo que diz, tendo empatia pelo colaborador, entendendo as necessidades de crescimento desse profissional e inclusive ajudando-o a estabelecer sua trilha de carreira dentro da organização.
Na opinião de Fauth, escutar o liderado sempre vai agregar algo, independentemente do grau do colaborador, do conhecimento ou da experiência. “A sua decisão como líder não é transferível, mas a decisão será sempre melhor e com menos erros, se houver discussões e trocas. Deve-se liderar com empatia, escutar, conversar, discutir estratégia e apoiar nos momentos difíceis. Coloque-se no lugar do outro e lidere pelo exemplo e, como líder, faça a diferença”, aconselha o executivo.
Não é preciso ser um líder nato para se destacar em postos de comando. A liderança é um conjunto de valores e ações que pode ser desenvolvida em cursos de formação continuada, que priorizam o desenvolvimento pessoal, além de conhecimentos técnicos sobre gestão, por exemplo.
E uma das expertises da Fundação Dom Cabral (FDC) e da Valério é aprimorar as habilidades de gestores para que eles sejam mais assertivos, aprendam a delegar e tomar decisões que mantenham a corporação alinhada com seu propósito.
A Pós-graduação em Gestão de Negócios é um curso para profissionais graduados em qualquer área e que estejam em busca de autodesenvolvimento, além de pessoas que desejam alavancar a carreira e aprofundar conhecimentos em gestão para liderar, empreender ou transformar a realidade das organizações.