Força-tarefa de expertises impulsiona avanços tecnológicos

15/10/2024
Força-tarefa de expertises impulsiona avanços tecnológicos | JValério

Rede de cooperação entre profissionais de cargos estratégicos é apontada como um dos caminhos mais eficientes para a transformação digital nas empresas

Atualmente, o que CFOs (Chief Financial Officer) e CTOs (Chief Technology Officer) têm em comum além das nomenclaturas em inglês? Quando falamos em transformação digital, a resposta é tudo. Os executivos que ocupam cargos estratégicos e de alta liderança, a exemplo dos diretores financeiros e de tecnologia, passam por um momento importante no qual estão se reinventando para o futuro de olho no sucesso a longo prazo de suas organizações. Para isso, estão se unindo em uma rede de cooperação sem poupar esforços em prol dos objetivos centrais relacionados às tendências emergentes e avanços da área de TI. 

Trata-se de um trabalho conjunto que, ao final do dia, deve proporcionar aos tomadores de opinião os subsídios indispensáveis para medir os impactos da inovação tecnológica na gestão, bem como se o retorno sobre o investimento (ROI) tem sido eficiente. Se de um lado temos o CEO (Chief Executive Officer), ou diretor executivo, sendo pressionado a tornar digitais os atuais modelos de negócios, do outro, esse panorama tem colocado as demais lideranças empresariais em posições ainda mais táticas a fim de estruturar processos robustos que sejam capazes de implementar indicadores mensuráveis e, sobretudo, confiáveis. 

Quanto custa ser digital, eis a questão

Já faz um tempo que a figura do diretor financeiro (CFO) deixou de estar atrelada apenas às ações relacionadas ao dinheiro. Na era moderna, esse profissional cuida do caixa enquanto desempenha papel-chave no crescimento sustentável. Em outras palavras, atuam como o braço-direito do CEO graças a sua experiência operacional e expertise voltada à resultados. Apesar de estar acostumado com a pressão, o departamento tem se desdobrado para oferecer relatórios cada vez mais completos e complexos, incluindo as novas frentes que fazem parte do arcabouço empresarial, como a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) e, mais recente, os gastos recursos tecnológicos. 

Além de utilizar a maturidade para saber como cada centavo está sendo aplicado, trata-se de uma oportunidade imperdível para aqueles que desejam liderar a transformação digital nas finanças corporativas. De acordo com o PwC Pulse Survey de 2023, 89% dos CFOs dizem que encontrar o equilíbrio certo entre redução de custos e investimento para o desenvolvimento é um grande desafio.Porém, 64% estão investindo em novas tecnologias, tais como inteligência artificial (IA), nuvem, aprendizado de máquina e automação

Mas, quando custa ser digital? Certamente, nenhum CFO está disposto a abrir o jogo correndo o risco de alimentar os planos da concorrência. Contudo, reunimos alguns insights debatidos durante o CFO Summit 2024, evento on-line, realizado nos dias 3 e 4 de julho, que reuniu líderes financeiros das maiores empresas do Brasil e do mundo para discutir as tendências, desafios e oportunidades na área de finanças. O debate focou na importância da rápida adaptação às exigências do mercado, especialmente em um cenário onde processos legados podem ser obstáculos significativos.

Confira alguns deles a seguir. 

  • A educação contínua e o networking de alto nível são fundamentais para a formação de um bom CFO;
  • Sem proficiência em tecnologias digitais será mais difícil alavancar os negócios, pois ferramentas de IA podem transformar atividades financeiras, economizando tempo e melhorando a precisão;
  • independentemente da tecnologia, as pessoas continuam sendo o ativo número 1 dentro das empresas. Sendo assim, deve-se aumentar a eficiência, permitindo que colaboradores se concentrem em estratégias futuras;
  • O CFO do futuro deve ser um parceiro de negócios centrado na estratégia e execução, além de manter a curiosidade constante para aprender e desaprender conforme necessário;
  • Realidade em diversos setores, incluindo da saúde, a presença da IA no dia a dia das gestões pode aumentar a produtividade em mais de 50% e economizar mais de 900 horas mensais de trabalho;
  • A personalização de recomendações de investimento por IA age como um grande impulsionador dos processos no Mercado Bitcoin;
  • A tecnologia e o crédito são pilares fundamentais na nova revolução financeira brasileira, impulsionada pelo Banco Central e pela migração para o Open Finance;
  • Abordagens como a “LGPD first” são fundamentais para garantir conformidade regulatória e segurança de dados, oferecendo uma experiência fluida e transparente para o consumidor;
  • A transformação também é cultural e inclui a adaptação dos usuários às novas tecnologias;
  • No futuro, o conhecimento integrado entre finanças e tecnologia tornará as funções de CFO e CTO quase indistinguíveis.

Setor de TI demanda atenção

Em meio às discussões sobre as finanças corporativas e a transformação digital, um estudo mundial lançado pela Commvault, feito a partir de entrevistas com mais de 1,2 mil executivos de TI de seis mercados globais, revela que existe um hiato alarmante entre as expectativas de gerenciamento e a prontidão dos departamentos de TI das empresas. De acordo com o “Measuring IT’s Readiness for Digital Business”, profissionais de TI avaliam que, além de habilidades necessárias para a transição, é preciso que haja um trabalho de melhoria de tecnologia, o que inclui aumento de largura de banda e uma estratégia fundamentada em dados para promover a inovação. 

Vejamos mais informações relevantes extraídas do relatório da Commvault:

  • 40% das empresas ainda não possuem um plano formal e proativo para a transformação digital;
  • 60% dos entrevistados revelaram ter acesso a menos de metade dos dados de suas organizações;
  • 29% acreditam que suas empresas estão preparadas de certa forma para a transformação digital. Neste caso, 41% dos CEOs compartilham dessa visão. Segundo a Commvault, esse percentual é extremamente baixo;
  • Mais de um terço dos profissionais de TI avaliam que os executivos se sentiriam preocupados, ansiosos ou em pânico se soubessem mais sobre o departamento de TI;
  • Acelerar ainda mais a mudança para ambientes multi nuvem é visto como estratégia para prevenir e recuperar melhorias de ataques cibernéticos, cumprir os novos regulamentos de privacidade de dados e usar análises para gerar informações aprimoradas sobre o negócio;
  • Mais de 50% do pessoal de TI acredita que seus papeis irão mudar radicalmente e eles precisarão adquirir novas hard skills para se manterem relevantes;
  • Mais de dois terços dos entrevistados acreditam que suas organizações não estão preparadas para migrar dados para a nuvem, proteger esses dados ou reunir todos os dados da empresa.

Na corrida pela implementação, você está em qual posição? Vamos juntos pensar em estratégias com viés tecnológico para crescer e atender as demandas do mercado e dos consumidores. 
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