Com demanda cada vez mais crescente e diversificada, marketing de influência atrai investimentos, clientes e resultados
Se vamos falar sobre os impactos causados pelos influenciadores digitais nos padrões de consumo e, por consequência, nos negócios, faremos isso em números. Afinal, eles são impressionantes - tanto para o bem como para… o duvidoso. Inclusive, para começar este texto dando a dimensão do que este mercado representa para as marcas brasileiras vamos utilizar uma das frases mais ditas por eles nas redes sociais nos últimos tempos, a famosa #trend (tendência, para os leigos): se este conteúdo demorar para carregar, já sabem, é o peso da relevância que o marketing de influência exerce sobre ações de publicidade voltadas às pequenas, médias e grandes empresas com presença on-line.
Na prática, funciona mais ou menos assim: as pessoas influentes na internet, donas de perfis verificados - com aquele selo azul ao lado do nome - atuam como pontes para chegar ao público-alvo e atingi-lo. Com isso, geram reconhecimento, aumento das vendas e novos contatos e parcerias. Além disso, tem se mostrado uma maneira eficaz de humanizar as organizações, uma vez que estabelece vínculos que podem ser vistos e revistos no feed a ponto de fixar o DNA de um produto ou serviço na mente dos consumidores. Por outro lado, quanto maior a audiência, menor o domínio sobre o assunto. Partindo da premissa, muitos gestores buscam criadores que falem com menos gente, mas com propriedade, até porque costumam ser aqueles nos quais a comunidade de membros é muito ativa - a exemplo das páginas segmentadas com foco em minorias. Seja qual for a escolha, o potencial quase sempre se revela enorme.
Contudo, há quem diga que este vasto universo, formado por milhões de seguidores e uma capacidade aparentemente infinita de atrair curtidas, está em crise. Com a credibilidade em xeque, muitos influencers estão apelando para o rebrading diante da possibilidade de verem suas imagens (e fortunas) em risco. Entre fãs e haters, essas personas - ora chamadas de celebridades, ora de atores digitais - enriqueceram e ganharam fama “vendendo” estilos de vida supostamente autênticos nas plataformas mais utilizadas, sendo elas Instagram, Facebook e TikTok. Um verdadeiro fenômeno de proporções estrondosas com cifras astronômicas nas contas bancárias apenas por meio do engajamento.
Porém, em meio a campanhas sérias e estrategicamente elaboradas, foram tantas postagens com pets fofos, looks do dia clicados “espontaneamente”, promessas de simplicidade proferidas das varandas de coberturas de luxo e os famigerados “textões” a respeito de tudo e qualquer coisa que, naturalmente, o público começou a desconfiar. Sem falar nos escândalos envolvendo aspectos pessoais da rotina que, ironicamente, os próprios compartilham em seus stories. Não por acaso, no underground da mina de ouro a categoria é frequentemente acusada de ser vazia e superficial, bem como de escancarar a frivolidade da era digital.
Bom, opiniões à parte, #vamosaosnúmeros.
De acordo com uma pesquisa da Statista e HootSuite sobre o poder dos influencers, o Brasil é o primeiro país do ranking mundial em que esses profissionais são mais relevantes para a decisão de compra. A seguir, confira uma prova do tamanho deste mercado responsável por ativar o modo MKT de influência em empresas de diferentes segmentos.
A Penalty, companhia brasileira de artigos esportivos, passou a intensificar, a partir de 2022, suas parcerias com influencers que produzem conteúdos relacionados a esportes. Em 2023, a empresa trabalhou junto a oito nomes: Adonias Freestyle, O Boleiro, Abner “Abracadibre”, Rabisco, Matheus Tcheco, Aninha Freestyle, Giu Croce e Rodrigo Capita.
Com essa estratégia, a companhia teve um aumento de 71,5% na quantidade de contas que a seguem, 616% no alcance e 521% no engajamento do seu perfil no Instagram. No TikTok, os dados são ainda melhores: acréscimo de 538% nos seguidores e 2283% no número de curtidas. Ao somar os posts feitos em conjunto e os conteúdos em que os influencers usaram produtos da marca, levando em conta as duas redes sociais, foi alcançada a marca de 730 milhões de visualizações.
Como sua gestão tem encarado este tema, tão contemporâneo quanto desafiador? É nítido que até empresas tradicionais - a Penalty foi fundada em 1970 - tem se reinventado para se manterem no hype, como dizem as novas gerações. Por essas e outras, aqui no blog analisamos o mercado, as tendências e as novas estratégias sempre pensando em levar informações atuais para nossos leitores.
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