Coragem é pré-requisito para crescimento na carreira executiva

04/11/2022
Coragem é pré-requisito para crescimento na carreira executiva | JValério

A gestão de negócios exige mudanças e pós-graduação contribui com o desenvolvimento pessoal para preparar lideranças para o jogo

“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Esse trecho foi extraído da obra “Grande Sertão Veredas”, um dos clássicos da literatura brasileira escrito por Guimarães Rosa, e cabe como uma luva para nossa vida profissional.

Há sempre riscos em empreender na carreira: o medo do fracasso, da demissão, da rejeição das nossas ideias e da falta de identificação do nosso propósito pessoal em relação às propostas do empregador. No entanto, mesmo diante dos perigos, é necessário se movimentar. O conforto da inércia pode custar caro. Principalmente num cenário de instabilidade, ficar parado pode ser sua pior escolha.

E é neste contexto que a coragem se torna indispensável para a evolução. No dicionário Michaelis ela é definida como “atributo de quem tem determinação para realizar atividades que exigem firmeza”. E, de fato, é a coragem que impulsiona a mudança em todos os níveis gerenciais: desde uma transição de carreira, encarar o desafio de se formar um bom líder ou trazer as práticas da ESG para planejamento estratégico das organizações no próximo ano. E é dela que depende o crescimento das pessoas e das empresas.

Confiança é a irmã da coragem

E se a coragem é fundamental, a confiança também é. Para agir, as pessoas precisam confiar na firmeza do solo em que elas estão pisando. E é neste sentido que as lideranças são responsáveis pelo grau de coragem dos seus liderados. É só quem exercita a escuta ativa e acolhedora, por exemplo, oferece ao colaborador a segurança de que seu comandante entenderá que a tentativa pode se transformar em erro e está tudo bem. Muitas vezes, os acertos dependem de experimentos e só os corajosos estão dispostos a fazer testes sem garantias.

Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento, ressalta o papel das lideranças e do Recursos Humanos, que são as molas propulsoras do desenvolvimento das pessoas. Afinal, a transformação digital, por exemplo, que já está em curso nas organizações, depende da curadoria dos humanos para ser viabilizada. “Mesmo em tempos de automatização, da Inteligência Artificial e das Learning Machines, o que importa para as corporações são as competências e habilidades do colaborador, que é quem escolhe e implementa as tecnologias. Daí a importância de motivar a equipe, desenvolver a empatia, a escuta ativa e expor as vulnerabilidades na mesa de reuniões”, aponta.

Todo esse comportamento diz muito sobre o nível de coragem nas organizações. O ânimo e a valentia são uma combinação de autodisciplina, esforço, persistência e vontade, que devem ser incentivados por meio da cultura organizacional. “Para empoderar os liderados, é necessário trabalhar suas vulnerabilidades e aflorar o espírito da coragem, para que usem sua singularidade para fazer a diferença no ambiente corporativo”, afirma Oliveira.

Os sabotadores da coragem

As empresas tradicionais e que são mais rígidas em relação à hierarquia precisam rever seus conceitos. Em locais onde as palavras da chefia funcionam como leis não há segurança e, consequentemente coragem, para propor mudanças. Esse é o primeiro fator de sabotagem do encorajamento.

O segundo é a busca desenfreada por resultados a curto prazo em prevalência às ações estratégicas e tomadas de decisões que asseguram a relevância das organizações a longo prazo.

O terceiro é a ausência de objetivos e metas claras, além da falta de métricas para acompanhar o andamento dos projetos de impacto positivo, como aquelas que fazem parte da agenda ESG, como demonstra pesquisa global da consultoria Accenture com empresas cuja receita anual é maior do que US $1 bilhão. Essas empresas apresentam dificuldade de avaliar e gerenciar o desempenho das práticas de sustentabilidade. A pesquisa apontou que a maioria dos executivos (78%) está procurando compreender os riscos da ESG em seus negócios. Contudo, apenas 47% atribuíram métricas e fontes de dados para seus relatórios. E a falta de objetivos claros pode ser um empecilho para estimular a coragem inteligente.

Novos rumos

Sair do emprego ou migrar para uma nova carreira estão entre as atitudes mais corajosas na vida profissional. E um levantamento do LinkedIn feito em dezembro de 2021 mostrou que 49% dos brasileiros consideravam mudar de emprego naquele ano. Entre os profissionais jovens, a porcentagem chegou a 61%. Os dois principais motivos citados pelos entrevistados foram a busca por melhores salários e o desejo de mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Os dados refletem que a vontade de mudar existe, sobretudo num momento atípico da história, quando uma pandemia estimulou valores e comportamentos e redefiniu o significado do sucesso.

E para quem quer seguir novos rumos uma dica é criar uma lista de desejos antes de ingressar em uma nova empreitada. Flexibilidade, salário maior, aprendizado e plano de carreira são alguns elementos que podem ser acrescentados à lista. Ter clareza em relação aos objetivos que deseja alcançar evitam que as mudanças sejam precipitadas ou erradas. Dimensionar os riscos é uma forma de evitar frustrações no futuro.

Formação continuada

Profissionais que investem em formação continuada têm mais chances de se dar melhor quando surgem melhores oportunidades no mercado de trabalho. E em um tempo de instabilidade econômica não são apenas as empresas que devem se reinventar para se manterem competitivas. Os gestores também precisam se desenvolver para encarar as mudanças: afinal, são eles que estão à frente da tomada de decisões e a performance das organizações depende da capacidade das lideranças.

Por isso, não basta ter uma coleção de diplomas na mão: os documentos podem impressionar os recrutadores à primeira vista. Mas apenas aqueles cérebros que trouxerem resultados concretos para a empresa irão alcançar as tão sonhadas promoções. Por isso, quem busca o crescimento profissional deve optar por um curso de pós-graduação alinhado a seus objetivos.

A Pós-Graduação em Gestão de Negócios, da Fundação Dom Cabral (FDC) e da JValério, explora as principais tendências da gestão no mercado executivo ao mesmo tempo que desenvolve profissionais preparados para enfrentar os desafios atuais e antecipar os cenários futuros do ambiente de negócios.

A metodologia diferenciada da especialização em gestão de negócios também favorece o aprendizado e o aprimoramento dos alunos. Entre elas está o Business Design, uma metodologia elaborada para que o aluno se envolva com situações reais e apresentadas pelo mercado.

Ao contrário do que se constata em um TCC, por exemplo, no formato Business Design, o aluno terá condições de realizar ensaios, aplicar as habilidades transmitidas nas aulas e testar esses conhecimentos de maneira prática.

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