Conselheiro não é tudo igual, a começar pelo vínculo

31/10/2024
Conselheiro não é tudo igual, a começar pelo vínculo | JValério

Entenda as principais diferenças entre os membros internos, externos e independentes que podem compor o colegiado de empresas e organizações

  Tendo em vista o atual contexto corporativo, marcado por uma série de transformações e disrupções, os conselheiros estão se vendo obrigados a repensar seus papeis. Diante de tantos fatos responsáveis por mudar a forma como empresas e organizações encaram desafios e tomam decisões, o cargo estratégico anda visado à medida que o trabalho é observado de perto por todas as partes interessadas, de shareholders (acionistas) a stakeholders (colaboradores, fornecedores, clientes, comunidade, entre outros). Seja como for, os membros eleitos ou designados para compor o colegiado máximo estão sob a pressão por boas práticas de governança corporativa. Além disso, houve uma época na qual os conselheiros administrativos eram, em sua maioria, executivos sêniores que já haviam dado por encerradas suas trajetórias no alto escalão das companhias. Entre eles, inclusive, havia um ponto em comum, por vezes reconhecido pelos cabelos brancos: o vasto caminho profissional percorrido até alcançar a posição. Embora continuem ocupando a cadeira, hoje em dia, o posto abriu espaço para uma geração de especialistas cada vez mais jovens - CEOs e gestores na casa dos 40 anos. Independentemente da fase da carreira, tornar-se um conselheiro está nos seus planos? Então o conteúdo abaixo foi feito para você.

Novos tempos, mais responsabilidades aos conselheiros

Frente ao cenário, as funções dos conselheiros vem crescendo drasticamente para acompanhar as mudanças que têm impactado o mercado, tais como as tendências tecnológicas e as questões econômicas, ambientais e sociais - a exemplo de pautas como a da diversidade e inclusão, a fim de que transcendam o mero discurso institucional e tornem-se imperativas. Isso sem falar nos imprevistos que devem gerar respostas em tempo real - como foi a pandemia da covid-19 e as crises que perduram, tal como os conflitos bélicos e a volatilidade econômica. Embora as demandas possam ser profundas, é fundamental que o alto nível de confiança entre chairs e diretores se mantenha para que ambos possam encarar as novas dinâmicas presentes nos ambientes de negócios. Aliás, é justamente para guiar toda essa complexa dinâmica que a posição possui aspectos legais a serem seguidos, a começar pelos diferentes tipos de conselheiros e as respectivas relações mantidas com as organizações. Pensando nisso, no post de hoje você vai saber quais são as atribuições dos membros internos, externos e independentes.

Tipos de conselheiros: internos, externos e independentes

Apesar de facultativo em grande parte dos empreendimentos, o conselho de administração é um dos atributos da governança corporativa por trazer transparência e isonomia nas tomadas de decisões. Por meio do órgão, ocorre a descentralização das sentenças por parte dos CEOs, diretoria e presidência e as resoluções passam a ser de responsabilidade coletiva. Por todas essas razões, a criação de um conselho é uma forma de aprimorar os processos de gestão. Diante disso, há três tipos de conselheiros: os internos, os externos e os independentes. Enquanto os internos possuem alguma ligação com a sociedade - são sócios, acionistas, diretores ou colaboradores -, os externos e independentes atuam, digamos, “por fora”, e são tidos como uma espécie de “consultores” que prestam serviços.

Conselheiros internos

São diretores ou executivos da própria empresa, que têm algum vínculo empregatício com a organização. Eles já têm profundo conhecimento das operações, cultura, desafios e podem contribuir com o direcionamento estratégico proposto em planejamento.

Conselheiros externos

São pessoas que não fazem parte da administração interna da empresa, sem vínculo empregatício, mas que têm algum tipo de conexão ou envolvimento com a organização. Podem ser ex-executivos, consultores, advogados e até mesmo algum membro da família. São escolhidos por sua experiência e conhecimentos específicos.

Conselheiros independentes

Por fim, os conselheiros independentes são, como o próprio nome diz,  indivíduos que não têm qualquer laço ou conflito de interesse com a empresa além da sua função como membro do conselho ou dos comitês. Não têm vínculo empregatício, não são consultores externos e nem acionistas. Em empresas de capital aberto, há obrigatoriedade de 20% de conselheiros independentes, o que é fundamental para garantir que as decisões tomadas por todo o conselho sejam imparciais. São os chamados Big Shots, os “figurões”: ex-políticos, CEOs de outras companhias, etc.  Eles não dependem da remuneração da empresa, o que é essencial para que não sejam criados vieses. Suas ações precisam proteger os acionistas e visar o melhor da organização - e não seu enriquecimento pessoal. Agora, atenção: os meses de novembro e dezembro serão determinantes a quem deseja integrar um conselho ou aperfeiçoar a atuação com foco nas melhores práticas. Isso porque a JV Gestão e Desenvolvimento dará start em mais uma turma do Programa de Desenvolvimento de Conselheiros (PDC). A mesma metodologia que já ajudou dezenas de profissionais a alcançarem o topo, agora está disponível novamente. Garanta seu lugar!
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