Muitas empresas estão enfrentando os desafios da crise econômica causada pelo novo Coronavírus. Com o isolamento social, muitos negócios estão se reinventando e buscando novas formas de operar no mundo online. A gestão de negócios na era digital foi assunto da última edição virtual do Fórum Empresarial da JValério FDC, que contou com a participação do consultor Flávio Nusbaum, conselheiro de administração e professor associado à Fundação Dom Cabral há oito anos. Nusbaum falou sobre a importância da experiência do cliente com a empresa e deu dicas para gerar novos negócios.
Muitas pessoas confundem o custo de um produto com o valor. O custo é baseado apenas na questão monetária e o valor envolve sensações. Muito além de pensar quanto será cobrado por um serviço, é fundamental que as empresas pensem na experiência que querem oferecer ao usuário. “Precisamos, mais do que nunca, fugir da ideia de preço e começar a atribuir valor e experiência positiva aos produtos vendidos”, aconselha Flávio Nusbaum.
O professor alerta que é preciso analisar oito pontos, divididos entre benefícios e custos, para entender se a empresa está realmente levando valor ao seu consumidor:
Flávio Nusbaum explica que, para que os clientes enxerguem o valor do produto e não apenas o preço, é preciso se questionar sobre quais são os diferenciais competitivos da empresa. Para isso, é preciso entender o perfil do cliente e investigar quais sãos as suas dores, criar soluções que realmente vão ajudá-lo, desenvolver diferenciais baseados na demanda e, finalmente, iniciar o processo de vendas.
O professor conta que o cliente deve ser o centro das atividades da empresa e não o contrário. "Isso parece óbvio, mas muitas empresas criam um produto e se esforçam para vender esse serviço para o cliente. Mas a proposta deve ser o contrário. Um produto deve se criado de acordo com as demandas do cliente”, afirma. A partir da observação do público-alvo, suas características, dores e as experiências que deseja obter com o produto, é possível desenvolver e realmente entregar um produto de valor.
Se as empresas precisam ter o cliente no centro de seus esforços, o processo de negociação e vendas também deve levá-lo em consideração. Ter em mente o funil de vendas é fundamental para planejar e estruturar um processo de vendas bem sucedido. O funil de vendas refere-se à jornada de compra do cliente e é composta por cinco etapas: consciência (quando a pessoa toma consciência de que precisa de um produto ou serviço), consideração (quando ela considera quais as alternativas existem no mercado para atendê-la), compra, retenção (fidelização à marca) e referenciação (quando ela se torna uma embaixadora da marca, compartilhando conteúdos e fazendo indicações).
O processo de venda deve ser pensado em três etapas: informação, benefícios e obtenção de compromisso. Na primeira etapa, o vendedor deve levantar informações sobre as dores e demandas do cliente; a segunda etapa é caracterizada pela apresentação de soluções para os problemas do cliente; e a última etapa é o fechamento do negócio. Flávio conta que, geralmente, os vendedores são mais relapsos à primeira parte e acabam deixando-a de lado no processo de venda, por ser mais a mais difícil. “Essa parte é essencial, já que é ali que as pessoas dizem o que estão procurando e o que querem resolver. Se o vendedor pula essa etapa, não consegue identificar as demandas do cliente e, provavelmente, perderá a venda”, afirma.
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