Como adotar o OKR em médias e grandes empresas?

21/01/2022
Como adotar o OKR em médias e grandes empresas? | JValério

Metodologia norteia o planejamento estratégico e facilita a gestão de resultados; todos os setores são envolvidos nas ações para alcançar os objetivos gerais do negócio

A metodologia dos OKRs (Objectives & Key Results) foi concebida por Andy Grove, ex-CEO da Intel, na década de 1970. A implementação da abordagem na empresa americana trouxe um salto na mensuração de resultados e se espalhou rapidamente em outras organizações como Google, Microsoft, Amazon, American Global Logistic, LG e GoPro, por exemplo.

Os OKRs facilitam a uma busca contínua de objetivos estratégicos comuns e envolvem tanto os executivos do alto escalão quanto os colaboradores do chão de fábrica. E é tão dinâmica que pode ser aplicada em qualquer negócio, independente do porte. Pequenas, médias e grandes empresas, além de profissionais liberais, podem recorrer à metodologia para envolver toda a equipe e mantê-la alinhada às metas do negócio. A intenção é que todos concentrem os esforços na mesma direção e sigam à risca o que foi definido no planejamento estratégico.

Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento, explica que os OKRs contribuem para que as empresas cresçam de forma organizada e sustentável. “É uma metodologia flexível. Em poucos passos, gestores e colaboradores acompanham as ações estratégicas estabelecidas no planejamento e conseguem verificar as métricas. Trata-se de uma ferramenta essencial para avaliar os resultados e corrigir rotas com rapidez, fator importante no cenário em que vivemos, de mudanças contínuas”, diz.

Como aplicar os OKRs

Numa definição simples, os OKRS são Objetivos e Resultados-chave. O Objetivo é aquilo (O QUE) deve ser alcançado. Já os Resultados-chave correspondem ao monitoramento sobre COMO chegamos aos objetivos. Para cada objetivo, devemos definir de 3 a 5 Resultados-chave. Vale dizer que são bem específicos e limitados em um espaço de tempo (geralmente trimestrais), além de serem realistas, mensuráveis e verificáveis.

Interação entre as diversas áreas

Para que uma emprese alcance todos os seus objetivos gerais, cada setor precisa fazer sua parte. Na metodologia dos OKRs, todos os departamentos irão criar objetivos táticos, respeitando suas especificidades, para obter os melhores resultados sempre com foco nos objetivos gerais da organização.

Vale dizer que cada setor irá desenvolver suas ações e aprová-las juntos aos gestores superiores antes de colocá-las em ação.

Desdobramento

Após a elaboração dos Objetivos e Resultados-chave, eles devem ser repassados para as equipes. Após a implementação, as próximas etapas são: monitoramento dos indicadores de desempenho, coleta de feedbacks e análise de resultados.

Apoio

A Fundação Dom Cabral (FDC) e a JValério Gestão e Desenvolvimento podem ajudar as empresas a colocarem os OKRs em prática, por meio do PAEX – Parceiros para a Excelência. O programa é voltado para empresas de médio porte e que desejam adotar um modelo robusto de gestão e formar gestores de alta performance. O objetivo é elevar os resultados a curto, médio e longos prazos e alavancar o crescimento sustentável das organizações.

A metodologia dos OKRs faz parte do cronograma do PAEX justamente porque permite resultados rápidos atrelados à estratégia e operação do negócio. Para este último pilar, o programa adota o Radar de Impacto, um observatório dinâmico dos aspectos que impactam a companhia e que estabelece os gatilhos para a definição e eventuais correções dos rumos no planejamento estratégico.

Marcelo Melgaço, professor da FDC e que atua junto às empresas no PAEX na implementação dos OKRs, explica que a metodologia é ágil e adaptável à realidade de todos os empreendimentos. “É especialmente útil para empresas que precisam buscar objetivos e metas estratégicas com rapidez. Sua aplicação cresceu muito com a pandemia, visto que, em razão do aumento da velocidade das mudanças – que já não era pequena – as organizações se viram obrigadas a adaptar-se rapidamente a um mundo novo, com níveis de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade que não se viam desde a Segunda Guerra Mundial”, afirma.

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