No post de hoje falamos sobre os principais Comitês que devem fazer parte da estrutura da Governança Corporativa com foco no crescimento sustentável e longevidade dos negócios
O Conselho de Administração faz parte da estrutura da Governança Corporativa. O órgão, inclusive, pode ser compreendido como um guardião das boas práticas de governança: a transparência, a equidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa. E o Conselho existe para que todos esses pilares sejam respeitados.
E dentro dessa estrutura estão os Comitês de Governança Corporativa, que assessoram os Conselheiros para que eles possam avaliar melhor as questões que dizem respeito a seu escopo. Atuam como um braço direito do Conselho e trazem mais confiança na hora da tomada de decisões justamente porque oferecem conteúdo consistente para norteá-las.
Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento, explica que cada Comitê é formado por profissionais especialistas em áreas específicas, o que garante a profundidade e a veracidade das informações levantadas por eles. “Apesar de não baterem o martelo nas deliberações, os Comitês apoiam o Conselho de Administração na articulação e no direcionamento dos temas estratégicos da organização”, diz.
Alguns Comitês são essenciais para que a atuação do Conselho seja eficiente e eficaz. São eles:
A transparência na relação da empresa com seu público interno e externo é uma questão de sobrevivência para as empresas num momento em que os consumidores estão mais exigentes. O Comitê de Auditoria é responsável pela supervisão dos controles internos e pela gestão de riscos. É uma ferramenta de compliance e garante que a organização atue em conformidade com as exigências da auditoria.
É o balizador do apetite ao risco das organizações. Os profissionais que atuam no Comitê de Riscos identificam questões regulatórias, legais, financeiras, operacionais, ambientais, de reputação, de tecnologia, de segurança da informação, estratégicas, entre outras, que fazem parte do dia a dia da organização.
Outra função do Comitê de Riscos é a revisão permanente das ferramentas de controle/mitigação do risco. Em suma, o foco do trabalho é garantir que haja um monitoramento contínuo de riscos em todas as esferas da empresa.
Vale dizer que o cenário de um mundo de volta a Guerra Fria chama a atenção para mais um tipo de risco: a crise na cadeia produtiva. A busca por novos fornecedores tornou-se uma urgência para que não faltem suprimentos e matérias-primas que possam paralisar a produção e deixar clientes na mão.
Esse Comitê teve sua importância elevada ao quadrado com a pandemia do Coronavírus, que colocou o bem-estar e a saúde do público interno no topo das discussões do Conselho.
O Comitê de pessoas é aquele que fornece subsídios para o Conselho de Administração tomar decisões sobre estratégia, normas e políticas de Recursos Humanos. Outra preocupação é dar suporte para o desenvolvimento da cultura organizacional e criar políticas de recrutamento, atração e retenção de talentos.
Os relatórios financeiros como política de dividendos, análise de riscos financeiros, empréstimos, refinanciamento de dívidas, entre outros, estão na pauta do Comitê de Finanças. Os profissionais que atuam nele fazem uma análise aprofundada da estrutura financeira da empresa. Eles também são responsáveis por propor ações corretivas e preventivas para que as metas estabelecidas no planejamento estratégico sejam cumpridas.
Esse Comitê também ganhou os holofotes nos encontros do Conselho de Administração com o advento da ESG.
A sigla em inglês que remete às palavras meio ambiente, social e governança e é uma tendência no universo da gestão corporativa.
Empresas sustentáveis agradam consumidores e investidores. E esse Comitê trabalha justamente para supervisionar o desenvolvimento da visão, estratégia e políticas de responsabilidade social nas empresas.
A pandemia também acelerou a programação desse Comitê. A chamada “transformação digital” estava engatinhando quando o Coronavírus surgiu e mudou hábitos de consumo e a forma de se relacionar dentro e fora dos muros da organização.
Neste Comitê o foco é manter a empresa atualizada no que diz respeito às tendências comerciais e tecnológicas. Também contribui para a criação de estratégias com foco no crescimento sustentável e na longevidade das organizações.
Mais um Comitê que ganhou destaque nas empresas familiares durante a pandemia. O afastamento e a morte precoce e quase súbita de muitas lideranças em razão do Coronavírus acendeu o alerta sobre a importância de implementar, o quanto antes, um planejamento sucessório.
A atuação desse Comitê garante que a passagem do bastão ocorra de maneira fluída e que o legado dos fundadores seja mantido pelos herdeiros no futuro.
Para apoiar empresários, executivos e lideranças a exercerem o papel de Conselheiros, a JValério e a Fundação Dom Cabral oferecem o Programa de Desenvolvimento de Conselheiros, conhecido como PDC.
A solução prepara Conselheiros de Administração para a função e promove a compreensão sobre as responsabilidades do cargo e a importância da formação de Comitês para assessorá-los.
O programa proporciona também a reflexão profunda e desenvolvimento de uma base sólida de fundamentos, sem perder a articulação com a aplicação prática. A metodologia utilizada será a do Board Case: simulação prática e instigante das etapas de preparação e execução de uma reunião do Conselho de Administração. O Programa visa atender quatro grandes grupos que buscam a certificação de conselheiro: