Administração profissional em empresa familiar já é uma tendência
09/11/2016
A administração realizada de maneira profissional é um fato cada vez mais presente nas empresas familiares em todo o mundo, e essa tendência já chegou em muitas empresas brasileiras. Contar com uma administração nestes moldes traz benefícios, pois cria valores e fornece credibilidade perante o mercado.
Eduardo Valério, diretor-presidente da JValério, especializada em empresas familiares, explica que a profissionalização começa pelo entendimento dos membros da família sobre os seus diversos papéis - como familiar, de sócio e também de gestor:
"Este entendimento torna se pacificado através da presença em programas para o desenvolvimento da família empresária. Além deste perfeito entendimento dos papéis, os familiares frequentam cada vez mais os treinamentos específicos sobre gestão visando melhorar a performance como gestor. As empresas familiares do nosso país avançam na direção do profissionalismo em escala. É notório o avanço nesta direção."
Além destes aspectos, Eduardo destaca também que há o ingresso na empresa familiar de executivos de mercado com as competências necessárias ao desempenho da sua função. O processo chamado de profissionalização contempla duas dimensões essenciais:
- A dimensão dos familiares entendendo seus papéis e capacitando se para exercê-los
- A dimensão da gestão mista englobando executivos de mercado e membros da família.
O diretor-presidente, entende que não existe restrição alguma para acionistas participarem do conselho de administração, porém reforça que este é o órgão mais importante do sistema de Governança Corporativa: "O conselho não é lugar para amadores e muito menos para 'experimentos'." alerta o especialista.
Conselheiros externos precisam ser escolhidos com critérios
É um equívoco pensar que esse conselho só tem valor real quando há um volume considerável de conselheiros independentes, pois o diferencial está na qualidade de quem assume: "para assegurar a real performance do conselho é necessária a avaliação de desempenho periódica deste órgão e dos seus membros, sejam eles independentes ou não, o que importa é a qualidade do trabalho e as competências individuais." conclui Eduardo.
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