Pesquisas apontam que percepção de valor nos negócios vai além dos indicadores financeiros; 46% das pequenas empresas reconhecem aspecto social como quesito principal, de acordo com levantamento da FecomercioSP
As empresas brasileiras estão aumentando o interesse em investir em práticas de governança corporativa chamadas de ESG. A tradução da sigla, em inglês, diz respeito ao Meio Ambiente e à sustentabilidade (Environmental), políticas sociais (Social) e Governança (Governance). Olhar para esses novos pilares da gestão empresarial é uma forma de melhorar a reputação de uma marca junto aos clientes e investidores.
Antonio Batista, presidente da FDC, destaca que a ESG deve fazer parte do planejamento estratégico nas pequenas e médias empresas que almejam criar um diferencial competitivo. No século 20 a gestão era centralizada no resultado. Já no século 21 é a hora e a vez da governança e da necessidade de integração entre performance e progresso: performance para a empresa e progresso para a sociedade.
“Os consumidores modernos se conectam a marcas sustentáveis, socialmente responsáveis e não toleram mais injustiças. E a nova mentalidade mudou a regra do jogo no mundo dos negócios. As empresas que querem manter sua reputação em dia e alcançar um lugar de destaque não são mais aquelas que se comportam como agentes econômicos, com foco no lucro. Para ganharem o coração e o dinheiro dos clientes precisam ser agentes de bem-estar social”, explica Batista.
Firmar compromissos morais é um dos atributos da liderança na contemporaneidade e a ESG é a melhor expressão do novo comportamento exigido dos gestores. “Inúmeras empresas brasileiras já praticam a ESG como a Natura. O líder precisa ser capaz de focalizar transformações, aproveitar a força do cargo, a sua posição na empresa, que é uma reserva de competências que temos na sociedade. Neste contexto, o líder está, cada vez mais, ocupando um papel de ativista e fazendo um advocacy em prol da sociedade. A ONU (Organização das Nações Unidas) listou 17 principais problemas da sociedade, e as empresas vêm sendo chamadas para ajudar a resolver questões como o não acesso à água potável, o lixo, a inclusão na educação e problemas de imigração. As organizações não têm apenas que satisfazer as necessidades de seus clientes, mas de toda a sociedade”, afirma o presidente da FDC.
A avaliação da FecomercioSP evidencia que a preocupação com o social é reflexo da pandemia. Houve um esforço dos gestores para não demitir colaboradores, além de medidas de contingência para proteger a saúde da equipe dos clientes.
Os dados da pesquisa demonstram que a preocupação com o social aparece em ações em relação aos funcionários, aos clientes, à vizinhança e demais stakeholders. No que diz respeito à qualidade de vida dos funcionários, 60% disseram que o impacto causado pela empresa é positivo. Sobre a qualidade de vida dos clientes, 67% responderam que impactaram de forma positiva. E, sobre a vizinhança, 43% também consideram ter impacto positivo.
No que tange às práticas adotadas para o bem-estar social, apesar de 53% terem informado não ter nenhuma ação, entre os que adotam, 21% afirmaram fazer contribuições financeiras (exceto para causas políticas). Outros 21% responderam que firmaram parcerias com organizações beneficentes ou participação em organizações comunitárias. Além disso, 11% relataram como prática no quesito “S” os investimentos na comunidade.
E como está a implementação da ESG em empresas de pequeno e médio portes? Uma pesquisa do Comitê ESG da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta para a dificuldade dos comerciantes em traçar estratégias em prática social, ambiental e de governança. Contudo, eles reconhecem a importância da adoção da sigla, especialmente em relação ao aspecto Social: 46% dos pequenos e médios comerciantes acredita que esse é o quesito mais relevante para seu negócio, quando o assunto é a ESG.
Além disso, quase ¼ dos entrevistados acredita que a falta de conhecimento nas práticas possíveis e a necessidade de incentivos governamentais são as principais barreiras para a aplicação da sigla na rotina a empresa. Para os respondentes, além do social em primeiro lugar, os aspectos ambientais e de governança são importantes para 27%.
O estudo do FecomercioSP ouviu 100 empresas do comércio na capital paulista (90 com menos de 10 empregados e 10 com mais de 50).
A avaliação da FecomercioSP evidencia que a preocupação com o social é reflexo da pandemia. Houve um esforço dos gestores para não demitir colaboradores, além de medidas de contingência para proteger a saúde da equipe dos clientes.
Os dados da pesquisa demonstram que a preocupação com o social aparece em ações em relação aos funcionários, aos clientes, à vizinhança e demais stakeholders. No que diz respeito à qualidade de vida dos funcionários, 60% disseram que o impacto causado pela empresa é positivo. Sobre a qualidade de vida dos clientes, 67% responderam que impactaram de forma positiva. E, sobre a vizinhança, 43% também consideram ter impacto positivo.
No que tange às práticas adotadas para o bem-estar social, apesar de 53% terem informado não ter nenhuma ação, entre os que adotam, 21% afirmaram fazer contribuições financeiras (exceto para causas políticas). Outros 21% responderam que firmaram parcerias com organizações beneficentes ou participação em organizações comunitárias. Além disso, 11% relataram como prática no quesito “S” os investimentos na comunidade.
Colocar a ESG em prática não é algo trivial, mas com o suporte da FDC e da JValério Gestão e Desenvolvimento as empresas podem inserir ações sociais, ambientais e sustentáveis e de governança da agenda de prioridades da gestão.
O PAN - Programa de Aceleração de Negócios auxilia os empreendedores de pequeno porte a crescer com sustentabilidade e tornar a gestão mais robusta à medida que os cenários se transformam. Quando as mudanças são abruptas, os gestores precisam lapidar seus conhecimentos para serem assertivos na tomada de decisões.
Estar na linha de frente de comando de um negócio exige aprimoramento constante para driblar obstáculos e saber como agir em tempos de crise. O gestor precisa entender que assumir suas vulnerabilidades não é uma atitude de fraqueza, mas de coragem: esse é o primeiro passo na jornada da transformação, proposta pelo PAN.