Em meio a tantos desafios, a crise também pode abrir caminho para novas práticas e aprendizados
Afetado significativamente pela pandemia de Covid-19, o varejo brasileiro deve sofrer retração de 5,7% no volume de vendas em 2020, segundo previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da redução e dos desafios que ela impõe aos profissionais do setor, é possível enxergar oportunidades de desenvolvimento e crescimento. Para falar sobre o assunto, o último Encontros de Gestão da JValério FDC contou com a presença de Leonardo Araújo, palestrante e professor associado da Fundação Dom Cabral há 17 anos. Como economista e mestre em Administração pela PUC MG, Araújo atua em programas de treinamento e desenvolvimento para altos executivos, com ênfase nos temas de orientação e proatividade de mercado, estratégia de marketing, empresas centradas no cliente e gestão da inovação. O encontro também contou com a presença de Abílio Neto, CEO do grupo Carajás Home Center.
Leonardo Araújo explica que existem duas etapas típicas de toda crise: a de travessia do fogo, o momento em que a crise se instala e o negócio precisa enfrentar toda a turbulência daquele período, e o das novas oportunidades. No primeiro momento, as empresas adotam ações reativas para se adaptar e sobreviver ao período desafiador. Essa reação, por outro lado, tira o negócio da zona de conforto, abrindo caminho para novas oportunidades. Esse é o ponto de partida para o pós-crise, um momento de novos rumos, novas parcerias e conexões. "Tomando como exemplo a crise atual, que já dura seis meses, é preciso que as empresas tirem muitas lições e aprendizados, que devem funcionar como combustível para novas práticas no mundo pós-pandemia”, explica.
Em pesquisas de mercado, Araújo identificou quatro tipos de ações - chamadas por ele de movimentos - adotadas por gestores empresariais para atravessar períodos de crise com bons resultados. Cada ação leva em conta a realidade do negócio na dimensão interna, que caracteriza o caixa, o trabalho dos colaboradores, a estrutura e os processos da empresa, e a dimensão externa, que reflete atividades ligadas ao marketing, à participação do empreendimento no mercado, ao relacionamento com o cliente e à imagem da marca diante do público e dos concorrentes. É importante que a gestão tenha em mente essas duas dimensões para entender quais são os pontos críticos e onde precisa dar mais atenção.
"Em um período de crise, não existe um movimento mais certo ou mais errado. Existe um movimento mais adequado para cada empresa, levando em consideração o perfil e o estágio de cada negócio", explica Araújo, que elenca os quatro tipos de ações/movimentos:
Segundo Araújo, existem cinco tendências que são determinantes para empresas atravessarem a crise e garantirem sucesso nos negócios. Confira:
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