28 de outubro de 2014
A Fundação Dom Cabral, lançou nesta segunda-feira, dia 27, a primeira edição da série de estudos The CEOs Vision. Na avaliação, foi constatado que líderes de grandes empresas consideram ruim o desempenho da economia brasileira nos últimos seis meses, com uma nota média de 1,97 em uma escala de 1 a 5; os das médias empresas deram nota 2,28. Quanto à expectativa para o desempenho da economia no 2º semestre de 2014, os CEOs estão mais otimistas, com notas 2,12 (grandes empresas) e 2,49 (médias).
A pesquisa visa avaliar, a cada semestre, as expectativas dos líderes empresariais brasileiros de grandes e médias empresas sobre o estado atual e futuro da economia e o impacto em suas estratégias de negócios. A análise consultou, via questionário, em agosto e setembro deste ano, 34 executivos de grandes empresas e 84 de médias empresas, totalizando 118 respondentes. A entidade tem o título de melhor escola de negócios da América Latina segundo o ranking de Educação Executiva 2014 do jornal Financial Times.
Em relação as expectativas para a economia e desempenho das empresas nos próximos seis meses, em uma projeção que varia de “muito pior” (nota 1) a “muito melhor” (ota 5), os respondentes indicaram que a economia no período acima citado deve ter uma performance um pouco melhor do que no 1º semestre. Nas grandes empresas, a média para o desempenho ficou em 2,12 (nota 5). Enquanto para as médias esse valor foi um pouco melhor, chegando a 2,49.
Os CEOs das grandes organizações acreditam que suas empresas devem atingir um padrão de desempenho mais baixo que no período anterior, com uma nota média de 2,82, o que indica uma menor capacidade de alavancagem empresarial.
A pesquisa mostra ainda que, para enfrentar o cenário econômico ruim do 1º semestre, grandes e médias empresas adotaram a mesma estratégia: promover a eficiência operacional com redução de custos. “As empresas buscaram maximizar resultados se voltando para dentro, ou seja, maximizando eficiência e reduzindo custos operacionais”, destaca Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral e responsável pela pesquisa.
Os líderes empresariais avaliaram os três fatores do ambiente externo que mais influenciaram no desempenho geral das empresas nos últimos seis meses. De uma lista com 17 itens, os executivos das grandes e médias empresas apontaram o ‘Crescimento da Economia’ como o principal desafio para a competitividade das organizações. Na sequência aparece o ‘Nível de competição no setor/indústria’. Em terceiro lugar, há uma divergência. As organizações de grande porte apontam as ‘Intervenções do Governo’ como fator de influência para o desempenho das empresas, enquanto as de médio porte são impactadas pelo ‘Cenário Político-Institucional’, provavelmente associado às eleições deste ano.
Segundo a Fundação Cabral, o questionário online foi enviado para cerca de 600 médias empresas e 150 grandes empresas. Deste total, 34 respondentes de grandes empresas completaram o questionário. Com relação às empresas de médio porte, foram obtidas 84 respostas.
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