O novo na empresa familiar: Oportunidade ou ameaça
25/10/2016
Quando há nova gestão em uma empresa familiar surgem muitas incógnitas envolvendo desde oportunidades de crescimento até ameaças para a saúde do negócio familiar. Se a transição não for realizada da maneira adequada a escolha deste novo gestor fatalmente será equivocada e pode representar um possível perigo para a gestão da companhia.
Eduardo Valério, diretor-presidente da JValério, especialista em empresas familiares, entende que na maioria das vezes é muito difícil programar uma transição, mas só o fato de pensar sobre ela pode ser considerada uma programação prévia:
"Para que nada aconteça de maneira inesperada dentro da empresa, é preciso o mínimo de planejamento, principalmente de quais são as principais competências deste gestor que é membro da família e como estas competências vão contribuir da melhor maneira dentro da organização."
Multitarefas
Muitos executivos estão sendo demandados para exercerem muitas funções, o chamado multitarefa, pois elas acabam beneficiando a empresa na medida em que colocam o profissional enfrentando vários desafios ao mesmo tempo. De uma maneira muito mais rápida, o sucessor ganha uma musculatura em vários aspectos da gestão.É importante identificar quais são as competências deste sucessor familiar e como se fará a aderência dentro do sistema de gestão da empresa.
Inovação mesclada com cultura empresarial
Um outro aspecto do processo sucessório é que todas as empresas precisam se reinventar e se oxigenar e a chegada de um gestor, com algumas características de competências e essas características atendendo as demandas da empresa, sempre vai trazer provocações e questionamentos sobre o status quo da empresa: "Faz-se necessário analisar qual é o real vácuo da empresa em cima das competências que este candidato ao cargo traz com ela e como vai ser agregada à empresa."
O ideal, segundo Valério, é que este executivo familiar não fique no mesmo setor que o familiar que estava anterior à ele na gestão. Essa medida serve para que a segunda geração não tenha nenhum constrangimento de fazer com que o feedback seja dado de maneira precisa, para que o familiar também se sinta à vontade para colocar seus pontos e ser cobrado como executivo da própria empresa desassociando ao máximo questões familiares no ambiente de trabalho.
O que achou sobre o conteúdo? Vamos conversar? Deixe um comentário.