Cinco passos para a boa saúde de uma empresa familiar

Elas geram empregos sustentáveis ​​e estão enraizadas na estrutura econômica do nosso país. São capazes de direcionar muitas vidas, ditar tendências de mercado e rodar a economia. Enfim, todos os ciclos econômicos - sejam eles negócios locais ou nacionais - dependem de certa maneira delas. Sim, estamos falando das empresas familiares. Eduardo Valério, diretor-presidente da JValério, especializada em empresas familiares, destaca que a importância da boa saúde das empresas familiares é fundamental para o sucesso de toda a cadeia econômica brasileira - e cuidar da estrutura da empresa familiar passa a ser sinônimo de cuidar também de todo o futuro do Brasil. Eduardo Valério separou cinco passos que fazem a diferença para que uma empresa familiar tenha sucesso.  

1. Compreender e assumir o status de uma empresa familiar

É preciso entender e assumir que eles estão gerindo um modelo de negócio com características particulares das empresas não-familiares. Ser membro de uma família e ao mesmo tempo gestor e sócio, requer habilidades que vão além das questões executivas. O familiar deve, primeiramente, entender que são papeis distintos (sócio, familiar e gestor) e a todo instante há a grande tendência de um prevalecer sobre o outro e comprometer a qualidade das decisões e das ações.  

2. Separar assuntos de casa dos de trabalho

Família, negócios e sociedade legal: cada setor com as suas características particulares, mas integradas para uma finalidade única. Não tem como escapar e é preciso definir claramente o que se espera da empresa, qual é a visão da família para com a empresa e como se veem nesta equação sendo que na empresa não há margem para erros.  

3. Manter um modelo organizacional consistente

Muitas empresas morrem antes do tempo pela falta de um modelo organizacional. Principalmente pela ausência do planejamento estratégico e clara definição dos papéis dos familiares na gestão - ou fora dela.  

4.  Atenção para o lado jurídico

Até mesmo para mudanças de gestão que envolvam níveis de conflitos com membros familiares. Todo o processo da governança corporativa da empresa familiar deve levar em consideração os aspectos jurídicos, tributários e patrimoniais e estes serem acompanhados por profissionais habilitados e com experiência nestes temas.  

5. Promover uma governação sempre eficiente

Separar claramente o papel de "dono" do papel do gestor. A analogia a qual utilizo é comparando a empresa familiar com uma aeronave. Como dono de um avião, o que o dono quer para a sua aeronave (empresa) e o que espera da tripulação (diretoria)? Num avião, piloto sem preparação, experiência e habilidade  vai por tudo a perder e na empresa idem. Diretores despreparados quebram uma empresa. A diferencia é que no avião a "morte" é rápida e na empresa, muitas vezes, leva anos. Foto: Unsplash Flicker