Capitalização simples ou composta: você sabe qual a diferença?

09/05/2024
Capitalização simples ou composta: você sabe qual a diferença? | JValério

No post de hoje, vamos de matemática financeira para compreender como são feitos os cálculos dos juros das operações mais comuns

Não chega a ser um juridiquês, linguagem repleta de jargões técnicos utilizada por advogados, mas o mercado financeiro não fica muito atrás em se tratando de termos específicos. Aliás, um deles é o regime de capitalização e suas variantes, que pode ser tanto simples quanto composta. Em suma, refere-se ao modo pelo qual se dará o crescimento ou progressão das aplicações financeiras de qualquer negócio. Nesse sentido, podem ser linear, baseado tão somente no capital inicial, ou exponencial, quando os valores são atualizados.

Conseguiu entender? Não adianta falar que é de humanas, pois todo empreendedor que se preze precisa dominar a gestão financeira. É isso ou nadar para morrer na praia. Pode até ser que você nunca tenha ouvido falar sobre o assunto, porém, certamente já escutou do gerente do banco a expressão “juros sobre juros”. Em linhas gerais, é basicamente sobre isso que estamos falando. Ah, e nada de espanto só de ouvir a palavra “juros”, pois ao contrário do que muita gente pensa eles podem ser um grande aliado na jornada rumo ao sucesso, basta saber lidar com os percentuais do jeito certo.

Vale lembrar que a capitalização simples costuma ser mais comum em países com inflação baixa. Uma vez que o poder de compra e a desvalorização do dinheiro são menores, o valor do montante aplicado tende a não ser tão afetado com o passar dos anos. Aqui no Brasil, a capitalização simples não costuma ser um bom negócio para o investidor em operações longas.

Quer entender melhor sobre os conceitos de capitalização simples e composta, bem como descobrir a maneira correta de calcular cada um deles? É o que iremos explicar logo a seguir.

Diferenças entre capitalização simples e composta

Toda vez que fazemos um investimento, realizamos um empréstimo ou financiamos um carro, por exemplo, são calculados juros sobre essas movimentações, a qual damos o nome de regime de capitalização. Se a capitalização são os juros que incidem sobre operações financeiras, então a principal diferença entre os dois tipos é uma só: a forma como os acréscimos são calculados. Dividida em simples e composta, a modalidade compreende três elementos fundamentais. São eles:

  1. Capital: o valor inicialmente aplicado = a quantia investida ou emprestada;
  2. Juros: remuneração cobrada pelo empréstimo = uma compensação paga pelo tempo que o credor ficará sem o dinheiro emprestado em mãos;
  3. Taxa de Juros: o valor estabelecido entre o credor e o devedor para calcular essa remuneração.

Em outras palavras, o valor dos juros compostos cresce conforme o tempo passa, enquanto o da taxa de juros simples segue sempre igual. Fizemos um breve resumo abaixo para simplificar a compreensão.

Capitalização simples

O que é: na capitalização simples, a taxa de juros é invariável e calculada apenas com base no primeiro depósito. A regra continua valendo mesmo se o dinheiro render e aumentar. Ou seja, não haverá reinvestimento.

Como calcular: basta multiplicar a quantia investida inicialmente pela taxa de juros e pelo período da aplicação.  A fórmula é a seguinte: J (juros) = VP (valor presente)  x I (taxa de juros) x N (período de tempo)

Exemplo: vamos supor que você tenha pego um empréstimo de R$ 1.000 com juros de 0,5% ao mês, e o pagamento será feito durante 24 meses. Ao colocarmos esses dados na fórmula, temos: J = 1000 x 0,005 x 24. Logo, o resultado é J = 120,00. Tendo esse valor, você irá pagar, apenas de juros pelo empréstimo, R$ 120. No total, o empréstimo de R$ 1.000 sai por R$ 1.120 no final de dois anos.

Vantagem: por causa da inflação, é mais vantajoso para quem vai fazer um empréstimo ou financiar. Também costuma ser usada no “hot money” (ou “dinheiro quente”), empréstimos de curtíssimo prazo, normalmente um dia útil, tomados por empresas que necessitam pagar despesas urgentes.

Capitalização composta

O que é: diferente da simples, nesse caso os rendimentos provém de taxas de juros que incidem sobre o capital inicial e sobre o rendimento acumulado. Como falamos anteriormente, o já conhecido “juros sobre juros”.

Como calcular: exige um pouco mais de atenção devido a variação exponencial da taxa de juros em função do prazo. A fórmula usada nessa modalidade é a seguinte: VF (valor futuro ou total) = VP (valor presente ou capital inicial) x 1+i (taxa) ^ n (prazo)

Exemplo: imagine que você emprestou R$ 2.500,00 com taxa de 3% ao mês, juros compostos e sem taxa mensal. A porcentagem incidirá sobre o que foi pago na parcela que antecedeu, juros sobre juros, lembra? Assim, no decorrer de seis meses, teremos a receber R$2.985,13. Sua compensação pelo empréstimo será de R$485,13 – portando R$35,13 a mais do que na mesma situação com capitalização simples.

Vantagem: herói e vilão ao mesmo tempo, os juros compostos podem ser o maior pesadelo de quem toma um empréstimo. Contudo, também podem ser o melhor amigo do investidor que deseja ver seu patrimônio render.

Diante do cenário, sabe qual é o detalhe mais importante de todos? Compreender e aperfeiçoar a capacidade de avaliação das performances econômica e financeira, a fim de contribuir para a melhoria do desempenho das atividades organizacionais. A boa notícia é que a JValério está prestes a abrir duas turmas do GEF, o programa de gestão econômico-financeira mais completo e atualizado do estado.

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