Elevar o quociente de adversidade exige autoconhecimento e configura um diferencial competitivo nas organizações
Será que quando o especialista em liderança, Paul Stoltz, criou o termo Quociente de Adversidade (QA) ele imaginou que o futuro seria tão desafiador como tem se apresentado? Afinal, o que diferencia seres humanos que conseguem transformar dificuldades em alavancas para grandes realizações dos que se abalam e acabam desistindo facilmente? Para responder a esta questão, Stoltz realizou mais de 100 mil entrevistas para tentar identificar o fator comum entre as pessoas bem-sucedidas. Como resultado, as classificou e criou o termo que caiu nas graças do universo corporativo.
É bem provável que, em 1997, quando seu best-seller “O Quociente de Adversidade: como transformar obstáculos em oportunidades” foi lançado, sequer imaginaríamos que uma pandemia global estaria a caminho cerca de 20 anos depois. Isso sem falar em outros eventos de proporções catastróficas que antecederam o coronavírus, como foram os ataques terroristas, a falência de instituições financeiras seculares, as guerras no Oriente Médio e tantos outros problemas que vem abalando as estruturas econômicas mundiais.
Década após década, o QA continua exercendo influência nestes e demais contextos da sociedade. Vamos aprofundar?
Não é de hoje que nossa capacidade de superação tem sido colocada à prova. Diante disso, não só o mercado precisou se reinventar, como todos que fazem parte dele. Sobretudo, os executivos que ocupam posições estratégicas. Por consequência, profissionais com níveis de QA alto têm sido um dos mais disputados pelas organizações. Aliás, conquistá-los e retê-los tem sido um diferencial competitivo de respeito.
Porém, diferentemente do que possa parecer, esses indivíduos não nasceram prontos, nem mesmo estão esperando sentados o “pior” acontecer para colocarem em prática suas potencialidades. Pelo contrário, eles se diferem da maioria justamente por estarem em constante movimento na busca por habilidades específicas, tais como autoconhecimento, controle emocional e resiliência. No momento em que alcançam tal patamar, passam a ser líderes de si mesmos e das próprias emoções, mas principalmente fazem isso a fim de se tornarem agentes de transformações nos ambientes de trabalho por meio de aprendizagem, crescimento e desenvolvimento.
Inspirador, não é mesmo? Pois saiba que cada um de nós tem potencial para elevar o QA e fazer a diferença, seja na gestão da carreira ou da vida pessoal. Pensando nisso, confira a seguir os três tipos de indivíduos do QA e saiba quais são os passos mais importantes na escalada rumo ao topo do sucesso.
Segundo o dicionário, a palavra “crise” significa um episódio desgastante e complicado. Além disso, remete à situações de tensões, disputas e conflitos. Na medicina, é o momento que define a evolução de um diagnóstico, tanto para melhor como pior. Em suma, trata-se de um conceito utilizado em praticamente todas as áreas. Certamente, uma delas são os negócios.
Lembram do Mundo Vuca? De fato, vivemos tempos de mudanças em um cenário caracterizado por extremos em se tratando de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Sendo assim, liderar se tornou um exercício diário dividido entre resistir às condições adversas e estar sempre preparado enquanto concilia suas condutas com os objetivos da empresa e equipe.
Com o propósito de formar lideranças preparadas para a realidade tal qual ela se apresenta, a metodologia baseada em QA já está incorporada nos programas de MBA de universidades renomadas, a exemplo da Harvard Business School. Na teoria, Stoltz defende que para mensurar o nível de cada um quatro aspectos que dão nota ao Quociente de Adversidade devem ser analisados. São eles:
Com base no resultado da pesquisa, Stolz chegou a três categorias de profissionais: desistentes, campistas e alpinistas/escaladores. Em síntese, os grupos foram definidos da seguinte forma:
Características:
Percentual na população: 10%
Características:
Percentual da população: 80%
Características:
Percentual da população: 10%
Na conclusão dos estudos, Stoltz - que também é presidente da Peak Learning, empresa de consultoria global fundada nos Estados Unidos, em 1987 -, além da divisão em três grandes grupos, o pesquisador americano reforçou um ponto crucial. Segundo ele, mais importante que saber o nível de QA é dominar as ferramentas que o mantenha sempre elevado.
Em parceria com Erik Weihenmayer, considerado um dos atletas com deficiência mais talentosos do mundo, mais conhecido por ser a primeira pessoa cega a ter subido ao cume do Monte Everest, ambos definiram os passos mais importantes para esta escalada rumo ao topo do sucesso profissional e pessoal.
Chegar no topo é um processo e não um benefício que se conquista do dia para a noite. A boa notícia é que ao longo do caminho existem profissionais que podem nos ajudar a enxergar nosso perfil e, a partir disso, somos capazes de definir metas que geram resultados positivos. Inclusive, o quociente de adversidade como diferencial competitivo é um dos conteúdos programáticos do curso de curta duração “Liderança de Impacto: Conexão e Ação para Resultados”, da JValério.
As aulas acontecem em março, entre os dias 13 e 15, em Toledo (PR).
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