Conheça algumas estratégias de recrutamento e seleção capazes de formar equipes plurais de alta performance
Se você é do time que sabe pouco ou nada sobre diversidade cognitiva este conteúdo vem a calhar, afinal, não tem se falado em outra coisa atualmente. Quando o que está em jogo é trazer ganhos para as atividades empresariais por meio do capital humano, considerado o principal ativo de qualquer negócio, este conceito tem sido um dos principais trunfos utilizados pelas grandes corporações nas tomadas de decisões.
Agora, mesmo que você tenha uma vaga ideia do que se trata, no artigo de hoje trazemos mais detalhes. O objetivo é desmistificar o assunto ao ponto de incluí-lo no dia a dia profissional definitivamente, pois ao descobrir a significativa correlação que há entre equipes cognitivamente diversas e alta performance o cenário muda de perspectiva ao ser executado e passa a gerar benefícios e resultados positivos de curto, médio e longo prazo.
Vamos compreender como pontos de vista diversos podem ser incorporados na cultura organizacional.
Antes de tudo, vamos compreender o conceito de diversidade cognitiva. Enquanto a diversidade se refere ao que é diverso, diferente e variado, o aspecto cognitivo está relacionado ao processo de aprendizagem. Em suma, ele leva em consideração as características pessoais dos indivíduos, como raça e idade, atrelado a sua jornada de vida, raciocínio, criatividade, percepção de mundo, compreensão, entre outros fatores. Ao atuarem juntos frente a projetos, a tendência é que as competências uns dos outros se agreguem e resultem em soluções “fora da caixa” que, por consequência, geram inovação.
Diferentemente do que se pensava, o sucesso não depende apenas de um clima harmonioso gerado por opiniões concordantes. Na realidade, estudos comprovam que o segredo está em justamente misturar perfis variados e com personalidades complementares. Isso não significa embates desrespeitosos, muito pelo contrário. A diversidade cognitiva irá se manifestar em situações nas quais os envolvidos consigam dialogar e debater com educação e apurado senso de argumentação diante de posicionamentos não homogêneos.
Além disso, é crucial que os colaboradores sintam-se à vontade. Em primeiro lugar, eles devem perceber que a gestão valoriza e aceita conceitos diferentes e contrários aos já expostos. Em outras palavras, ninguém deve se sentir acuado ou pressionado a aceitar as ideias de terceiros ou da maioria.
Em se tratando de diversidade cognitiva, a julgar pelas projeções as mudanças não acontecem num estalar de dedos. Para saírem do papel, elas exigem esforços legítimos que resultem em processos contínuos marcados por discussões acerca de estratégias para a contratação de pessoas, bem como no âmbito do setor de recrutamento e seleção. Porém, ao se tornarem realmente assertivas são capazes de revolucionar o local de trabalho e as mentes que fazem parte dele.
De acordo com uma pesquisa publicada pela Harvard Business Review, em 2017, a velocidade com que os problemas cíclicos passaram a ser resolvidos comprovou, de fato, a relevância da diversidade cognitiva nas empresas. Apesar de menos visível que a diversidade étnica ou de gênero, por exemplo, as questões cognitivas são responsáveis por melhores desempenhos e execuções mais rápidas, principalmente diante dos conflitos e desafios, sejam eles novos ou antigos.
Vejamos como as empresas podem se transformar a fim de incluir a diversidade cognitiva no recrutamento e seleção sem deixar de lado o fit cultural, isto é, o alinhamento entre o candidato e os valores organizacionais.
Desde que as empresas passaram a promover o tema Diversidade e Inclusão (D&I) em suas pautas prioritárias, uma série de avanços podem ser vistos no universo corporativo, sobretudo, no cultivo de ambientes de trabalho antirracistas, bem como na igualdade de gênero, orientação sexual e faixa etária. Ainda existe um longo caminho a percorrer, mas já conseguimos enxergar os progressos.
Aliás, 2023 foi um ano especialmente pulsante neste sentido, uma vez que em paralelo aos movimentos do mercado o debate se ampliou a diversas esferas da sociedade civil. Na prática, a presença massiva de quadros de colaboradores plurais, incluindo os cargos de alto escalão, tem se tornado rotina nos corredores e cúpulas das organizações que se dedicam a atender as expectativas não só de seus respectivos nichos e públicos internos, como dos consumidores de modo geral e demais stakeholders.
Ou seja, líderes e gestores tiveram que transcender o mero discurso institucional e as ações afirmativas em termos de representatividade para abrir espaço às políticas sólidas e práticas estruturadas. O engajamento, inclusive, vem rendendo resultados expressivos - a exemplo dos números da L’Oréal. Na multinacional francesa do ramo de cosméticos, a equidade foi conquistada em áreas consideradas majoritariamente masculinas, como Finanças, Operações e Pesquisa & Inovação. Lá, 53% das mulheres contratadas atuam em cargos de liderança para não haver dúvidas a respeito do posicionamento da marca.
Se você gosta de se manter atualizado no universo da gestão, continue de olho nas nossas publicações aqui no blog.