Saiba quais são as habilidades que fazem a diferença diante da realidade repleta de desafios e incertezas em que vivemos
Atualmente, se tem um tema que percorre os corredores de uma empresa é a urgência de desenvolver habilidades para se tornar um profissional não só capacitado, como também conectado às demandas da contemporaneidade. Nem mesmo as conversas na sala do cafezinho ficam de fora do debate que, muitas vezes, revela a ansiedade de quem vive a pressão do ambiente corporativo em pleno 2023.
Passamos por crises econômicas, políticas e sociais, bem como encaramos uma pandemia em nível global. Além disso, estamos no epicentro de duas grandes guerras. Sem falar na revolução digital que tem mudado muita coisa e promete impactar ainda mais os negócios - a inteligência artificial que o diga. Justamente em momentos como esse, surgem uma série de necessidades que apenas os verdadeiramente capacitados podem suprir. Isso significa que só quem estiver em constante atualização será capaz de acompanhar o ritmo cada vez mais acelerado do planeta.
“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”. Enquanto alguns atribuem esta afirmação a Albert Einstein, outros são enfáticos ao negarem o crédito já que o físico era alemão e no alfabeto germânico ele não faz o menor sentido - uma vez que “arbeiten” (trabalho) vem antes de “erfolg” (sucesso). Seja como for, o fato é que, independentemente de quem tenha dito a frase e em qual idioma, em português, ela é uma premissa mais que verdadeira na carreira de um executivo que almeja crescer.
Portanto, hoje vamos falar um pouco sobre o cenário atual e como deve ser o comportamento, sobretudo das lideranças, diante dele. Vejamos como ter fôlego para encarar as novas perspectivas com os insights a seguir.
Ao longo da história, mais precisamente em 1990, no auge da Guerra Fria, surgiu a expressão mundo VUCA. Naquela época, as forças armadas dos Estados Unidos estavam muito confiantes com a vitória no conflito, porém nem tudo aconteceu conforme o esperado. Com isso, o período ficou caracterizado pela sigla que significa Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade).
Então, em 2008, quando a economia americana viveu um colapso, o mercado financeiro achou que o termo resumia bem o caos que havia se instaurado, quase na mesma proporção da trajetória bélica. Ao pularmos para hoje, qualquer semelhança não é mera coincidência. Os mercados que foram surgindo com o desenvolvimento tecnológico e a globalização mexeram com as estruturas organizacionais.
Portanto, o acrônimo ainda faz sentido e requer a máxima atenção em se tratando de soluções que possam trazer certa tranquilidade às organizações. Mas, não basta apenas entender o conceito por trás do VUCA, é preciso se antecipar aos acontecimentos e, frente a eles, agir para enfrentar a realidade dinâmica e, por vezes, complexa em que vivemos.
A princípio, pode parecer impossível assimilar tantas questões e ainda se manter ágil e assertivo. Todavia, no âmbito profissional, impulsionar as habilidades técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) deixou de ser uma alternativa para se tornar uma obrigatoriedade. A boa notícia é que, com capacitação, curiosidade, interesse e qualificação, ambas (que se complementam) podem ser desenvolvidas.
Afinal, até mesmo o mais exímio dos datilógrafos teve que dar adeus à máquina de escrever e se render à digitação com a chegada dos computadores. Saudosismos à parte, duvido que alguém trocaria um tablet de última geração pelo item obsoleto na rotina empresarial. Como as mudanças são inevitáveis, cabe a nós nos adaptarmos a elas.
Nesse sentido, vale lembrar que uma postura empreendedora está voltada para habilidades como:
Além disso, existem quatro grandes competências que qualquer líder que deseja prosperar no Mundo VUCA precisa conquistar. Não por acaso, elas são chamadas de antídoto contra o VUCA, e são palavras em inglês que formam o mesmo acrônimo. Confira:
Nos primeiros meses de 2019, poucas pessoas poderiam prever que, dentro de um ano, as empresas do mundo todo estariam sofrendo com o impacto devastador de uma pandemia. Inclusive, pesquisas sugerem que, entre março e julho de 2020, como resultado, mais de 80 mil pequenas empresas fecharam suas portas permanentemente. Mas elas não foram as únicas afetadas: muitas organizações grandes e estabelecidas enfrentaram contratempos significativos ou até a falência.
Olhando para trás, a mensagem é clara: situações emergenciais acontecem e, quem não estiver pronto para lidar com elas, corre mais riscos de falhar. Por isso, lançar mão da resiliência nos negócios é uma abordagem fundamental. Seja enfrentando desastres naturais, interrupções na cadeia de suprimentos, indisponibilidades de TI e serviços públicos ou até mesmo uma crise mundial de saúde, as gestões resilientes conseguem criar planos de ação eficazes para sobreviver e se recuperar de imprevistos com sua infraestrutura, base de clientes e reputação preservadas.
Como fazer isso: a criação de um plano de resiliência abrangente oferece às empresas e aos seus colaboradores um playbook a ser seguido quando os processos e procedimentos padrão falham.
No Mundo VUCA, a flexibilidade pode ser definida como uma busca pela aceitação e compreensão das diferentes maneiras de resolver um único problema. Um bom exemplo vem das relações de trabalho que surgiram após o coronavírus, quando o home office acabou sendo incorporado por diversas companhias. Contudo, as que estão conseguindo manter a dinâmica são aquelas que tomaram a decisão tendo como base uma estratégia sólida definida a partir de objetivos e metas - e não como uma ferramenta para atrair e reter talentos. Em resumo, ações como essa devem ser sustentáveis a longo prazo.
Em contrapartida, por mais organizada que uma empresa seja, ela é um organismo vivo, suscetível a imprevistos e demandas emergenciais. Sendo assim, independentemente da flexibilidade escolhida, definir estratégias diante de uma crise, por exemplo, é crucial.
Como fazer isso: antes de definir e, principalmente, divulgar as propostas de flexibilidade, os líderes terão que colocar os prós e contras na balança.
Diante da complexidade do mundo VUCA, o olhar ampliado fará toda a diferença. Assim, montar equipes que possuam formações variadas e tenham vindo de realidades distintas, será uma forma eficaz de agregar conhecimentos e diferentes pontos de vista. A multidisciplinaridade não é restrita ao intelectual e abrange os demais repertórios que o indivíduo carrega consigo, tais como as experiências pessoais.
Em suma, quando falamos de multidisciplinaridade nos negócios, nos referimos às pessoas que são capazes de coordenar mais de um conhecimento e de reunir profissionais com saberes múltiplos para produzir resultados acima da média.
Como fazer isso: um dos principais desafios da multidisciplinaridade é a grande disponibilidade de oferta de informação, formação, treinamentos e cursos. Por isso, é preciso fazer as escolhas mais adequadas para garantir a resolução dos problemas, além de encontrar maneiras satisfatórias de capacitação e de coordenação de times, respeitando a expertise de cada um.
Quando se escolhe e assume uma linha de raciocínio, a coragem é demonstrada. Esse contexto propõe uma série de respostas e explicações, sendo necessário optar e apostar em uma. Quando se está diante de um contexto ambíguo e se toma uma decisão, é sempre um ato de coragem. No VUCA, o aprendizado se concretiza por meio da ação, por isso, errar não deve ser visto como um problema e sim como uma oportunidade.
Como fazer isso: o importante é estabelecer um ambiente sustentável e fértil, que agregue pontos de vista distintos para pensar ações e resoluções de problemas capazes de produzir crescimento e resultados.
Segundo o Guia Valor Econômico de Inovação das Empresas, o conceito de inovação pode ser resumido como “uma iniciativa, modesta ou revolucionária, que surge como uma novidade para a organização e para o mercado e que, aplicada na prática, traz resultados econômicos para a empresa”.
Em outras palavras, inovar é pensar em modos de melhorar o desempenho da empresa, seja investindo em treinamentos e capacitações, lançando novos produtos ou mesmo otimizando os processos gerenciais ou de produção. E, como diz a própria definição acima, a inovação, apesar do nome, não precisa ser revolucionária. Por vezes, iniciativas simples podem ser muito satisfatórias.
Como fazer isso: uma das formas de inovar dentro de uma empresa bem-sucedida é criar meios para que a gestão se adapte aos novos contextos que surgem sistematicamente. Pensando nisso, em março de 2024, a JValério Gestão e Desenvolvimento terá mais uma turma do Fórum Empresarial. Os participantes serão desafiados ao longo de uma jornada customizada para cada integrante, visando seu desenvolvimento pessoal em relação à realidade da empresa em meio a tantos desafios.
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