O que torna um conselheiro relevante?

29/11/2023
O que torna um conselheiro relevante? | JValério

Confira 5 dicas para lapidar o perfil mais procurado pelas empresas atualmente seja lá qual for a etapa da vida profissional

Houve uma época na qual os conselheiros administrativos eram, em sua maioria, executivos sêniores que já haviam dado por encerradas suas atribuições no alto escalão das companhias. Entre eles, inclusive, havia um ponto em comum, por vezes reconhecido pelos cabelos brancos: o vasto caminho profissional percorrido até alcançar a posição. Como se costuma dizer no jargão empresarial, ter muitos quilômetros rodados. Embora continuem ocupando a mesa do colegiado máximo de uma empresa, que representa os interesses dos acionistas, hoje em dia, o cargo abriu espaço para uma geração de especialistas cada vez mais jovens - CEOs e gestores na casa dos 40 anos.

Diante do cenário, como se tornar um conselheiro? Atualmente, seja lá qual for a data de nascimento, o mais importante é que os membros reúnam uma série de características que entregam valor à organização e garantem diversidade e inclusão. Aliás, para o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), isso inclui não só graduações variadas, como fatores relacionados à gênero, raça, etnia e, por que não, idade. Um adendo: para que o etarismo não se torne um entrave, é crucial que preparo, disciplina e credibilidade formem o resultado desta equação. Vale lembrar que uma das competências mais valorizadas em pleno 2023 inclui alta consciência digital, algo que os mais novos dominam - e os mais velhos, se forem dinâmicos, podem aprender. Sem falar na pegada ESG que, como sempre batemos na tecla aqui no blog, deixou de ser diferencial para se tornar uma exigência.  Independentemente de qualquer coisa, o importante é dominar o saber dentro da área de atuação e estar atualizado sobre as principais megatendências de negócios.

Algo que a educação continuada, também chamada de lifelong learning, garante com excelência. Ademais, vale a pena ficar de olho no currículo de quem chegou no mercado como trainee e, passados apenas alguns anos, já está fazendo a diferença. Da mesma forma, é preciso reunir as habilidades inerentes às posições estratégicas - como comunicação eficaz e pensamento crítico - ,pois sem elas não há conselho que dê certo.

Pensando nisso, reunimos 5 valiosas dicas para quem quer se tornar conselheiro de uma empresa. Prepare o print e vá em frente!

Como se tornar conselheiro de uma empresa

1. Idade não é documento (pelo menos não mais)

A bagagem de experiência que um profissional carrega diz muito sobre ele, mas não está necessariamente atrelada à tempo. Isto é, aquela ideia de que era preciso ter 50+ para possuir maturidade está dando lugar a novas perspectivas. Embora não seja mais a regra, ainda não virou exceção. Como assim? É simples, basta pensar que para ser efetivo um conselho precisa de pluralidade, algo que pode ser conquistado por meio da junção de expertises específicas e visões de mundo distintas.

Em resumo, o que vai determinar se a presença de alguém é ou não relevante será o perfil profissional, a natureza do negócio e o planejamento estratégico da organização. Geralmente, em empresas familiares é mais comum ter a presença de conselheiros com menos de 40 anos e isso se deve ao fato do descendente ter sido preparado para a sucessão empresarial desde muito cedo. Ao demonstrar interesse em fazer parte dos negócios da família, dando continuidade ao legado do fundador, o herdeiro acaba tendo a oportunidade de ocupar tal cadeira antes da média.

 2.  Faça cursos e obtenha certificações

O pontapé inicial de qualquer conselheiro está na formação formal, que começa na faculdade e não tem prazo para acabar. Possuir um diploma em áreas consideradas estratégicas, como administração, finanças, operações e gestão, é indispensável. Dominar aspectos regulatórios sobre as companhias de capital aberto, assimilar as regras do jogo e interpretar números e relatórios financeiros e de investimentos também.

Além disso, obter qualificação em temas que acompanham as transformações do universo corporativo e da sociedade como um todo será considerado um plus, com toda a certeza. E aqui estamos falando de tecnologia, inteligência artificial, segurança cibernética, ciência de dados, ESG, entre outras. Quanto maior o repertório, melhor será a desenvoltura para lidar com os desafios e tomar decisões coletivas. Na pandemia, por exemplo, muitos tiveram que se virar nos 30 para ajudar a garantir eficiência, reduzir custos e atender clientes de maneira não presencial. Em suma, exigiu pensar fora da caixa e inovar.

3. Tenha o perfil executivo buscado

De modo geral, há dois tipos de perfis desejados para serem conselheiros, sendo em ambos os casos a experiência profissional considerada fator decisivo e eliminatório. Só para ilustrar, as empresas médias e familiares em processos de profissionalização buscam aqueles que tenham sido CEOs em grandes companhias e que entendam da operação  para colocar a mão na massa. Já outras companhias, que se relacionam com instituições financeiras e governos, procuram mais conselheiros renomados com desenvoltura política, como ex-ministros ou ex-presidentes de bancos.

 4. Crie uma rede de contatos forte

O bom network nunca sai de moda. A maioria das indicações para conselhos de administração partem dos acionistas. Lembra da máxima “quem não é visto não é lembrado”? Pois aqui ela faz todo sentido, uma vez que ao estar associado a organizações sem fins lucrativos, comunidades e grupos, participando ativamente de encontros e eventos, cria-se visibilidade e abrem-se portas.

5. Saiba ouvir e trabalhar em equipe

Primeiro ouvir com interesse genuíno, depois opinar. Esse costuma ser o conselho dado por conselheiros experientes em entrevistas. A vontade de contribuir e crescer deve ser grande, mas não a ponto de ser confundida com excesso de voluntarismo. Portanto, outra questão importante é saber trabalhar em equipe. Afinal, não adianta comandar sem conseguir se colocar no lugar do outro. De acordo com o guia de melhores práticas do IBGC, tomar decisões colegiadas e consensuadas só após analisar e discernir.  Não por acaso, dentre as soft skills valorizadas em conselheiros estão a inteligência emocional e a mediação de conflitos.

É membro de empresa familiar, acionista, executivo ou profissional experiente que deseja fazer parte de um conselho de administração? Então o Programa de Desenvolvimento de Conselheiros (PDC), da JValério em parceria com a Fundação Dom Cabral, é para você. Quem já é conselheiro e quer ampliar o repertório para melhorar a tomada de decisões também estará no lugar certo.

O conteúdo do programa abrange diversas frentes justamente para atender as intensas transformações do ambiente de negócios e que impactam tanto novatos como veteranos. Diversidade, inovação, gerenciamento de riscos e ESG (ambiental, social e governança) pautam a nova agenda do órgão.

O PDC representa uma chance ímpar de se conectar com as melhores práticas nos campos da governança e da gestão. Mais que promover debates sobre as responsabilidades do cargo, o programa visa a reflexão profunda e o desenvolvimento de uma base sólida de fundamentos sem deixar a articulação de lado. Em resumo, o aluno poderá sentir na pele o que é viver cada etapa de uma reunião do colegiado com a metodologia board case.

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