Diversidade e inclusão se faz com líderes engajados

26/10/2023
Diversidade e inclusão se faz com líderes engajados | JValério

Quando políticas e práticas caminham lado a lado, estrategicamente, a D&I não só fortalece a imagem, como traz resultados concretos aos negócios 

Em pleno 2023, a gestão da diversidade e inclusão nas empresas não é mais uma novidade na agenda de presidentes, diretores e CEOs. Bom, pelo menos é o que o mercado, bem como os consumidores e demais stakeholders, esperam com muitas expectativas.  

Inclusive, a pauta já deixou para trás o mero discurso institucional e as ações em termos de representatividade. Hoje em dia, ela requer a implantação de políticas sólidas seguidas, sobretudo, de práticas estruturadas. Ou seja, capazes de promover valores em todas as etapas da trajetória do colaborador de forma abrangente, consistente, eficiente e permanente.

Vejamos como iniciativas isoladas atuam como ponto de partida de uma longa trajetória na qual diversidade e inclusão caminham lado a lado, estrategicamente, para fortalecer a imagem e trazer resultados concretos aos negócios. 

Conceito de D&I

No contexto corporativo, a chamada promoção da diversidade e inclusão (D&I) - ou diversidade, equidade e inclusão (DEI) - é essencial para promover um ambiente de trabalho justo, acolhedor, produtivo e com chances reais de crescimento indiscriminadamente. 

Isto é, onde cada profissional sente-se valorizado por sua expertise, mas também amplamente respeitado quanto às suas características individuais, tais como identidade de gênero, raça, etnia, orientação sexual, idade, origem socioeconômica, nacionalidade, pessoas com deficiência (PCD), religião, entre outras particularidades. Aliás, quando as diferenças são celebradas no cotidiano, a produtividade aumenta, visto que cada membro passa a ser encorajado a explorar todo seu potencial e a contribuir plenamente. 

Muitas organizações, de diferentes portes e segmentos, vêm realizando mudanças a fim de tornar programas desse tipo partes intrínsecas da cultura organizacional. Logo, as razões pelas quais vale a pena investir nisso estão cada vez mais claras e difundidas. Contudo, na ânsia de serem assertivos, muitos líderes acabam sentindo-se inseguros para dar o primeiro passo.

Benefícios de práticas e políticas D&I

Além de melhorar o clima no dia a dia, a diversidade e inclusão proporcionam outros benefícios, entre eles, mais criatividade e inovação. Por consequência, a reputação da empresa é fortalecida de maneira orgânica. 

Vale lembrar que vários estudos comprovam a vantagem de atuar com equipes diversas, uma vez que elas são mais produtivas e resilientes. Assim, fica mais fácil enxergar outras perspectivas e soluções inovadoras para destacar produtos e serviços frente à concorrência. De acordo com um estudo realizado pelo Mckinsey&Co, times mais diversos são 152% mais inovadores

Nesse sentido, elencamos os pontos positivos abaixo:

  • Mais criatividade e inovação: como já foi dito, mas nunca é demais reforçar, várias mentes criativas pensam muito melhor do que uma. Em uma reunião de brainstorm, por exemplo, contar com contribuições variadas, construídas graças a experiências e formações distintas, costuma resultar em novas abordagens que podem ser a virada de chave rumo ao sucesso;
  • Colaboradores motivados: trabalhar não é apenas amar o que se faz, envolve uma série de aspectos extremamente relevantes no intuito de extrair o melhor de cada um. Após incorporar princípios éticos e claros ao código de conduta, cobrando a aplicação em todos os setores - especialmente na direção, responsável por ser o referencial dos demais - a tendência natural é que os colaboradores sintam-se motivados. Por fim, é importante que a empresa avalie regularmente o progresso do projeto e faça ajustes quando necessário;
  • Atração e retenção de talentos: depois de efetivada a etapa mencionada no tópico anterior, atrair e reter talentos será uma demonstração clara de que os esforços estão rendendo frutos;
  • Faça o que eu faço: ao transpor o campo teórico e cumprir os compromissos assumidos com a igualdade e justiça social uma empresa passa a ser respeitada interna e externamente, por seus clientes, fornecedores, parceiros comerciais e, claro, perante toda a sociedade - incluindo governos e demais agentes públicos;
  • Upgrade de sobra: em suma, todo o cenário converge a um alvo acessível, no qual a produtividade é uma constante. 

D&I na prática

Uma característica fundamental aos cargos de nível estratégico é a tomada de decisões. Portanto, para que as transformações envolvendo diversidade e inclusão causem impactos verdadeiros na estrutura e funcionamento das empresas elas exigem o engajamento da alta direção. 

Mas, por onde começar? Confira uma sugestão de planejamento estratégico tendo como base o processo de contratação, passando pelo onboarding (termo em inglês para o mecanismo de integração) até o desenvolvimento de um plano de carreira. 

D&I na contratação

A primeira etapa para promover D&I é garantir que a contratação seja equitativa. 

  1. Examine a descrição dos cargos com cuidado para evitar pré-requisitos desnecessários que possam excluir candidatos qualificados;
  2. Implemente práticas de recrutamento diversificadas, alcançando candidatos de diferentes origens, perfis e comunidades;
  3. Realize treinamentos e iniciativas efetivas de conscientização para recrutadores e outros responsáveis pela contratação, visando reduzir vieses inconscientes e destacando a importância da D&I e de avaliações baseadas em habilidades.

 Onboarding

Durante a integração, é fundamental estabelecer uma cultura inclusiva desde o início. 

  1. Escolha mentores para os novos contratados, privilegiando os que tenham real interesse na causa e possam fornecer suporte e orientação adequados;
  2. Promova atividades integrativas que enfatizem a valorização de D&I, como o compartilhamento de histórias sobre colaboradores que representam diferentes grupos e tenham prosperado na organização;
  3. Proporcione um espaço seguro para que os iniciantes possam compartilhar suas vivências, saberes e esperanças.

 Desenvolvimento e crescimento

Para promover isonomia, oferecer oportunidades de desenvolvimento e crescimento para todos deve ser a premissa. 

  1. Estabeleça programas de mentoria e coaching para apoiar o desenvolvimento profissional e empoderamento;
  2. Garanta que os treinamentos e capacitações sejam acessíveis e disponíveis;
  3. Promova a diversidade em cargos de liderança, estabelecendo metas claras e ações afirmativas.

Educação corporativa

Se você chegou até aqui, está consciente de que embora seja um desafio, a criação de uma cultura organizacional diversa e inclusiva se faz com constância e engajamento. Ademais, deve ser encarada como um propósito contínuo que exigirá esforço constante.  

  • Estimule a participação em grupos de afinidade, nos quais os colegas podem se conectar e compartilhar suas visões;
  • Incentive a comunicação aberta e respeitosa, criando ocasiões para discussões sobre D&I (comitês, webinars e mentorias);
  • Celebre a diversidade por meio de eventos, campanhas e reconhecimentos, sem esquecer que apesar das regras, ela deve partir de um genuíno desejo interior.

Case da L’Oréal Brasil

Em 2020, como parte da estruturação de políticas voltadas à D&I e no combate às desigualdades, a L’Oréal anunciou sua missão com o mote: Criar a Beleza Que Move o Mundo. Segundo a companhia, não existe um modelo único de beleza, por isso, a diversidade e inclusão estão em seu DNA e são uma prioridade estratégica.

Conheça a principal meta palpável conquistada por uma das maiores fabricantes de cosméticos do mundo, ganhadora de prêmios que reconhecem referências na equidade de gênero - Prêmio WEPs: Empresas Empoderando Mulheres e o EDGE LEAD (sendo a única da América Latina a receber a certificação global). 

62% de cargos na L’Oréal são ocupados por mulheres

Com ações específicas, a L'oréal atingiu equidade até em áreas consideradas majoritariamente masculinas, como Finanças, Operações e Pesquisa & Inovação. Lá, 53% das mulheres contratadas atuam em cargos de liderança. O real significado de “girl power”! 

Quer debater mais a respeito do tema? Então temos um convite a fazer: nos dias 7 e 8 de novembro, na sede da JValério, em Curitiba (PR), acontecerá uma jornada de aprendizado tendo como foco a Governança Corporativa em Empresas Familiares, que representam quase 90% dos negócios no Brasil, segundo o IBGE. 

Junte-se a mentes criativas dispostas a compartilhar insights pautados nas principais práticas de governança que impactam a concretização de uma gestão profissional dos negócios. Certamente, a diversidade e a inclusão estarão em foco. 

Clique aqui e saiba mais! 

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