O dinheiro e as emoções: por que aprender sobre finanças comportamentais é essencial no mundo dos negócios?

17/04/2023
O dinheiro e as emoções: por que aprender sobre finanças comportamentais é essencial no mundo dos negócios? | JValério

A finança comportamental envolve a psicologia, a economia, a neurociência, a sociologia e a antropologia; conheça os comportamentos mais comuns em relação ao dinheiro

O dinheiro não é somente uma moeda utilizada para trocas comerciais. Ao longo do tempo e da cultura, ele foi adquirindo significados maiores. Na nossa sociedade, o dinheiro é sinônimo de poder, status e influência. Ele está ligado diretamente a como as pessoas se identificam. Pode representar segurança, acolhimento, aconchego e até cobiça, avareza e arrogância. Todos esses simbolismos variam de pessoa para pessoa e podem mudar com o decorrer do tempo.

Explicamos isso tudo para dizer que as pessoas lidam com o dinheiro de uma maneira muito mais emocional do que prática. Uma pesquisa feita pela fintech Onze mostrou que sete brasileiros em cada dez afirmam que o dinheiro é a grande angústia de suas vidas. Outro levantamento feito pelo Banco Central aponta que 70% da população gasta absolutamente tudo que ganha. Os estudos mostram que a relação que o indivíduo constrói com o dinheiro influencia nos comportamentos que ele terá ao longo da vida, nas decisões de compra e investimentos, ou seja, na forma como ele administra a vida financeira.

Algumas pessoas, por exemplo, buscam produtos e serviços que convergem com seus valores e crenças. Outras costumam tomar decisões baseadas no histórico de vida, ou seja, buscam detectar episódios anteriores que já deram certo e repetir os mesmos estilos de pensamento nas situações posteriores. Há, ainda, indivíduos que usam o dinheiro de maneira bastante emocional, como conforto ou recompensa. Depois de um dia estressante de trabalho ou de passar por um problema, fazem uma compra para terem a sensação de bem-estar, por exemplo. Mas tem gente que retém o dinheiro o máximo possível: é o famoso “mão de vaca”. Esse tipo de comportamento pode estar relacionado ao temor por insegurança, abandono, falta de amparo ou tradição familiar, entre infinitas outras possibilidades.

Por que devo aprender sobre finanças comportamentais?

Ter conhecimento dos fatores psicológicos que norteiam as escolhas financeiras das pessoas é essencial para as empresas. Essa área de conhecimento tem como foco o estudo dos comportamentos das pessoas frente aos gastos, poupança, investimentos e dívidas. Compreender como as emoções, sentimentos, valores e crenças mobilizam o manejo do dinheiro é crucial para traçar estratégias eficazes de vendas de produtos e serviços.

A área da finança comportamental engloba saberes de Psicologia, Economia, Neurociência, Sociologia e Antropologia. Nasceu em 1970 e se consolidou recentemente, nos anos de 1990. Os psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversk foram precursores no assunto. Inicialmente, a teoria tinha como base o pensamento racional, isto é, sustentava que o ser humano tomava decisões financeiras baseada na razão. Mais tarde, estudiosos compreenderam que as emoções e o conteúdo sociocultural interferem diretamente nas ações das pessoas.

Ao longo do desenvolvimento das pesquisas, cientistas ao redor do mundo identificaram que há padrões de comportamento de investidores que determinam movimentos de mercado. Sabendo disso, estratégias começaram a ser criadas para ajudar profissionais a identificar oportunidades de investimentos e gerenciar riscos. Esses estudos têm sido usados até pelos governos na estruturação de recursos públicos e tomada de decisões políticas.

3 comportamentos comuns das pessoas relacionados ao dinheiro

Já sabemos que as crenças e valores das pessoas influenciam no uso do dinheiro, além dos padrões de comportamento, emoções e fatores sociais. Abaixo, elencamos três comportamentos comuns relacionados às finanças:

  • Efeito manada: todo mundo está investindo em determinada empresa ou produto. “Se todo mundo está fazendo, só pode ser a escolha certa”, pensa o indivíduo.
  • Considera apenas fatores positivos e desconsidera os riscos: a pessoa se apega a informações vantajosas e simplesmente descarta as desvantagens
  • Excesso de confiança: a pessoa já investiu ou comprou aquele determinado bem várias vezes. “Não tem como dar errado, se já deu certo até aqui”.

Por que fazer o curso de Gestão Econômico Financeira?

Essa é só uma mostra do que tem porvir no curso de Gestão Econômico-Financeira que a JValério Gestão e Desenvolvimento realiza no mês de junho, em Curitiba. Não há dúvidas de que o comportamento financeiro é uma área de estudo cada vez mais importante, principalmente, para gestores e empresas. Adquirir conhecimento a respeito do tema transformará a maneira de enxergar seus negócios e ajudará a tomar decisões saudáveis no planejamento da organização, bem como traçar estratégias mais eficazes para obter melhores resultados comerciais.

O curso é indicado para gestores com experiência prévia na área. O conteúdo abordado será mais avançado e desafiador. Portanto, se você já tem know-how e quer saber tudo sobre finanças comportamentais, não deixe de participar! Mais informações em nosso site.

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