Compreender como cada área é determinante para que o objetivo geral de uma organização seja alcançado é essencial para desenvolver uma estratégia de negócios assertiva
Na sua empresa as lideranças agem por impulso na hora de tomar decisões ou decidem apostar em novas ações com base na visão sistêmica da organização? A segunda opção é a forma correta e é a única via para alcançar melhores resultados e implementar um modelo de gestão de negócios mais estratégico.
Mas afinal, o que é a visão sistêmica? Trata-se da capacidade de enxergar e compreender o todo, analisando cada área e sua importância no conjunto da empresa. Ou seja: um gestor dotado de uma visão sistêmica consegue fazer um Raio-X e entender quais são os pontos positivos e negativos de todos os setores da organização, como a linha de produção, o departamento de RH, o financeiro, o marketing e por aí vai.
Dessa forma, na hora de fazer mudanças, as lideranças são capazes de avaliar os impactos da transformação não só na diretoria, mas também em todas as demais áreas. Por isso, podemos dizer que a visão sistêmica contribui diretamente para tomadas de decisões mais estruturadas e eficientes. Por meio dela, é possível gerir o negócio como um todo, tendo consciência de cada setor individualmente e considerando as interações entre cada parte da empresa.
No entanto, a importância da visão sistêmica vai além da tomada de decisões e deve ser implementada também na hora do desenvolvimento do planejamento estratégico. As ações para curto, médio e longo prazo deve integrar todas as áreas da empresa. A intenção é atrelar o objetivo geral do negócio a todos os processos, de todos os setores.
E como fazer o planejamento estratégico sistêmico? Veja a seguir algumas metodologias que podem inspirar os gestores a desenvolverem um olhar global sobre a organização.
Essa ferramenta elenca os pontos fracos e fortes da empresa, as oportunidades e ameaças, além de considerar cenários internos e externos, respectivamente. Essa análise permite o esboço de um bom panorama sobre o ponto de partida do planejamento estratégico, para que os gestores realizem ações que possam levar a organização rumo ao destino onde almejam chegar.
Vale dizer ainda que a visualização das oportunidades e ameaças propostas pela análise SWOT, conversa com as 5 Forças preconizadas por Michael Porter - um dos papas da gestão de negócios. São elas: ameaça de produtos substitutos; ameaça de entrada de novos concorrentes; poder de negociação dos clientes; poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os concorrentes. Porter compreende que esses são os pilares de uma empresa, e se algum mudar, deve-se reavaliar seu posicionamento estratégico.
Em outras palavras, a sugestão é estabelecer estratégias para diversos fins a partir da Matriz SWOT em cruzamento com as 5 Forças de Porter, porque o ambiente de atuação (o mercado) no qual a empresa está inserida traz impactos sobre os cenários que serão enfrentados por ela.
Porter acredita que é possível prever resultados ruins e agir internamente na organização para dissolvê-los. Além disso, é possível usar as forças do negócio para aproveitar as oportunidades do mercado e observar como as fraquezas impedem esse proveito, por exemplo. Por fim, as lideranças devem ter em mente que o planejamento estratégico deve ser arrojado: além das metas de crescimento, deve levar em conta a manutenção das ações e estratégias para defender o negócio das ameaças do mercado.
Esse conceito foi criado por Chan Kim e Renée Mauborgne e apresentada no livro “A estratégia do Oceano Azul”. A obra aponta uma solução para as empresas crescerem em mercados ainda não explorados: que seria o Oceano Azul.
A tradução da metáfora marinha é exatamente essa: sair do oceano vermelho, onde muito sangue foi derramado na batalha entre os concorrentes e migrar para o oceano azul, um local em que se pode nadar livremente.
O conceito prevê a identificação dos principais atributos de análise de um mercado. A teoria de KIM e Mauborgne estimula as lideranças a observarem como os principais players do cenário em questão se comportam em cada um dos quesitos elencados. O objetivo é claro como um oceano azul: encontrar um mercado inexplorado com base nos atributos não trabalhados pela concorrência.
O conceito se entrelaça com a concepção de um planejamento estratégico sistêmico porque propõe uma “estratégia” baseada em seis princípios, que são a base do “Oceano Azul”:
Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento, aponta que essa obra já possui mais de dez anos, mas que ainda tem seu valor porque estimula a reflexão e pode levar a disrupção, tão necessária para empresas que buscam a diferenciação num mercado tão concorrido. “O conceito foca na inovação do modelo de negócio e sua principal ferramenta é a curva de valor. Sabemos que pode ser uma idealização utópica, já que a maioria das empresas não consegue encontrar um oceano azul na atualidade. No entanto, a essência do conceito estimula as lideranças a repensarem seu modelo de negócio e seu modelo de gestão. E, a partir dessa reflexão, é possível desenhar um planejamento estratégico inovador. E esse é um exercício muito positivo”, afirma.
Leia mais sobre isso no post: Como sair da caixa e criar estratégias de negócios realmente novas?
Muitas lideranças aprenderam em sala de aula as metodologias que apresentamos acima. Contudo, nem sempre é fácil tirá-las do papel e implementá-las no planejamento estratégico. E é neste sentido que a JValério e a Fundação Dom Cabral (FDC) são aliadas do seu negócio. Por meio do Parceiros para Excelência - PAEX, um programa para médias empresas que desejam potencializar seus resultados.
A solução vai levar mais eficiência para a sua organização e mais performance para o seu time de colaboradores. O PAEX é recomendado para gestores que buscam um diagnóstico completo do seu negócio aproveitando o know-how dos maiores especialistas do mercado.