Foram analisados dados de 779 organizações de todas as regiões e que atuam na indústria, no setor de serviços e comércio; elas são responsáveis por 20% dos empregos no país
A Fundação Dom Cabral (FDC) divulgou os resultados da pesquisa “Trajetória de alto crescimento das médias empresas brasileiras”. O estudo inédito envolveu 1000 companhias de diferentes setores, de acordo com o critério do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que classifica as médias empresas como negócios que empregam entre 50 e 499 funcionários e cujo faturamento anual está entre R $4,8 milhões e R $300 milhões. O estudo contou com 779 dados válidos de uma amostra representativa de todos os segmentos da economia. O perfil dos respondentes são os principais gestores ou o sócio-fundador das organizações. As informações foram coletadas nos meses de maio e junho de 2022.
O professor da FDC, Diego Marconatto, destaca que a pesquisa observou que as médias empresas têm características peculiares e, por isso, têm um caminho próprio para seguir. “Elas representam 1,3% das empresas brasileiras e se responsabilizam por 20% dos empregos brasileiros. Esses negócios contribuem com o desenvolvimento do país: não existe crescimento de uma nação sem o sucesso das médias empresas”, afirma.
Entre as principais características das médias empresas estão: 49% são longevas (estão no mercado há mais de 25 anos e as empresas familiares são as mais velhas); são majoritariamente comandadas por lideranças maduras (homens entre 41 e 70 anos); 71% são familiares (controladas por uma ou mais famílias); 72% tem faturamento menor que R$ 100 milhões; a maioria (76%) possui entre 50 e 499 funcionários; 86% atuam no B2B; 35% são indústrias e 20% atuam no comércio; apenas 13% tem subsidiária no exterior; estão muito concentradas nas regiões sudeste e sul e fora das capitais; e 44% atuam no setor de serviços; 35% na indústria e 21% no comércio.
Para o professor Diego Marconatto, umas das surpresas da pesquisa foi a grande participação das empresas familiares no segmento de médias empresas. “Além de serem mais longevas, 47% são comandadas pela primeira geração, 43% pela segunda e 10% já ultrapassaram a barreira da terceira ou mais. Isso significa que sempre terão questões sucessórias e de governança na pauta”, diz. Outras questões que chamaram a atenção dos pesquisadores é que o percentual de gestores com experiência prévia (que tiveram outro emprego) é menor nas empresas familiares. “Além disso, as empresas familiares têm menor nível de estruturação de uma série de atividades essenciais, tendem a utilizar com menor intensidade a inovação e têm menor tolerância ao risco, por isso, são menos audaciosas para crescer. As que têm um plano sucessório formalizado, têm maior longevidade”, salienta Marconatto.
As médias empresas do segmento da construção e TI se destacam quando o assunto foi o crescimento e também no quesito lucro. “Aquelas que tiveram alto crescimento são mais estruturadas e o nível de otimismo. Ou seja, o nível de confiança é maior. Além disso, são mais comuns nos negócios B2B. As que atuam no B2C apresentaram menor performance”, aponta Diego Marconatto.
Ele observa ainda que empresas que cresceram investem bastante no capital humano e desenvolvimento de talentos.
Tomar decisões em um ambiente, exponencialmente, complexo tem sido um grande desafio para as Médias Empresas. Muito mais que o envolvimento direto de fundadores e dos principais executivos, o maior gargalo ainda é sobre como desenvolver o negócio em todas as suas frentes. Sejam acionistas, sucessores ou líderes, o desenvolvimento continuado de pessoas está no centro das preocupações quando o objetivo é garantir perenidade e crescimento sustentável.
Na prática, o foco está sempre em alinhar cultura e performance para uma gestão eficaz. O time de liderança das pequenas empresas se depara, todos os dias, com um ambiente de negócios incerto e complexo – um grande obstáculo para desenvolver um plano de negócio bem definido e criar valor em ciclos rápidos. Para esses negócios, que necessitam organizar a gestão e focar em pontos vitais para o crescimento acelerado e sustentado, a parceria ideal é o Parceria para Aceleração do Negócio - PAN, voltado para Empresas de Pequeno Porte e Startups. Uma solução que possibilita a evolução, de forma rápida e consistente, da gestão, dos processos críticos e dos resultados.
No entanto, se o desafio está na implementação de ferramentas práticas de gestão, em novos processos para apoiar a performance e na necessidade de um aprendizado por meio da troca de experiências, as Médias Empresas podem contar com o PAEX – Parceria para Excelência.
As intervenções com transferência de conhecimento geram autonomia e equipes de alta performance, capazes de endereçar as demandas de crescimento imediato sem perder a visão de longo prazo.
A transformação digital nos últimos anos também trouxe um novo modelo de gestão, em que a colaboração e a geração de valor compartilhado colocam fornecedores e clientes como protagonistas de uma mesma cadeia de valor. Nesse sentido, a articulação entre esses dois mundos, a soma de esforços, o proveito das sinergias e a potencialização de expertises são fatores competitivos imprescindíveis. Com o REDES – Desenvolvimento da Cadeia Produtiva, as Médias Empresas ganham a velocidade das pequenas e a solidez das grandes na hora de se posicionar.