O valor da diversidade nos Conselhos de Administração

13/05/2022
O valor da diversidade nos Conselhos de Administração | JValério

Necessidade de profissionais com formações e trajetórias distintas para melhorar estratégias e tomada de decisões nas empresas estimulam jovens a participar de Programa de desenvolvimento de conselheiros

O Brasil assiste à profissionalização dos Conselhos de Administração. Os fatores que explicam o avanço são: o desenvolvimento dos mercados de capitais; a nova legislação das S/As; e os escândalos na área da gestão que despertaram para a urgência de implementar a Governança Corporativa para trazer mais transparência para as transações.

E, num processo de melhorar a reputação, de construção de uma imagem de credibilidade perante o mercado, acionistas e stakeholders, a criação de um Conselho de Administração é uma condição sine qua non. Esse órgão é uma prova de que as empresas têm um direcionamento estratégico e que há isonomia e controle nas ações das diretorias executivas.

O crescimento dos Conselhos de Administração nas empresas provoca o interesse de profissionais a buscarem uma formação e uma certificação de Conselheiro para atender a uma nova demanda no mercado de trabalho.

A luz dos holofotes sob os Conselhos também suscita questionamentos sobre o papel e a responsabilidade dos membros que compõem o órgão. E todas essas mudanças estão gerando um novo perfil dos membros que irão ocupar uma cadeira no colegiado.

“Se historicamente o típico Conselheiro era do gênero masculino, acima de 60 anos, caucasiano, financista ou advogado, é cada vez mais comum encontrar diversidade nessa reunião. Idade, gênero, background profissional e etnia são alguns dos aspectos desafiados pelo novo contexto. Figurões vem dando espaço para profissionais anônimos na mídia, mas competentes em suas expertises e seus mercados”, disse Cecília Andreucci, professora associada de estratégia e marketing da Fundação Dom Cabral (FDC), em artigo publicado na Revista Exame.

O valor da diversidade

Diversidade nos conselhos de administração das empresas

Nas últimas três décadas a gestão das empresas se modernizou e trouxe para o palco jovens profissionais, com formação acadêmica sólida e expertise nas tendências. A política da meritocracia fez esse público ascender hierarquicamente e ocupar posições de liderança. Foi assim que os Conselhos ganharam novos membros, na casa dos 50, 40 anos de idade.

Para Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento, não há dúvidas de que a participação de profissionais que passaram por uma carreira executiva, experientes, com boa formação em suas áreas de atuação e também acostumadas com as boas práticas em governança corporativa, fazem a diferença nos Conselhos.

“São pessoas com vivências, experiências e pensamentos diversos, que trazem pluralidade para os debates. Se quisermos marcar pontos com a sociedade e construir a imagem de uma empresa que respeita a diversidade, algo que é tão valorizado atualmente, temos que começar a cultivar esse pensamento dentro dos muros da organização. E a participação de membros com conhecimentos, comportamentos, aspectos culturais, faixa etária e gênero no Conselho materializa esse compromisso com a diversidade”, afirma Clodoaldo Oliveira.

Mulheres nos Conselhos de Administração

Mulheres nos conselhos de administração de empresas

Está aumentando a presença feminina nos Conselhos de administração. Um dos benefícios da presença delas nos debates que envolvem o alto escalão - além, claro - de um quadro mais diverso - é que as mulheres auxiliam as organizações a buscarem uma avaliação melhor dentro dos critérios ESG (environment, social e governance). A preocupação com a comunidade e sustentabilidade baliza o valor das companhias de capital aberto no mercado.

“As mulheres têm um olhar mais aguçado para essas questões. Além disso, as perspectivas delas e a forma em que olham para o mundo trazem complementaridade para as discussões e ajudam na tomada de decisão. A longo prazo, fortalecem o desempenho e fazem com que as empresas prosperem”, relata Oliveira.

Conheça agora as dez empresas que estão presentes na bolsa e que têm representatividade feminina nos Conselhos de Administração. As companhias listadas no estudo, realizado pela Nu invest em parceria com a Teva Indices, empresa que desenvolve índices para ETFs brasileiros, têm entre duas e quatro mulheres em cada Conselho. Esse ranking corresponde ao mês de setembro de 2021.

São elas: Enjoei, Banco BGM, Lojas Marisa, Sequoia, Tim, Vivara, Guararapes, Aeris, Magazine Luiza e Banco do Brasil.

Certificação de Conselheiro

Certificação profissional de conselheiro de empresas

Como vimos no post de hoje, o Conselho de Administração mudou seu perfil e trouxe para roda profissionais mais jovens e de gêneros diversos. E para contribuir com a formação de Conselheiro a JValério Gestão de Desenvolvimento em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) promovem o PDC - Programa de Desenvolvimento de Conselheiros.

O programa prepara Conselheiros de Administração para a função e promove a compreensão sobre as responsabilidades do cargo. Proporciona também a reflexão profunda e desenvolvimento de uma base sólida de fundamentos, sem perder a articulação com a aplicação prática. A metodologia utilizada será a do Board Case: simulação prática e instigante das etapas de preparação e execução de uma reunião do Conselho de Administração.

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