No post de hoje, falamos sobre a importância de buscar realizações além da carreira executiva e que interferem no desempenho das lideranças na rotina das empresas
Um líder precisa estar na sua melhor forma - com o perdão do trocadilho. Um dos princípios da liderança é cuidar de si mesmo e adotar um estilo de vida saudável para aguentar a rotina de viagens e horas a fio no escritório, tomando decisões assertivas para a condução do negócio.
Para que os líderes compreendam a importância do autocuidado podemos usar a mesma analogia sobre o aviso das máscaras no avião. Em situações de emergência, a indicação é colocar a máscara de oxigênio em si mesmo e depois nos outros passageiros. “Para cuidar das pessoas que estão ao nosso lado, precisamos olhar primeiramente para nós mesmos. Os líderes precisam ter uma vida completa e enriquecedora: cuidar da sua saúde física e mental, ter momentos de lazer e se dedicar à família. Ser líder não é se sacrificar pela empresa. Se forem tomados pelo estresse, vão gerar sentimentos de ansiedade nos demais colaboradores porque, inevitavelmente, lideramos pelo exemplo”, explica Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento.
Quando somos jovens e não temos a responsabilidade de gerir um negócio e ainda conciliar a carreira executiva com a paternidade/maternidade parece mais fácil incluir a prática de exercícios físicos na agenda. Mas quando envelhecemos, parece que o sedentarismo se encaixa perfeitamente na rotina atribulada e extenuante.
A boa notícia é que podemos e devemos reverter esse quadro. A mudança de hábitos faz bem no campo pessoal e profissional: praticar esportes melhora a qualidade de vida, a sensação de bem-estar e a produtividade. Se tantos executivos encontram espaço na sua agenda para cuidar de si, você também consegue.
Na opinião de Marcio Viana, CEO da TOTV’s Curitiba, praticar esportes vai além da saúde física e mental: “é um ensaio para a vida e aprender atividades novas é fundamental”, diz.
Ele é praticante de Iroman Triatlhon há 6 anos e treina todos os dias, de duas a três horas. “Não é fácil, não é simples e precisa ter uma disciplina absurda. Às vezes, para levantar e sair correr numa manhã chuvosa, é o impulso que me move e não o amor. É o poder do hábito no comando: fazer aquilo que não está com vontade no momento. Isso é disciplina, um ingrediente essencial para a carreira executiva. As atividades extracurriculares acabam moldando nosso comportamento para o ambiente de trabalho”, afirma Viana.
Para ele, o esporte é uma válvula de escape, que todos devem ter. Mas, mais que isso: é uma sala de aula itinerante: uma forma de aprender a resiliência. “Todo mundo deve buscar a sensação de prazer pleno, de se orgulhar de alguma coisa. De se esforçar para encontrar o seu melhor. De ter controle emocional na adversidade. Esses são benefícios do esporte, além de ser uma atividade para aliviar o estresse e a ansiedade”, avalia o CEO da TOTV’s Curitiba.
O coach Reinaldo Paiva salienta ainda que pessoas que cuidam do corpo relatam uma satisfação melhor com a existência. “Nosso corpo tem três fomes: movimento, alimento, descanso. Quer aumentar sua sensação de felicidade? Durma bem, coma melhor e se movimente prazerosamente. Cuide sua casa, do seu tempo, que é seu corpo, a última coisa que habitamos”, aconselha.
Confira agora as três principais razões pelas quais os líderes devem buscar atividades físicas.
Exercícios regulares melhoram sua aptidão física e também dão uma forcinha extra em outras questões que vão incidir na produtividade: concentração, aprendizado mais rápido e uma memória mais nítida. Portanto, são muitos os benefícios de calçar o par de tênis e fugir do sedentarismo.
O estresse prejudica o funcionamento do córtex pré-frontal, parte do cérebro fundamental para a tomada de decisões, que faz parte da rotina dos CEO’s. Há vários estudos que comprovam que o exercício regular nos torna mais resistentes aos efeitos emocionais do estresse.
Há evidências científicas de que estar fisicamente em forma é a chave da longevidade.
Um estudo do Cooper Institute For Aeróbica Reserach em Dallas avaliou a associação entre aptidão física e morte. Os resultados mostraram que homens e mulheres com baixos níveis de capacidade física apresentaram mais que o dobro da taxa de mortalidade de pessoas com nível moderado. E as empresas, principalmente familiares, precisam de líderes longevos para deixar o seu legado. Isso não significa que eles precisem trabalhar até envelhecer na gestão empresarial. Na aposentadoria, podem migrar para o Conselho, que está ganhando relevância nas organizações em tempos de mudanças abruptas.
Quando se tornam Conselheiros, os fundadores ocupam outro papel fundamental: pensar em projetos de projetos de expansão, inovação, parcerias estratégicas e, diversificação dos negócios, entre outras questões que fazem parte da agenda de uma organização que visa o crescimento sustentável.
Clodoaldo Oliveira salienta que o olhar do Conselho é sempre à frente, daí a importância da presença do fundador, que conhece seu legado melhor do que ninguém. “A FDC e a JValério, inclusive, estão desenvolvendo um programa de educação continuada para formação de Conselheiros e que será lançado no segundo semestre de 2022 no sul do Brasil”, conta.