A pandemia foi o alerta máximo que revelou a necessidade de rever modelos de gestão e de investir em conselheiros com habilidades diversas para atender anseios de um novo mercado
O avanço da vacinação e a queda nos números de mortes, internamentos e casos de Covid-19 motivaram a reabertura do comércio e serviços em todos os setores - inclusive nas áreas de eventos, turismo e lazer. E quando começamos a respirar, sem máscaras, o mundo foi surpreendido novamente por um clima hostil, desencadeado por um Guerra, que parece não ter data para terminar.
Todos esses fatores interferem no ambiente de negócios e refletem diretamente na atuação dos Conselhos de Administração, que mais do que nunca, precisam se adaptar a um novo contexto.
“Se tem algo que aprendemos com a crise sanitária é que a máxima de Darwin cabe como uma luva para o universo corporativo: “não são os mais fortes que sobrevivem, mas aqueles que se adaptam melhor”. As empresas precisam ser reativas e lidar com o gerenciamento de crises, mas devem conciliar essa preocupação com o olhar para o futuro. Essa é a lógica do planejamento ambidestro: aliar o planejamento estratégico, a curto prazo, com as propostas e o propósito de uma organização para os próximos dez anos. Além de se concentrar no presente, o papel dos Conselhos de Administração é guiar a empresa para o crescimento sustentável, antever as tendências e também os percalços que podem surgir nesta caminhada. Daí a importância da formação de Conselheiro”, reflete Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento.
Realizada pela revista Board Agenda e pela consultoria Mazars em parceria com a Henley Business School, a pesquisa Board Transformation 2021, enfatiza sobre a importância das novas habilidades dos Conselheiros na era pós-pandemia. O estudo envolveu 270 líderes empresariais e 48% dos respondentes concordam que às imposições criadas pela crise sanitária levou a uma análise mais aprofundada sobre as expertises dos seus membros. Para muitos entrevistados, esse é o momento ideal para revisar as capacidades do Conselho. “O novo cenário nos fez perceber que quanto mais diversas forem as habilidades dos Conselheiros, maiores as chances de sucesso de uma organização”, aponta Clodoaldo Oliveira.
O Board Transformation 2021 ressalta ainda os fatores que devem nortear a gestão empresarial num tempo de incertezas. São eles: resiliência organizacional, estratégia de negócios e habilidades, transformação digital, financeira e de capital, ESG e cultura organizacional.
“Todas essas transformações no ambiente de negócios pautam a agenda dos Conselhos de Administração, que pode ser compreendido como o guardião da longevidade de uma empresa”, argumenta Clodoaldo Oliveira.
E este justamente o objetivo do PDC - Programa de Desenvolvimento de Conselheiros: promover uma reflexão profunda sobre a função e as responsabilidades desse órgão, além de permitir que o participante compreenda a relevância, a complexidade e o alcance dos Conselheiros na dinâmica atual das organizações.
Na opinião de Eduardo Valério, presidente da JValério, os desafios para os Conselheiros aumentaram exponencialmente nos últimos dois anos e todas essas transformações, advindas com a pandemia, apenas sinalizam para o começo de uma nova era, na qual a tecnologia irá pautar novos modelos de negócios. “A transformação digital, que já estava em curso nas empresas, foi acelerada pela Covid-19 e, com a chegada das antenas 5G no Brasil se tornou uma urgência”, diz Valério.
O 5G vai apressar desenvolvimento de novas indústrias na seara da internet das coisas (IoT) e a expectativa é de uma mudança na relação das pessoas com bens de consumo. Estamos prestes a ingressar no mundo dos Jetsons: tênis, geladeiras, cafeteiras e até escovas de dentes terão chips e sensores para funcionar de forma autônoma. Esses são apenas alguns exemplos das tendências que se tornarão realidade num futuro bem próximo.
A conexão mais veloz do 5G terá impacto em diversos setores e permitirá o avanço tecnológico na fabricação de carro autônomo e da robotização na telemedicina, que possibilitará a realização de cirurgias remotas com maior precisão. Também será possível desenvolver soluções para cidades inteligentes, com sistemas automáticos de iluminação e coleta de lixo.
“Diante de um cenário disruptivo os Conselhos de Administração terão papel decisivo. Será fundamental consolidar posição no mercado, preservar e avançar os negócios no curto prazo sem perder a visão de longo prazo, debater a governança, engajar os colaboradores e a cadeia de valor do sistema, além de criar de uma agenda de inovação”, analisa Eduardo Valério.
Para apoiar empresários, executivos e lideranças a exercerem o papel de Conselheiros, a JValério e a Fundação Dom Cabral oferecem o PDC. O programa prepara conselheiros de administração para a função e promove a compreensão sobre as responsabilidades do cargo. Proporciona também a reflexão profunda e desenvolvimento de uma base sólida de fundamentos, sem perder a articulação com a aplicação prática. A metodologia utilizada será a do Board Case: simulação prática e instigante das etapas de preparação e execução de uma reunião do Conselho de Administração.
O Programa visa atender quatro grandes grupos que buscam a certificação de conselheiro:
- Membros de empresas familiares e de controle familiar, que já estruturaram ou estão organizando conselhos de administração dos seus negócios;
- Acionistas, executivos ou profissionais com grande experiência que desejam se posicionar como Conselheiros e aproveitar a demanda estratégica que o mercado oferecerá mundialmente;
- Conselheiros que querem e precisam ampliar repertório para melhorar as tomadas de decisão;
- Representantes de fundos e bancos de investimentos.
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