7 fatores que devem nortear a gestão durante o pós-pandemia

25/02/2022
7 fatores que devem nortear a gestão durante o pós-pandemia | JValério

Médias empresas devem rever seu planejamento estratégico para aproveitar as oportunidades que vão surgir na era da prosperidade após o tsunami provocado pela Covid-19

Quem nos acompanha por aqui certamente já leu e refletiu sobre as mudanças abruptas que a pandemia da Covid-19 impôs ao mundo dos negócios. O e-commerce cresceu em meses o que estava programado para vários anos e é um exemplo de investimento em inovação. As medidas de isolamento social fomentaram a transformação digital e a automação em diversas áreas: desde a colaboração dos funcionários até os canais do cliente e as cadeias de suprimentos. O dilema sobre o home office também foi superado e as equipes provaram que conseguem manter a produtividade em regimes remotos e híbridos. O perfil do CEO mudou e a liderança de impacto se sobressaiu num momento em que as organizações passaram a dar mais valor para o capital humano.

Todos esses fatores que citamos neste primeiro parágrafo fazem parte da primeira onda de choques provocada pelo Coronavírus na esfera corporativa e são considerados pelos especialistas como o primeiro impulso de crescimento para as médias empresas. O segundo impulso diz respeito ao desbloqueio de alguns riscos – econômicos e geopolíticos - que já estão fazendo parte da rotina dos gestores e que devem estar previstos no planejamento estratégico. São eles:

Inflação: se a inflação de um setor for impulsionada pela demanda nascente ou restrições de oferta, as empresas que flutuam no vai e vem desse índice podem ganhar fatias de mercado.

Escassez de matéria-prima: empresas devem traçar um plano de contingências para superar problemas com os fornecedores e driblar crises na cadeia de suprimentos para não deixar clientes na mão.

Impactos da nova variante: a ômicron gerou nova onda de instabilidade por conta do seu potencial infeccioso e é mais uma prova de fogo para as lideranças. Elas devem manter a equipe alinhada ao propósito do negócio, dar apoio aos colaboradores e reforçar o espírito de resiliência na cultura organizacional.

Tensão geopolítica:  o clima de tensão está aumentando em algumas áreas do continente. As companhias devem se antecipar às crises e planejar ações para driblar as estratégias de outros Estados que possam interferir na cadeia produtiva do próprio negócio.

Instabilidade do mercado de energia: o preço das fontes energéticas, como o petróleo e o gás natural, aumentaram bastante em 2021. Essa volatilidade deve se manter em 2022. Os líderes devem repensar as matrizes energéticas e até avaliar uma transição para substituir recursos que possam entrar em escassez ou apresentar um custo muito elevado.

Já o terceiro choque irá ocorrer quando os gestores planejarem estratégias a longo prazo para o período pós-pandemia. A crise sanitária que virou o mundo de pernas para o ar promoveu reflexões sobre a intensificação do digital, além da importância da sustentabilidade e do bem-estar de toda a sociedade. Passado o tempo de sustos, solavancos e adaptações, a Covid-19 pode ser considerada o início de uma era de prosperidade em razão de tantas mudanças que provocou.

Já está na hora das lideranças olharem com atenção para sete fatores que irão influenciar no salto de crescimento das empresas pós-pandemia:

  1. Revisão das metas: é hora dos CEO’s ousarem e redefinirem as metas de crescimento da empresa, tendo em vista oportunidades que devem surgir. As lideranças devem ser responsivas e flexíveis na alocação de recursos, sejam despesas de capital, despesas operacionais, P&D ou funcionários, para estarem preparadas para asnovas conjunturas do mercado. Uma pesquisa da McKinsey aponta que organizações que realocam capital - independente do setor em que atuam – obtêm retornos mais altos.
  • De olho em novas oportunidades: abrir novas frentes de atuação é tão importante quanto aprimorar o negócio. A criação de novos negócios deve ser uma das prioridades para que as empresas alcancem o crescimento orgânico. A pesquisa da McKinsey demonstra que as companhias que colocaram a criação de novos negócios como foco da estratégia tiveram taxa de crescimento acima da média em seus setores de atuação.
  • Transição energética: as questões climáticas tornaram a transição energética como elemento urgente. As interrupções no mercado de energia, por exemplo, podem aumentar custos na cadeia produtiva. O estudo da McKinsey estima que o investimento médio anual nesses sistemas precisará aumentar em 60% (US$ 3,5 trilhões) para atingir a meta de emissões líquidas zero até 2050. Medidas para desenvolver novos negócios de baixo carbono devem ser consideradas. Outra recomendação é uma revisão das agendas de energia e sustentabilidade.
  • Impacto tecnológico: as transformações estão mexendo com o caixa das empresas. A IA (Inteligência Artificial), por exemplo, pode ser uma ferramenta de controle ao integrar dados, em tempo real, para que os gestores identifiquem e tomem a decisão mais assertiva para corrigir rumos ou fazer novos investimentos. 
  • Desenvolvimento do capital humano: as empresas que quiserem galgar lugar de liderança no mercado devem reter talentos e construir a força de trabalho que necessitam. As contratações devem ser baseadas nas habilidades dos colaboradores ao invés dos diplomas que carregam no seu currículo. Parcerias com universidades e plataformas de educação podem ser aliadas para o treinamento dos funcionários em habilidades que complementam a automação.
  • Plano de contingência para gerenciar crise na cadeia de suprimentos: a localização dos fornecedores e os riscos em relação à falta de abastecimento de insumos devem ser avaliadas. A carência de matérias-primas pode reduzir o ritmo da produção.
  • Colaboração entre os Conselhos e as equipes de gestão: o espírito de colaboração entre os Conselhos e as lideranças intermediárias é um dos resultados positivos da pandemia e que deve permanecer no futuro. As empresas devem aproveitar o alinhamento dos gestores para investir em planejamentos de médio prazo com foco no crescimento, criação de novos negócios, realocação de capital e desenvolvimento de talentos.

Lição de casa

Colocar em prática todos os elementos citados acima de uma hora para a outra não é uma tarefa fácil e exige a adoção de uma gestão mais robusta. Pensando nisso, a Fundação Dom Cabral (FDC) e a JValério Gestão e Desenvolvimento oferecem o PAEX - Parceiros para Excelência.

A formação, voltada para gestores de médias empresas, estimula uma série de ações que busquem agir de forma preventiva ou em episódios delicados, identificando riscos e buscando respostas para fazer frente a esses desafios.

O PAEX faz um raio-x das condições da empresa e suas potencialidades, atuando em todas as áreas do negócio ao apurar como está a situação em cada um deles (do marketing, para as finanças e a logística, por exemplo). A finalidade é garantir o alcance de resultados perenes nos curto e longo prazos.

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