Líder facilitador abre caminhos para equipe desenvolver potencialidades

Diálogo e feedbacks devem ser assumidos por gestores interessados em valorizar qualidades dos colaboradores e trabalhar para que elas possam ser exercitadas

A identificação do líder com responsabilidades centrais da empresa é óbvia. Afinal, cabe a ele decidir os rumos do negócio e distribuir tarefas à cadeia de comando. Mas, quando o estilo de um chefe centralizador prevalece, situação bastante conhecida em companhias mundo afora, os encaminhamentos podem se complicar.

É por causa dessa realidade que o líder facilitador vem sendo um personagem que começa a ser requisitado no mundo corporativo. O perfil, quase uma especialização, vem sendo visto com atenção para responder às mudanças que surgem a todo momento na gestão de negócios, atividade que a Fundação Dom Cabral (FDC) e a JValério Gestão e Desenvolvimento estudam há décadas para aprimorar o planejamento estratégico e o treinamento de executivos.

Cursos de pós-graduação da FDC já identificam e abordam a figura do líder facilitador como crucial para empresas que querem expandir seus mercados em meio a cenários disruptivos e de alta competividade. Os cursos voltados ao desenvolvimento de lideranças, por exemplo, enfatizam isso. A exigência de um líder aberto a novas mentalidades de administração, com políticas de diálogo e feedbacks constantes, é necessária diante da intensidade com que a transformação digital, por exemplo, absorve as atividades das empresas.

Características

Quem exerce posição de chefia e, por causa da natureza dessa função, tem uma visão sistêmica do negócio, deve se dedicar para agilizar o cumprimento de metas e resultados. O líder facilitador aprimora a comunicação com sua equipe, evitando ruídos e assegurando uma garantia maior de entrega. As tecnologias digitais, se bem usadas, podem ser aliadas nessa tarefa, facilitando o envio da mensagem e mobilizando todos os envolvidos nos planos da companhia.

Outra característica é criar meios conjuntos para a resolução dos problemas, autonomia e poder de decisão para as equipes e uma rotatividade entre seus membros para comandar projetos. O protagonismo é de todos, assim como as conquistas e as responsabilidades. Uma fluidez que elimina personalismos e impede insegurança na atuação, pois todos tem metas que sabem como encaminhar. No caso de dúvidas sabem como e a quem recorrer.

Poder de iniciativa

Um líder que conhece a equipe sabe como ela consegue trabalhar sem impor normas rígidas e verticalizadas, abre novos caminhos e, entre eles, a tão requisitada criatividade. Ela é impulsionada por equipes orientadas a ter poder de iniciativa, algo que só um agente central que facilita meios de atuação pode consolidar.

A busca por conhecimento de alguém em posição chave ajuda a moldar uma chefia flexível. Ela sempre está apta em responder a demandas para que os subordinados não sejam afetados por obstáculos na perseguição de seus objetivos e metas.

Ao aperfeiçoar o trabalho em grupo, exercitando o diálogo e a escuta, o líder proporciona a si mesmo a manutenção dessa espécie de caça constante ao saber, um ativo cuja base encontra-se na realidade do ambiente de trabalho. Ele é acumulado todos os dias por quem o frequenta e acaba revertido em prol dos avanços nas tarefas assumidas por suas equipes. Um executivo deve se manter em constante estado de estudo, em razão de ciclos econômicos e de oportunidades cada vez mais curtos, além de novidades que não param de surgir, expertise também presente nos cursos da FDC e JValério no campo de treinamento de lideranças que querem fazer a diferença.

Segurança

Esse líder, que trabalha de “coração aberto”, reúne habilidades emocionais e técnicas para reagir com calma e assertividade (quando assim for exigido) a uma realidade hoje sem caminho de volta, feita de complexidades, incertezas e adequações obrigatórias a todo instante. É quase certo que o nível de confiança da equipe estará alto, tendo diante de si alguém em posição de chefia com um perfil agregador.

Executivos com essa postura serão necessários para manter o foco de todos em situações de estresse, quando a qualidade de encaminhamentos e tomada de decisões podem ficar comprometidas se a resiliência não for adequada ao momento delicado.

Saber como age um gestor com imagem de facilitador de processos exige identificar alguns pontos básicos. São eles:

- Ser favorável ao desenvolvimento profissional de seus comandados, com estímulos a autonomia dos colaboradores.

- Criar um ambiente onde as interações entre colegas funcionem com facilidade também é um aspecto a ser valorizado para que todos aprendam e entreguem resultados juntos.

- Usar essa inteligência como se fosse o bom anfitrião de uma festa, onde o banquete a ser degustado (no caso o plano de metas e resultados a ser assumido pelas equipes) seja feito com interesse e prazer genuínos.