Impacto no capital humano passa por uma mentalidade de escuta ativa que deve ser patrocinada pelas lideranças para garantir bom ambiente e entregas efetivas
Um bom clima de trabalho é essencial para geração de resultados e garantir a satisfação dos clientes. Essa máxima deve contar com o protagonismo do líder para dar certo. Muito além do setor de RH, estabelecer e consolidar um ambiente que faça a diferença na empresa também é tarefa dos profissionais que ocupam postos de comando na empresa.
Uma liderança de impacto ajuda no desenvolvimento do capital humano da organização, engajando as equipes na busca do cumprimento de metas e propósitos. Ao assumir essa tarefa, o executivo deve ter em mente ser necessário construir uma relação de credibilidade com os colaboradores.
Ponte
Essa ponte vai ajudar a ligar uma via de mão dupla. De um lado, o líder com capacidade ativa de diálogo para receber demandas e anseios das equipes. De outro, funcionários munidos de segurança para expor críticas e sugestões.
Iniciativa desafiadora, mas que precisa ser feita se os controladores quiserem equipes e chefias engajadas nos projetos estratégicos da companhia. O primeiro passo é o desenvolvimento de líderes. Eles devem ser apoiados a estabelecer uma cultura organizacional alicerçada em confiança mútua.
Com uma posição dotada de visão sistêmica, capaz de espalhar de forma estratégica essa nova mentalidade para todos os setores, o líder precisa transmitir que está disposto a exercer uma escuta ativa junto a seus subordinados. São os membros da equipe que têm um contato direto com as limitações, avanços e correções de rumo no dia a dia de trabalho. Portanto, o manancial de informações que geram é precioso. Caso tiverem um canal apropriado para repassar esse cotidiano, todos ganham.
Outro ponto: devolver feedbacks baseados na realidade, com poder de corrigir rotas, mas preservando questões como preocupação pessoal e a dignidade dos comandados. Se for bem explorado, um ponto sensível como esse, que toca no relacionamento pessoal, pode ajudar no fortalecimento da confiança com todos, garantindo que essa nova cultura se espalhe por diferentes setores da organização.
O RH entra como parceiro estratégico do líder. Como é um departamento que atrai muita informação, uma liderança munida de dados confiáveis sobre o clima organizacional da empresa terá mais meios seguros para ter uma aproximação segura com todos. O objetivo é reforçar o tipo de relação com as equipes envolvendo ordens a serem cumpridas, reconhecimentos e incentivos para que trabalhos e metas sejam realizados da melhor forma.
Toda essa gama de ações depende ainda de uma ferramenta estratégica: a comunicação. Ao evitar a “rádio corredor” e estabelecendo um canal oficial de transmissão e recebimento de informações, o líder terá condições de trabalhar sem a intromissão de ruídos, aproximando discursos e práticas sobre qual é o nível de confiança que será mantido com os colaboradores.
Poderá haver resistências, pois lidar com pessoas é mergulhar em diferentes perfis emocionais que influenciam a tomada de decisão de cada um. No entanto, mexer com as estruturas organizacionais cria novas dinâmicas nas pessoas. Com uma estrutura capacitada para funcionar na prática, atraindo os empregados a participar com segurança e sem receio de se expor ou retaliações, os novos procedimentos e políticas de trabalho vão gerar comportamentos produtivos associados a essa nova cultura.
O processo é longo, com conversas difíceis, que exigem coragem. Mas tudo isso é necessário, para garantir o estabelecimento da confiança. A estratégia é ter uma disciplina na execução, com a liderança fomentando a todos de que o modelo é bem-sucedido e levará a equipe a novos patamares de realização.
O colaborador, ao saber que a confiança é base da reputação interna e externa da empresa, saberá contribuir para manter os canais abertos e melhorar cada vez mais o ambiente de trabalho da companhia.
A confiança permeia todas as relações, funciona de indivíduo para grupos e vice-versa. Ela cria níveis de complexidade, pois geram genuínas sensações de pertencimento, o que ajuda a espalhar esse novo clima para um número cada vez maior de indivíduos, servindo de facilitadora estratégica das agendas corporativas.
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