Em transformação, setor de saúde precisa de novas estratégias de negócio

18/11/2021
Em transformação, setor de saúde precisa de novas estratégias de negócio | JValério

Aquisições de planos de saúde mexem com culturas internas e desafiam setores administrativos a ter ferramentas para implementar planos de mudança             

A criação e aplicação do planejamento estratégico são pontos decisivos para qualquer empresa inserida num contexto de competitividade. Devido a atuação de diferentes setores, muitos funcionando ao mesmo tempo, o desenvolvimento da gestão de negócios de uma empresa de saúde adquire um caráter mais complexo.

Em instituições hospitalares, por exemplo, há a hierarquia administrativa, mas devido à natureza da atividade, é necessário também a presença do corpo diretivo da área médica. Muitas vezes, diante dessa realidade bastante distinta de trabalho, o desafio de implementar ações de expansão pode encontrar barreiras e limitações.

Na retomada das atividades, o ano de 2022 é um período que pode ser considerado como o início mais consolidado da pós-pandemia. Por isso, a área de saúde suplementar no Brasil tem pela frente grandes oportunidades de crescimento, mas que passam pela enorme tarefa de reconhecer ser preciso mudar mentalidades sobre governança corporativa, o que vai afetar culturas e classes profissionais de forma direta.

As movimentações no mercado comprovam: empresas de prestação de serviços de saúde particulares abrindo capital e vendendo ações na Bolsa. Não faltaram ainda recentes notícias de aquisições por parte de operadoras de planos de saúde de estruturas e serviços antes dominados por suas principais concorrentes.

Aliada a essa enorme “dança das cadeiras” em um setor que tem muito potencial para expandir, as autoridades reguladoras se debruçam sobre mudanças na legislação para o pagamento dos serviços, influindo diretamente em tema sensível, a sustentabilidade dos serviços de saúde suplementar.

Trata-se de uma ampla série de movimentações que afetam os profissionais médicos de forma profunda e abrangente em várias partes do país. Um cenário que geram naturalmente perguntas e expectativas, às vezes de perfil preocupante, sobre qual o impacto na profissão que as mudanças podem causar.                                                                                                     

Devido a seu perfil profissional, marcado pela autonomia e forte senso de identidade como categoria, a classe médica reivindica e realiza (com razão) um papel de protagonismo no setor em que trabalha. No entanto, devido às profundas alterações no mercado, muitas vezes marcadas pela concentração de gigantes na área de saúde suplementar, que acabam ditando normas e tendências únicas, essa forma de atuação será atingida.

Nessa linha de raciocínio, há o risco inclusive de uma crise de identidade, o que leva à ativação de mecanismos de ressignificação da própria profissão. Esse turbilhão de acontecimentos, caso não seja entendido pela administração das instituições envolvidas em processos de troca de controladores, pode resultar em resistências às mudanças, e colocar em risco a implementação de novas estratégias.

Adesão

A adesão dos profissionais médicos, portanto, é essencial em um contexto já relatado de amplas transformações na prestação dos serviços particulares de saúde. Eles devem ser ouvidos e trazidos à discussão, evitando medidas de verticalização que, por mais bem estruturadas que estejam, vão encontrar críticas e distanciamento, se não tiveram a análise e poder de decisão de quem será afetado por elas.

Envolver os profissionais nas discussões e reconhecer seu papel estratégico no que diz respeito a uma autonomia política de trabalho é um dos meios a serem adotados. Isso gera identificação e, o que é melhor, senso de pertencimento e permanência de protagonismo com a nova realidade de trabalho que se avizinha.

A garantia de engajamento gera até mesmo a defesa dos novos modelos propostos, evitando assim crises internas, divisões e resistência quanto à necessidade de alterações na empresa de novo comando.

Sensemaking

Para melhor compreender a necessidade de estreitar relacionamentos com uma das áreas estratégicas da organização, os gestores das organizações devem buscar incentivar o entendimento que as mudanças representam. Ele é chamado de sensemaking. O conceito está associado a tornar uma ideia ou medida como algo plausível. Ela ajuda a moldar uma proposta com base no detalhamento dos mecanismos que vão implementá-la.

O sensemaking deve ser aplicado desde o início, quando a decisão de instaurar uma nova agenda é levada ao conhecimento de todos, com possibilidade de eventuais crises e como superá-las. Ao mesmo tempo, a ferramenta de relacionamento será importante para garantir as mudanças planejadas.

Algo dessa magnitude encontra eficácia em meios de resposta externos, com a contratação de consultorias capazes de atuar de forma independente, sem amarras emocionais ou de relacionamento profissional com o corpo interno de colaboradores. A presença é ainda mais estratégica em uma empresa que passa por reestruturação completa de sua cadeia de comando (como ocorre nas aquisições das novas controladoras de saúde, por exemplo).

PAEX

O PAEX (Parceiros para Excelência), idealizado pela Fundação Dom Cabral (FDC) e a JValério Gestão e Desenvolvimento), é uma ferramenta facilitadora que tem expertise de sobra para enfrentar essa obrigatória fase de transição. Há mais de 20 anos, com pelo menos 600 empresas no currículo, o PAEX se debruça sobre toda a realidade da empresa, extraindo um raio-x preciso e abrangente de suas qualidades e carências.

Seus técnicos e professores especializados viram verdadeiros parceiros e defensores do negócio, com conhecimentos atualizados do mercado que podem ser revertidos em prol da companhia. O PAEX visa a ações e resultados de curto, médio e longo prazo, dependendo da demanda que a empresa mais necessita.

Em processos de aquisição, onde as turbulências internas e externas não são difíceis de surgir, ter uma gama de instrumentos exclusivos para atravessar esse mar revolto é essencial, ainda mais num mercado tão competitivo como o da saúde suplementar.

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